FLAVIO FARIA
AO SUCESSO,
SEGUINDO OS PRINCÍPIOS DO
RACIONALISMO CRISTÃO
2010
SUMÁRIO
Agradecimentos
Dedicatória
Palavras iniciais
Dedicatória
Palavras iniciais
Sobre o Racionalismo
Cristão
A raça humana na
Terra
A neurolinguística decifrando o
homem
Os canais
sensoriais
Sobre o relacionamento
humano
Como tratar as
pessoas
Convencer
eficazmente
Influenciar bem uma
pessoa
Para ser bem
recebido
Uma boa primeira
impressão
Lembre sempre
disso
Seja um bom
papo
Desperte o interesse do
outro
Faça o outro se sentir importante
Para a comunhão dos pontos de
vista
Evitar
inimizades
Reconheça o
erro
Inicie suas intervenções
amistosamente
Sócrates já
dizia
Estimule o outro a expressar suas
ideias
Inicialmente, concorde plena e
sinceramente com o outro
Apele para os mais nobres
motivos
Enriqueça seu discurso com
determinação e emoção
Se falhar, experimente
isso
Além do desafio, como obter
melhor empenho
Como fazer sutilmente a crítica construtiva
Ressalte seus próprios erros
antes, corrija o outro depois
Ordene indiretamente
Ordene indiretamente
Evite envergonhar o
outro
Estimule as pessoas calorosamente
Enfatize a boa reputação do
outro
Faça o erro parecer
corriqueiro
Torne o outro satisfeito,
obedecendo você
Palavras finais
Apêndices
Citações
Bibliografia
AGRADECIMENTOS
Ao brilhante
jornalista, revisor e editor
pelo material didático
oferecido, que,
viabilizou e execução
deste,
Cléber Léo Bortolomasi
DEDICATÓRIA
Às minhas princesas
Iuly e Ingridi Berndt Cunico Figueiro;
desde o início de nosso
convívio diário, há alguns anos,
impelindo-me à pesquisa
e estudo incansáveis,
visando a consequente
melhora,
procurando dignificar
nossa vida em
família!
PALAVRAS INICIAIS
Uma vez que têm sido frequentes as manifestações mediúnicas em reuniões
públicas na filial do município de Santos do Racionalismo Cristão, levando os presidentes de reunião a
dissertarem sobre os problemas advindos das más ações na vida e as melhores
formas de se evitá-las, o autor Flavio Faria resolveu aprofundar-se nesta
questão. Percebeu em Dale Carnegie, uma autoridade no assunto, reconhecidamente
competente nesta questão, um método simples de ser passado.
Através de pesquisa bibliográfica;
Flavio Faria promoveu uma re-leitura da obra de Cornegie, além dos princípios
contidos na neurolinguística, compilando neste, linhas de ações básicas, que
uma vez aceitas poderão ser utilizadas pelos seres facilmente, com ganhos e
conquistas extraordinárias aos adeptos.
Flavio Faria pesquisou também, os escritos Racionalistas Cristãos pertinentes. Dentre os diversos autores
desta doutrina espiritualista, utilizou escritos do codificador, Luiz José de
Mattos(2) e Henrique Carlos Sequeira(3) além de Maria Cottas(4), implícitos nas
colocações Racionalistas Cristãs ao longo dos capítulos.
Por se tratar o
Racionalismo Cristão de uma doutrina evolucionista, Flavio Faria procurou,
através deste trabalho, promover indicações, de como o ser humano deve se
portar com as pessoas no decorrer de sua vida; tanto do ponto de vista
profissional como social e familiar.
A maior parte
dos casos, aqui relatados, é fictícia e, alguma semelhança em relação aos
nomes, lugares e situações abordadas, é mera coincidência.
Espera-se
dessa forma, ou seja, melhorando a convivência consigo e os outros, otimizar o
estado de serenidade-otimista, tão benéfico e necessário ao ser humano,
preconizado pelo codificador do Racionalismo Cristão, Luiz de Mattos e sempre
reforçado, pelos autores, seus seguidores!
Este, é um trabalho para os que aceitam a possibilidade de melhorar
sempre o que tem sido feito, corrigir os erros passados, transformando assim,
sonhos em projetos de cunho educativo-morais, do bem, a serem implementados por
todos; tendo cada um assim uma postura Racionalista
Cristã ao longo de suas vidas como espíritos encarnados na Terra.
SOBRE O
RACIONALISMO CRISTÃO
O Racionalismo Cristão, citado ao longo deste livro por Flavio Faria, é
uma doutrina espiritualista que, de forma simples e objetiva, ensina a viver
melhor, através do uso otimizado da moral, da razão e do raciocínio lógicos.
Respeita todas as religiões e seitas, bem como a maneira de pensar de
cada um, não discrimina raça, postura sexual, e nem possui cunho político e/ou
partidário.
Esta doutrina filosófica, valoriza o bom pensamento, à vontade, a
disciplina, o trabalho, a moral, preparando o adepto para, consciente de seu
papel, tornar-se mais útil a si, à família, à pátria e a humanidade.
O Racionalismo Cristão difunde a afirmativa de que o Universo é
composto basicamente por Força e Matéria.
De forma simples e objetiva, como já foi dito, constata a existência de
um princípio inteligente, compreendido pela maioria das pessoas como sendo
Deus, que o Racionalismo Cristão denomina Força Criadora, Grande Foco ou
Inteligência Universal, da qual somos uma partícula, que contém os mesmos
atributos em forma latente, para serem desenvolvidos e aperfeiçoados, nas
inúmeras oportunidades inerentes à vida de encarnados na Terra.
A Força Criadora mantém o Universo, regido por Leis Naturais e
Imutáveis, às quais estão sujeitos todos os seres, não admitindo, portanto,
predestinações ou milagres.
Esta doutrina ensina que todos os atos de nossa vida, decorrem do emprego
do livre-arbítrio, faculdade espiritual controlada pelo pensamento, raciocínio
e vontade. Daí porque, conforme pensarmos assim viveremos. Enfatiza, pois, a
cultivarem os bons pensamentos, evitando-se sentimentos inerentes à raiva,
inveja, malquerença e temores de toda espécie.
Fundado em 1910 por Luiz de Mattos e Luiz Thomaz, na cidade de Santos,
Estado de São Paulo, o Racionalismo Cristão explana princípios que, se
colocados em prática, animam, levantam almas e fortalecem corpos enfraquecidos
pela dor e pelo sofrimento de toda a espécie, proporcionando ainda, através de
princípios simples, a oportunidade de regeneração dos maus hábitos.
Esta doutrina filosófica orienta, educa e espiritualiza as pessoas para
serem justas, valorosas, honradas e verdadeiras.
As que se convencem e seguem as normas de conduta propostas, alcançam
êxito em seus empreendimentos.
Esta doutrina espiritualista não precisa valer-se de angariar recursos
financeiros ou materiais de quem quer que seja fora de suas próprias fontes.
Portanto, sem quaisquer outros interesses.
Flavio Faria, orienta os leitores a conhecerem a doutrina racionalista
cristã, através da presença nas reuniões públicas nas mais de 165 casas, ou
lendo as obras editadas; disponíveis nas livrarias das Casas Racionalistas
Cristãs, bem como na página da internet de endereço http://racionalismocristao.net/,
no link biblioteca virtual, onde aproximadamente quarenta títulos estão à
disposição para serem baixados gratuitamente pelo internauta.
Recomenda-se ler dois livros essenciais: a obra básica, intitulada
Racionalismo Cristão e, em seguida, o livro A Vida Fora da Matéria; a partir
destes quase vinte autores escrevem sobre o assunto em suas respectivas obras
literárias.
Através da frequência às Reuniões Públicas as segundas, quartas e
sextas-feiras das 20h às 20:45min, as pessoas recebem orientação prática para
solução de problemas que decorrem de transtornos espirituais, e também
participam da limpeza psíquica, importante para obter o equilíbrio interior.
A Limpeza Psíquica é uma prática de higiene mental, uma forma de obter
equilíbrio interior e tranquilidade espiritual, recomendada pelo Racionalismo
Cristão. Consiste ela, na repetição de um conjunto de palavras, concebidas pelo
codificador Luiz de Mattos, proporcionando adequada conexão mental ao Universo
Superior e consequente desintoxicação mental, oriundas dos nossos maus
pensamentos.
O Racionalismo Cristão sugere às pessoas que a façam diariamente em
seus lares, às 7h e as 20horas. Não sendo possível cumprir o horário indicado,
escolha-se a hora mais conveniente aos que dela participarem. Pode ser feita em
conjunto ou individualmente.
A Limpeza Psíquica no lar consiste em irradiar mentalmente da seguinte
forma e na sequência indicada a seguir:
De manhã cedo, após a adequada higienização do corpo, recolha-se
novamente e reserve 7 minutos para executar este exercício.
* Fazer a irradiação “A” uma única vez e, em seguida;
* Fazer a irradiação “B” algumas vezes, durante cinco minutos;
* Em seguida, fazer uma irradiação “B” dirigida ao Astral Superior e,
finalizando;
* Fazer uma irradiação “B” dirigida ao Presidente Astral do Racionalismo
Cristão, Antonio Cottas.
A irradiação “A” deve ser proferida nos seguintes termos:
Ao Astral Superior.
Grande Foco! Força Criadora!
Nós sabemos que as Leis que regem
o Universo são Naturais e Imutáveis, e a elas tudo está sujeito.
Sabemos também que é pelo estudo,
raciocínio e crescimento derivado da luta contra os maus hábitos e as
imperfeições que o espírito se esclarece e alcança maior evolução.
Certos do que nos cabe fazer, e
pondo em ação o nosso livre-arbítrio para o bem, irradiamos pensamentos aos
Espíritos Superiores, para que eles nos envolvam na sua luz e fluidos, fortificando-nos
para o cumprimento dos nossos deveres.
A irradiação “B” deve ser proferida nos seguintes termos:
Grande Foco! Vida do Universo!
Aqui estamos a irradiar
pensamentos às Forças Superiores para que a luz se faça em nosso espírito, e
tenhamos consciência dos seus erros, a fim de evitá-los e nos fortalecer para praticar
o bem...
O Racionalismo Cristão recomenda que se façam as irradiações, prestando
bastante atenção ao significado das palavras, pois caso sejam feitas
automaticamente, sem concentração e/ou reflexão, o efeito é minimizado.
Este exercício deve ser repetido novamente as 20horas, sempre que não
for possível comparecer pessoalmente a uma reunião pública de limpeza psíquica
nas casas racionalistas cristãs.
Recomenda-se também, além da limpeza psíquica, fazer-se uso da água
fluidificada.
A água potável, pode ser fluidificada no lar, bastando para isso que
fiquem uma ou mais pessoas, diante dos recipientes com água, garrafões ou
filtro, que farão 1 irradiação “A” e a seguir a irradiação “B”, que deverá ser
repetida por cerca de 2 minutos. Esta prática pode ser feita sempre que se for
abrir um garrafão e/ou encher o filtro de água em casa e mesmo no local de
trabalho.
Por conter fluidos espargidos pelo Astral Superior durante as irradiações,
a água assim fluidificada não deverá ser fervida, podendo ser conservada no
filtro, garrafas ou garrafões, geladeira e usada sem restrição por todos,
especialmente os que estejam sofrendo algum tipo de perturbação.
A RAÇA HUMANA NA TERRA
Da pesquisa antropológica
realizada pelo prof. Henrique Carlos Sequeira(3), publicada em sua versão
integral na obra racionalista cristã “O Meu Depoimento Sobre o Todo”, do mesmo, disponível na biblioteca virtual da página
do Racionalismo Cristão na Internet, http://racionalismocristao.net/ Flavio Faria extraiu que, há pelo menos três
milhões de anos, o ser humano ainda não existia no nosso planeta, pelo menos
até onde a ciência pode constatar na presente data.
De
maneira superficial, porém elucidativa, a família humana começou com o gênero
Homo, de que o Homo Habilis e o Homo Erectus foram os primeiros membros.
Setecentos
mil anos se passam a partir daí, ou seja, para que os antropólogos denominassem
de homem, a espécie do gênero Homo, designada por Homo Habilis.
O
Homo Habilis viveu na África e terá sido nosso primeiro antepassado
hominídeo a fabricar instrumentos rudimentares de pedra, seixo, osso, madeira;
a partir de outros instrumentos também primitivos, assim como a construir
abrigos.
Mais
quatrocentos mil anos se passaram, ou seja, há aproximadamente um milhão e
novecentos mil anos atrás, para surgir o homem com sinais de inteligência,
inventivo e sensível, denominado Homo
Erectus.
Este
por aqui esteve do seu surgimento (1,9 M. a.) até quatrocentos mil anos atrás,
difundindo-se talvez por toda a África, Europa e Ásia.
Os
Erectus viveram nos últimos
quatrocentos e cinquenta mil anos, fazendo importantes progressos, como o
domínio do fogo, estabeleceram métodos de trabalho com o sílex, quartzo,
basalto, instalando-se em ambientes muito diversos e dispunha de rudimentos de
linguagem.
Há
aproximadamente quatrocentos e cinquenta mil anos também, uma família dos Erectus na África, tomou um caminho
diferente, que os conduziu pela evolução há pelo menos cem ou cento e cinquenta
mil anos ao Homo Sapiens (homem
inteligente), espécie a qual pertencemos. Humanos já anatomicamente modernos,
diferentes em sutilezas das espécies antecessoras. Refletem necessidades espirituais
e sociais, praticando inclusive o culto de seus mortos.
O
Homo Sapiens, duplamente inteligente, surge entre trinta e cinco e
quarenta mil anos atrás. É a nossa subespécie, vivendo um pouco por toda a
parte, Ásia, Europa, América, Austrália e África. Apresentam desenvolvimento da
inteligência naturalmente maior, assim como linguagem articulada. Cultivaram a
arte, concluindo um longo e demorado processo de transformações físicas e
intelectuais, que permitiu a evolução para os homens atuais.
Os
mais de dois milhões de anos registrados pelo Homo, até dez mil anos atrás, o homem viveu praticamente da mesma
maneira. Durante este tempo, colheu e caçou, mudava de terreno sempre que os
alimentos faltavam ou quando o clima tornava-se demasiado rude para ele e os
animais que comumente caçava. Não roubava, pilhava ou fazia guerras, pois a
terra era muito vasta, as tribos podiam deslocar-se livremente sem interferir
noutros territórios.
As
primeiras civilizações históricas surgem há apenas quatro ou cinco mil anos;
cujas origens remontam há aproximadamente dez mil anos, com o início da
agricultura no Oriente, a domesticação e criação de animais e a vida em
colônias permanentes.
Para
estes fatos vieram juntar-se a escrita, no momento em que nossos antepassados
começaram a moldar o seu próprio destino, ao invés da natureza.
Entre
quatro mil e dois mil e quinhentos anos antes de Cristo, aparecem as primeiras
civilizações urbanas na mesopotâmia, Egito, Vale do Indo e China. Pouquíssimo
tempo, portanto em relação aos três milhões de anos do nosso surgimento por
aqui, porém momento talvez em que tivesse sido propício a descoberta de seus
questionamentos interiores.
Perde-se no
fundo dos séculos o momento, se é que houve um, em que se deu o início de algo
parecido com uma história do pensamento humano.
A questão das
origens do pensamento humano oferece mais mistérios que respostas. É mais
prático então, escolhermos um ponto de partida, algum instante em que abrigue
em si toda a herança do pensamento e que contenha também uma nova etapa mais
concreta e possível de estudar.
A história do
pensamento elege os séculos VI e V a.C. (antes de Cristo) como marcos deste
respectivo início e, destaca aí, os meados do século VI a.C. como um
extraordinário período que viu o nascimento de tantos gênios espirituais e
filosóficos.
Foi época de Tales, Anaxiomandro, Anaxímeno,
Pitágoras e Platão na Grécia; antes deles, Krishna na Índia, Hermés no Egito,
Confúcio na China, sempre tratando da existência da alma, da sua reencarnação e
dos porquês de tudo que existe no Universo; assim ficando ciente que não há
nada de novo sobre a Terra, de que com outras denominações, o Racionalismo
Cristão é tão velho como o mundo e dele tiveram conhecimento e praticaram os
povos da antiguidade, como os da Índia, do Egito, da Grécia, etc. antes da era
de Cristo.
A Filosofia,
foi entendida originalmente, como a explicação racional de todas as coisas,
onde se situa o relacionamento do homem com o Universo; fornecendo idéias gerais
da existência, apontando os objetos mais específicos que cada um deve
estabelecer na vida comum.
Hoje,
entende-se por Filosofia como uma forma de saber, que se distingue do saber
comum e do científico. Filosofia é a ciência das coisas humanas e divinas e de
suas causas.
A inabalável
convicção na razão humana para explicar o Todo, recebeu o nome de racionalismo.
Um racionalista cristão, portanto é alguém que aceita o fato da razão humana
ser fonte primária do nosso conhecimento, ou seja, que a capacidade de
apreender qualquer coisa se dá por meio
do pensamento.
Racionalismo é
fundamentalmente um método, um caminho para obtenção de conhecimento, cujo
critério de verdade não é sensório, e sim intelectual e dedutivo.
Este método
enaltece, portanto, a razão e o raciocínio como meios para alcançar e
fundamentar a verdade, minimizando o papel da experiência no conhecimento
humano e deve ser desenvolvido incessantemente, através de leitura e raciocínio
dos que pretenderem serem adeptos.
A NEUROLINGUÍSTICA
DECIFRANDO O HOMEM
No início dos
anos 70, do século XX, o futuro cofundador da Neurolinguística, Richard Bandler(5),
estudava matemática na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. No princípio,
ele passava a maior parte do seu tempo estudando computação. Inspirado por um
amigo de família que conhecia vários dos terapeutas inovadores da época, ele
resolveu cursar Psicologia.
Após estudar cuidadosamente alguns desses
famosos terapeutas, Bandler descobriu que, repetindo totalmente os padrões
pessoais de comportamento deles, poderia conseguir resultados positivos
similares com outras pessoas. Essa descoberta tornou-se a base para a abordagem
inicial de Neurolíguística, conhecida como Modelagem da Excelência Humana.
Depois, ele
encontrou outro co-fundador da Neurolinguística, o Dr. John Grinder, professor
adjunto de linguística. A carreira de Grinder era tão singular quanto ha de Bandler.
Sua capacidade para aprender línguas rapidamente, adquirir sotaques e assimilar
comportamentos tinha sido aprimorada na Força Especial do Exército Americano na
Europa nos anos 60, do século XX e, depois, quando membro dos serviços de
inteligência em operação na Europa. O interesse de Grinder pela Psicologia
alinhava-se com o objetivo básico da linguística; revelar a gramática oculta de
pensamento e ação.
Descobrindo a
semelhança de seus interesses, eles decidiram combinar os respectivos
conhecimentos de computação e linguística, junto com a habilidade para copiar
comportamentos não verbais, com o intuito de desenvolver uma "linguagem de
mudança".
A
neurolinguística passa para o conhecimento geral, conclusões no mínimo
interessantes sobre as experiências sensoriais no ser humano.
Flavio Faria,
acata graciosa e racionalmente à tese racionalista cristã de que, todos somos
organismos equilibrados e complexos; experimentando os resultados das ações
tomadas, fruto de nosso estado mental puro límpido ou intoxicado e doente,
conforme o uso a que fazemos dos nossos pensamentos.
Quanto maior for
o nosso conhecimento sobre as dinâmicas que envolvem o comportamento, as
características de apreensão e resposta dos estímulos que a vida material nos
apresenta, conforme ainda Flavio Faria, melhor será as chances de percepção e
controle mental adequado.
O Racionalismo
Cristão, sempre teve a ciência por caminho. Luiz de Mattos, o codificador e
seus seguidores, através da História, Antropologia, Filosofia, Física,
Medicina, Fisiologia, Psicologia e tantos outros ramos científicos, colheu os
conhecimentos necessários, tanto para as explicações, como para as indicações
de conduta, que os seus seguidores devem racionalmente adotar.
OS CANAIS SENSORIAIS
É bastante
comum, o ser humano empregar sua consciência para decidir conquistar uma
determinada habilidade que seja útil no contexto de suas atividades profissionais
e sociais de maneira geral.
Ao fazer uso dos
modelos propostos por Flavio Faria aqui, inicialmente de forma intencional,
provocada; os ganhos relacionais obtidos, serão os estímulos para que
o mesmo incorpore tal metodologia, e possa, em pouco tempo, permitir que
estas habilidades sejam utilizadas inconscientemente, ou seja, de forma
automática.
Todos os
motoristas, tiveram que praticar conscientemente várias habilidades necessárias
para se guiar um automóvel; depois de um tempo, são capazes de guiar uma longa
distância, sem tomar consciência disso, a não ser em situações especiais
inesperadas, o mesmo se aplica a tantas outras situações da vida.
A palavra
relacionamento pode variar muito conforme a cultura da sociedade em questão,
pois o significado das palavras utilizadas, pode apresentar diferentes significados.
Porém, todos nós temos condições de obter respostas para nossas perguntas, na
medida em que tivermos o aparato sensorial para captar e notar as respostas.
A programação
neurolinguística, denomina e define a existência dos canais sensoriais no ser
humano, seus respectivos desenvolvimentos durante o processo de interação
social e as possíveis consequências; válidas para as pessoas sãs, tanto física como mentalmente.
São três os
canais sensoriais descritos pela neurolinguística; visual, auditivo e cinestésico!
As pessoas
desenvolvem-se muito bem em um deles, tornando-se verdadeiros especialistas; o
segundo canal é bem desenvolvido, porém, em níveis não tão bons quanto o
primeiro e, finalmente, o terceiro canal sensorial é o menos desenvolvido e
utilizado pela pessoa.
O quanto cada pessoa
se desenvolve em cada um dos canais sensoriais é explicado pela
neurolinguística, como sendo em função do processo educacional da pessoa, dos
estímulos aos quais foi exposto até então, durante sua vida.
A neurolinguística, diz Flavio Faria, é de cunho
científico-comportamental, pode gerar outros tipos de discussão e explicação relativas
aos fenômenos observados, o que não representa nosso objetivo neste trabalho.
Sabe-se que,
dentro desta linha de raciocínio, é comum encontrarmos pessoas que desenvolvem
bastante o canal sensorial visual. Como características principais, os visuais dão muita importância a tudo o
que conseguem ver; importam-se muito com as cores e suas combinações, o aspecto
estético de tudo é o que lhes chama a atenção inicialmente.
As pessoas que lhe despertam o interesse devem
estar dentro de padrões estéticos específicos, como a cor dos cabelos, corte
massa corporal, forma de se vestir, andar e olhar. Os bens de consumo são
escolhidos normalmente, pela aparência. Não importa apenas a marca do
automóvel, porém, fazem questão da cor e de detalhes, como enfeites e
acessórios que possam ser vistos pelas demais pessoas.
São capazes de
identificar um quilo a mais, adquirido ou perdido, cortes de cabelos diferentes
e mesmo, o efeito do tempo, através das pequenas marcas de expressão, no corpo
das pessoas com as quais convive.
Basta um olhar,
uma piscadinha, um pequeno sorriso e o visual
percebe o recado, se sente cumprimentado, por exemplo! Costumam ser muito
bons fisionomistas, memorizam rotas e caminhos, bastando ter passado apenas uma
vez pelo local.
Existem também,
pessoas que desenvolvem mais, o canal sensorial auditivo, chamados tecnicamente
na neurolinguística de auditivos. Estes
costumam ser bem “faladores”; um telefonema para dar um pequeno recado, pode
normalmente se transformar numa longa conversa.
Gostam muito de
música, costumam despertar seu interesse pelo outro, em função do tom de voz,
mais até do que o aspecto visual. Uma voz suave e macia, os fazem “derreter”,
assim como, uma voz estridente ou o uso de vícios de linguagem dos quais não
aprecia, são suficientes para que não se aproxime ou até venha a evitar
relacionamentos.
São muito
atentos aos nomes, decoram com facilidade números de telefone, bastando para
isso ouvir apenas uma vez. Destacam-se na oratória, são sensíveis a gritarias e
algazarras da criançada, por exemplo. Fazem questão do cumprimento oral; tem
dificuldade em identificar nas piscadas ou fixação do olhar, formas de
comunicação eficiente.
Quanto aos bens
de consumo, como no exemplo anterior, o automóvel poder ser A ou B, qualquer
cor, porém, fazem questão do som de qualidade e, os eventuais ruídos que, por ventura,
venham fazer podem incomodá-los bastante.
Apreciam e
costumam colecionar discos, se “derretem” com mensagens telefônicas, letras
românticas e palavras suaves e enaltecedoras; assim como podem se ofender muito
com certos apelidos ou quando não tem seus questionamentos respondidos
verbalmente, ignorados e, também quando são repreendidos, principalmente em voz
alta!
O terceiro tipo
de pessoas, finalmente, desenvolve muito o canal sensorial cinestésico. São
pessoas muito sensíveis ao olfato, paladar, o toque! Precisam se sentir à
vontade primeiro, para depois as coisas acontecerem...
Os padrões
estéticos podem ser irrelevantes, assim como a forma de falar, porém o cheiro
com o qual a pessoa se apresenta é muito importante, assim como o hálito; se
tem um aperto de mão seguro, firme ou não. Precisam pegar nas mãos e também, se
possível, dar um beijo ou abraços de cumprimento e despedida; caso contrário,
não identificam tal gesto (piscadas e verbalizações).
Caminhando, os sinestésicos precisam estar ancorados, ou seja, de mãos dadas ou
abraçados, pois esta é a melhor forma de demonstrar atenção e carinho.
Conversam, cutucando o outro, o que pode incomodar os que não têm este canal
sensorial tão desenvolvido!
Costumam também
ser mais preguiçosos, até “barrigudinhos”, pois seu paladar apurado, os fazem
fãs de boa comida. São mais sentimentais, ou seja, quando gostam, gostam mesmo,
apesar das marcas de expressão ou gordurinhas adquiridas com o passar do tempo,
ao contrário dos visuais, que se fixam nos padrões estético-corporais da
juventude e podem trocar de companheiros, pelos mais novinhos.
Quanto aos bens
de consumo, por exemplo, os automóveis, costumam valorizar o conforto
oferecido, tais como vidros elétricos, direção suave, ar-condicionado, maciez dos
bancos, independente da marca, cor se possui ou não equipamentos de som! As
roupas e calçadas quanto mais velhas e adaptadas ao corpo melhor. A textura dos
tecidos é fundamental, se esquenta ou não, pinica ou não; independente da moda!
Como já falado anteriormente
por Flavio Faria, um dos três canais é o principal, mais desenvolvido,
acompanhado de perto por outro e um terceiro menos treinado, consequentemente pouco
utilizado.
Este padrão é
identificado desde bebê, e reforçado e arraigado no ser com o passar do tempo.
O relacionamento entre as pessoas
pode ser muito facilitado, quando encontramos pessoas com padrões de canais
sensoriais semelhantes aos nossos. Visuais
podem se entender perfeita e naturalmente bem com visuais e assim sucessivamente, pois os padrões de identificação e
reações são semelhantes. As amizades se dão e se mantém facilmente.
Os problemas de convivência podem
surgir facilmente, quando os padrões sensoriais entre as pessoas diferem.
Não existem duas pessoas com padrões
exatamente iguais, mas os tecnicamente denominados visuais têm sua maneira específica de agir e reagir, diferente dos auditivos e estes também diferentes dos sinestésicos.
Normalmente, os iguais se procuram e
se mantém ao longo do tempo, mas certas situações, muito comuns, nos forçam a
conviver com diversas pessoas e entre elas as diferenças acontecem. No ambiente
familiar, acadêmico, profissional e social, as diferenças acontecerão.
Quanto maior for ha diferença entre os canais
mais desenvolvidos e os menos, entre as pessoas, poderão estar configuradas
situações harmoniosas ou problemáticas.
Certas
situações, específicas, podem colocar as pessoas trabalhando com canais
sensoriais diferentes, tais como os estados de paixão, onde os canais se
misturam e as pessoas podem se modificar, demonstrando importância a canais
pouco usados, onde todos se tornam românticos, carinhosos, dançarinos,
perfumados (cinestésico), falam por
horas ao telefone, declamam, cantam (auditivos)
e revelam cuidados bem mais acurados com a aparência (visual), situação esta que pode durar, conforme a Psicologia, de 4
meses à 2 anos, até que tal fase passe e a pessoa volte a apresentar seus
padrões sensoriais originais, revelando-se, por vezes, uma outra pessoa para
seu cônjuge.
As enfermidades
físicas, demonstradas pela dor, febre, desarranjos estomacais, intestinais,
dentre outros, forçam todos ao contato com o canal cinestésico, o que pode
representar verdadeiro martírio para os seres visuais ou auditivos,
pela falta de costume com este canal das sensações.
Estar ciente da
existência dos canais sensoriais e, mesmo que de forma implícita, perceber-se
predominantemente visual, auditivo ou cinestésico; assim como perceber qual o
canal predominante da pessoa que vem nos trazendo problemas, é um facilitador
considerável na dinâmica vivencial dos envolvidos.
Basta, a partir
da constatação da diferença de predominância sensorial, acrescentar atitudes
inerentes ao outro canal e as respostas positivas e eficientes, são imediatas.
Observar e agir, de forma que facilite o entendimento da mensagem dada à pessoa que vem nos causando algum tipo de
problemas, pode ser o suficiente para resolver a problemática relacional. Esta
é uma forma de agir para e pelo bem geral, ou seja, a postura indicada sempre
pelo Racionalismo Cristão.
É certo que existem diversos testes
desenvolvidos, com a finalidade de mensurar estes canais, muito usado em
programação neurolinguística, com finalidade científica e terapêutica. As
técnicas de estimulação dos canais sensoriais menos desenvolvidos, procurando
remodelar procedimentos, com vistas a melhorar a convivência entre as pessoas
envolvidas é o que vem fazendo a programação neurolinguística através dos
profissionais que dela se utilizam desde 1980.
SOBRE O
RELACIONAMENTO HUMANO
De um estudo
realizado pela Universidade de Chicago, a Associação Americana para a Educação
de Adultos e as escolas da Associação Cristã de Moços (ACM), que durou 2 anos, no
início dos anos 30, do século XX, concluiu-se que o maior interesse das pessoas
estava ligado a saúde.
O 2º maior
interesse detectado estava relacionado ao desenvolvimento de sua habilidade nas
relações humanas, ou seja, desejavam sugestões que pudessem ajudá-los a
prosperar e que pudessem ser utilizados imediatamente, tanto nos contatos
familiares, como nos sociais e profissionais.
De posse destas
informações, Sr. Cornegie, desenvolveu cursos onde procurou passar tais
indicações de conduta, baseado nos conhecimentos científicos que dispunha.
Posteriormente, escreveu um livro sobre este assunto, que veio a se transformar
num dos maiores sucessos da literatura, com mais de 50 milhões de cópias
vendidas até a presente data, largamente utilizado por Flavio Faria, neste
trabalho.
Tais
conhecimentos que serão passados a partir do próximo parágrafo, coincidem com a
postura racionalista cristã, codificada por Luiz José de Mattos, alguns anos
antes (1910).
A facilidade de expressão é meio caminho andado para a distinção. Coloca
o indivíduo em foco, eleva seus ombros e sua cabeça acima da multidão. E o
homem que sabe falar bem, consegue, em geral, ainda mais crédito do que
realmente possui.
O caminho para
conseguir a autoconfiança está no enfrentamento das coisas que teme realizar e
tomar nota das experiências coroadas de êxito, que vão ficando atrás. Assim, é
necessário que todos experimentem
falar sempre que possível.
Estamos
todos no mesmo barco, e, pela prática constante, desenvolve-se convenientemente
a coragem, a confiança e entusiasmo que nos levem, quando for necessário, falar
com uma ou mais pessoas, conforme a situação.
Procurar-se-á,
neste trabalho, ajudar as pessoas a vencer seus receios e desenvolver a coragem,
a determinação e a força de vontade, instrumentos fundamentais para a obtenção
do sucesso esperado.
Flavio Faria
adianta que o método de vida proposto pelo Racionalismo Cristão, que deve
iniciar-se logo na primeira hora do despertar, com a atividade denominada
limpeza psíquica, já coloca o ser apto, animado, preparado para um dia de
trabalho de excelência; onde estará incentivado a ser melhor neste, do que foi
no dia anterior. Instigado e vencer-se, e consequentemente, os eventuais
desafios que se lhe apresentarem nas horas do dia subsequentes.
A vida moderna, em sociedade, solicita-nos cada vez
mais a habilidade no lidar com o outro,
quer nos contatos comerciais quer nos sociais ou familiares, todos os dias.
O exercício de autoanálise proposto pelo Racionalismo
Cristão, no segundo momento do dia (20horas), também denominado de Limpeza
Psíquica, e basta para isso prestar atenção ao significado das palavras nele
contidos, nos traz a memória, as faltas cometidas no dia em questão.
Quando aprendemos a olhar para trás, através dos
anos, serenos e bem intuídos, ficamos perplexos ao reconhecer a nossa frequente
falta de traquejo e de entendimento. Podemos até pensar como teria sido útil, se
um livro como este, tivesse caído em nossas mãos há alguns anos passados!
O trato com as pessoas, sem dúvida alguma é o maior problema
que o indivíduo tem a encarar, mormente se é um comerciante. Sim, e isso também
é uma grande verdade se for um arquiteto,
um engenheiro, um marceneiro, ou uma esposa que dirija a sua casa.
Mesmo nas carreiras técnicas como a Engenharia,
Computação, demonstram tais investigações, que uma pequena porcentagem dos
sucessos financeiros de um indivíduo, são devidos apenas aos conhecimentos
profissionais e a maior parte, à
competência na "engenharia humana",
à personalidade e à habilidade para se dirigir às pessoas.
O indivíduo que possui conhecimentos técnicos, aliado
a facilidade em expor as suas ideias, em assumir a liderança e despertar
entusiasmo entre os homens, por certo tem a seu favor maiores possibilidades de
sucesso.
No auge de sua atividade, exemplifica Cornegie D.; John
D. Rockefeller declarou que "a habilidade para lidar com as pessoas é um
produto pelo qual se paga, como pelo açúcar ou café. E eu pagarei mais por essa
habilidade, do que por outra qualquer debaixo do sol".
"Comparados ao que deveríamos ser, disse o
notável professor, filósofo e médico William James(6), da Harvard University, estamos
apenas meio acordados. Fazemos uso somente de uma pequena parte de nossas
reservas físicas e mentais, ou dizendo de modo claro: o ser humano vive em
grande parte dentro dos seus limites. Possui poderes de várias espécies, os quais
habitualmente deixa de usar. Sendo mais claro: o ser humano vive em grande
parte dentro dos seus limites. Possui poderes de várias espécies, dentre os
quais o pensamento, que habitualmente, deixa de bem usar.
Flavio Faria pretende, portanto, a partir do
entendimento dos princípios colocados neste livro, ajudar o leitor a descobrir,
desenvolver e colher os benefícios dessas reservas adormecidas. Enfatiza também, que se o leitor deseja obter
o máximo deste livro, há um requisito indispensável, essencial e infinitamente
mais importante do que qualquer regra ou técnica. Trata-se apenas
de um profundo e dinâmico desejo de aprender, uma vigorosa
determinação para aumentar sua
habilidade no trato com as pessoas.
Experimente ler e reler cada capítulo, antes de passar para o próximo e
reflita, buscando exemplos de situações na sua vida, inerentes ao assunto
tratado; para que a luz do entendimento se faça e você tenha mais consciência
da sua forma antiga de proceder, e possa
intuir novas maneiras, certamente
mais eficientes.
Leia em paz, tranquilo, com um lápis ou marcador qualquer e destaque o
que achar pertinente na primeira leitura e que possa ser aplicada por você;
colocando ainda um asterístico(*), ao lado do grifo, se for muito interessante.
Marcando e sublinhando, facilita muito a releitura e fixação do conceito.
Você
encontrará dificuldades para aplicar estas sugestões no cotidiano. Sei disto
porque estudei, identifiquei estes conhecimentos e promovi esta releitura a
partir da pesquisa bibliográfica realizada e muitas vezes encontro dificuldades
para usar as coisas que aconselho aqui. Por exemplo, quando estiver aborrecido,
é muito mais fácil criticar e condenar do que procurar entender o ponto de
vista alheio.
Frequentemente
é mais fácil descobrir erros do que motivos
para elogio. É mais natural falar sobre o que lhe interessa do que sobre o que
outra pessoa deseja. E assim por diante. Por isso, quando ler este livro,
lembre-se de estar experimentando adquirir informações. Está tentando formar novos
hábitos. Tentando uma nova maneira de viver. E tal coisa requer tempo e persistência,
além de aplicação diária, ou seja, uma postura racionalista cristã.
É
interessante, portanto, reler este livro sempre que possível, ao longo de sua
vida, principalmente nos momentos em que tiver dificuldade de relacionamento
com alguém, reorientando-se e obtendo o sucesso esperado.
COMO TRATAR AS
PESSOAS
"Passei os melhores anos da minha vida
proporcionando os mais verdadeiros prazeres ao povo, ajudando-o a divertir-se, e
tudo o que consegui com este meu gesto foi insultos e a existência de um homem
caçado". Foi Al Capone quem falou assim, sim, o Inimigo Público Número 1
da América do Norte, no início do século XX, o mais sinistro chefe de gangsters que já apareceu em Chicago.
Capone não se
condena. Julga-se um benfeitor público: um benfeitor público mal apreciado e
mal compreendido.
Dale Cornegie manteve uma interessante
correspondência sobre este assunto, com Lewis Lawes, o diretor da infamante
prisão de Sing-Sing durante anos. Afirmou este diretor, que "poucos
criminosos em Sing-Sing se consideravam más pessoas”. São tão humanos como você
e eu, dizia ele a Dale Cornegie. Por isso justificam e explicam.
Eles podem
dizer-lhe por que foram rápidos no apertar o dedo no gatilho. A maior parte
deles tenta por uma forma de raciocínio falsa ou lógica, justificar seus atos
anti-sociais para si mesmos e, conseqüentemente, sustentam com arrogância que
não deviam estar presos".
Homens e mulheres desesperados que se acham atrás das
grades da prisão não se recriminam por coisa alguma, que diremos acerca das
pessoas com as quais vocês e eu diariamente estamos em contato?
A critica é fútil porque coloca a pessoa na defensiva
e, usualmente, faz com que ele se esforce para justificar-se.
A crítica é
perigosa, porque fere o precioso orgulho do indivíduo, alcança o seu senso de
importância e pior; gera o ressentimento.
B. F. Skinner(7), o mundialmente famoso psicólogo,
através de seus experimentos demonstrou que um animal recompensado pelo bom
comportamento, aprenderá com maior rapidez e reterá o conteúdo aprendido, com
muito maior habilidade que um animal castigado por mau comportamento.
Seus estudos
criaram uma Escola na Psicologia, e mostram que o mesmo se aplica ao ser humano.
Através da crítica,
operamos mudanças pouco duradouras e amiúde, ocorre o ressentimento.
Hans Selye(8), outro notável psicólogo, afirmou:
"Com a mesma intensidade da sede
que nós temos de aprovação, tememos a condenação".
Milhares de páginas da história estão cheias de
exemplos da futilidade da crítica.
Compreendamos que as críticas são como os pombos.
Sempre voltam aos pombais. Tenhamos em mente que a pessoa a quem vamos criticar
e condenar, provavelmente se justificará e, por seu turno, nos condenará;
Um certo engenheiro, trabalha como coordenador da
segurança de uma empresa de construção civil. Entre as suas responsabilidades,
está a fiscalização que busca garantir que todos os empregados, ao trabalharem
na construção, usem seus capacetes. Segundo ele, ao deparar com os
trabalhadores sem capacete impunha-lhes sua autoridade ao falar sobre o
regulamento e exigia-lhes que o cumprissem rigorosamente. Como resultado, obtinha
obediência imediata, mas tão logo se afastava os operários retiravam seus
capacetes.
Decidiu por isso, após conhecer estes princípios, experimentar
uma abordagem diferente.
Na primeira oportunidade em que viu alguns dos
trabalhadores infringindo os regulamentos, perguntou-lhes se o capacete era desconfortável
ou se ele tinha problemas de ajuste nas suas cabeças. Em seguida lembrou-lhes,
empregando um tom de voz agradável, que os capacetes tinham a função de
prevenir acidentes e sugeriu que eles os usassem, para seu próprio bem, durante
o período de trabalho.
O resultado foi um aumento da observância do
regulamento, sem que surgissem
ressentimentos ou perturbações emocionais.
Você conhece alguém a quem deseja modificar,
aconselhar e melhorar? Excelente! Isso é muito bom. Estou inteiramente a favor.
Então, comece por você mesmo. De um ponto de vista eminentemente egoísta é
muito mais proveitoso do que experimentar melhorar os outros, sim e um pouco
menos perigoso. "Ignore a neve no
telhado da casa do seu vizinho,
quando a soleira da sua porta está repleta dela", disse Confúcio(9).
Se você e eu quisermos evitar amanhã um ressentimento
que poderá prolongar-se por décadas e durar até a morte, sejamos indulgentes e deixemos
de criticar, pois assunto nenhum justifica a crítica.
Quando tratarmos com pessoas, lembremo-nos sempre que
estamos, na maior parte, tratando com criaturas emotivas, suscetíveis às
observações norteadas pelo orgulho e pela vaidade, ao invés de lógicas.
Benjamin
Franklin, um tanto descontrolado na sua juventude, tornou-se tão diplomata, tão
hábil no lidar com as pessoas, que
foi nomeado embaixador americano na França. O segredo do seu sucesso? “Não falarei mal de nenhum homem”, disse ele, “e
falarei tudo de bom que souber de cada pessoa."
Qualquer idiota pode criticar condenar e queixar-se; e
a maioria dos idiotas faz isso. Mas é preciso ter caráter e autocontrole para
ser complacente e saber perdoar.
"Um grande homem demonstra sua grandeza, pelo
modo como trata os pequenos."
Um famoso piloto de teste, bastante solicitado para realizar
acrobacias aéreas, depois de uma dessas demonstrações em San Diego, U.S.A.,
estava voltando para casa em Los Angeles. A 300 pés de altura, como descreveu a
revista especializada Flight Operations, ambos os motores da
aeronave repentinamente pararam. Através de uma hábil manobra, ele conseguiu
aterrissar e, embora ninguém se tenha ferido, o avião ficou bastante danificado.
Após proceder à aterrissagem de emergência, a
primeira providência deste piloto foi examinar o tanque do avião. Tal como suspeitara, o aparelho da Segunda Grande
Guerra Mundial tinha sido abastecido com combustível de jato (querosene),
ao invés de gasolina.
Voltando ao aeroporto, pediu para ver o mecânico que tinha abastecido o avião.
O rapaz se mostrou profundamente abalado
com o erro que havia cometido.
Quando o piloto aproximou-se dele,
lágrimas escorriam-lhe pelas faces. Acabara de causar a perda de um avião
extremamente dispendioso e por pouco, ha perda de três vidas.
Era de se imaginar a fúria da vitima, as palavras
cruéis que esse piloto meticuloso e orgulhoso de si desfecharia contra o rapaz.
Mas ele nem repreendeu o mecânico; ao contrário, abraçou-o e disse: "Para
lhe provar que tenho certeza de que jamais voltará a fazer o que fez, quero que
você amanhã abasteça o meu F-51 ".
PRINCIPIO 1
ABANDONE A CRITICA, A
CONDENAÇÃO, E A QUEIXA!
O codificador
do Racionalismo Cristão, Luiz José de Mattos, lembra através de seus escritos,
que o ser humano deve voltar sua atenção e potencial para si. Desenvolver um
método de aperfeiçoamento próprio, sendo hoje melhor do que foi ontem. Tal
atitude deve ser usada tanto no campo profissional como no social, ao invés de
perder tempo, intoxicar-se com maus pensamentos, comparar, julgar e condenar o
outro, queixando-se da vida!
O exercício
de autoanálise diário, intitulado Limpeza Psíquica, conforme proposto pelo
Racionalismo Cristão, é sempre bom reforçar, nos faz perceber este tipo de
erro, reorientando-nos, mente e ação, na direção do sucesso!
CONVENCER
EFICAZMENTE
O método mais
eficiente de se conseguir que alguém realize algo, é fazendo com que o outro
queira; despertando-o para tal atitude!
Um ladrão,
por exemplo, age de maneira diferente; um subalterno pode ser ameaçado, uma criança
ou filho, pode ser forçado a fazer o que desejamos, conforme a situação. Todos
estes métodos cruéis, porém, tem repercussões profundamente indesejáveis.
O melhor
processo pelo qual se consegue do outro alguma coisa, é dando-lhe o que deseja!
Sigmund Freud(9),
o precursor da Psicanálise, método psicoterapêutico, até hoje largamente
utilizado; dizia que somos impelidos à realizar, por necessidade sexual e pelo
desejo de ser grande.
John Dewey(10), um dos mais profundos dos filósofos
da América, disse que a mais profunda das solicitações na natureza humana é
"o desejo de ser importante"
Tanto Freud como Dewey, e muitos outros, trabalharam
muito a cerca desta necessidade que se apresenta quase tão profunda, quase tão
imperiosa, como o desejo de alimento ou de repouso e que raramente é satisfeita.
Aqui está uma espécie de fome humana insaciável e, os
poucos indivíduos que honestamente satisfazem esta avidez, tão enraizada em
nosso âmago, terão as pessoas na palma da sua mão.
O desejo de sentir-se importante, é uma das
principais diferenças entre as pessoas e os animais.
Foi o desejo de ser importante que levou um empregado
num armazém, pobre e sem instrução, a estudar alguns livros de Direito que
encontrou no fundo de uma barrica de objetos pessoais descartados e que comprou
por cinquenta centavos.
Você, por certo, já ouviu falar deste empregado de
armazém. Chamava-se Lincoln, foi presidente dos EUA.
O mesmo desejo levou Rockefeller, o homem mais rico
do mundo em sua época, a juntar milhões que jamais gastou! E este mesmo desejo
fez o mais rico da sua cidade, construir uma casa muito maior do que as suas
necessidades.
É este desejo também, quando mal orientado, que leva
muitos rapazes a se tornarem bandidos e assassinos. A média dos jovens
criminosos constata-se, tem o ego inflado, e seu primeiro pedido depois da
prisão é ver os jornais. A desagradável perspectiva de cumprir uma sentença na
prisão parece remota desde que ele possa admirar sua fotografia ocupando
espaços no mesmo jornal onde estão retratos de esportistas famosos, astros de
cinema e televisão e políticos.
John D. Rockefeller, satisfazia seu desejo de
importância, dando dinheiro para erigir um hospital moderno em Pequim, na
China, para cuidar de milhões de pessoas pobres as quais, nunca viu, nem veria.
Dillinger, por outro lado, satisfazia o desejo de ser
importante sendo um bandido, um assaltante de bancos, um assassino. Quando os
agentes do FBI andavam à sua procura ele apareceu numa casa de fazenda em
Minessota e disse: "Eu sou
Dillinger1” Sentia-se orgulhoso de ser o "Inimigo Público Número1".
"Eu não vou lhe fazer mal algum, mas eu sou Dillinger", dizia ele.
Sim, mostra Dale Cornegie através destes exemplos, a
única diferença fundamental entre Dillinger e Rockefeller é o modo como eles
satisfaziam o desejo de importância.
Um dos primeiros homens da área comercial nos Estados
Unidos a receber um salário superior a um milhão de dólares anualmente (numa
época em que não havia imposto de renda e em que um indivíduo que recebesse 50
dólares semanais era considerado de boa situação) foi Charles Schwab.
Andrew Carnegie escolheu-o para ser o primeiro
presidente da recém-fundada United States Steel Company, em 1921, quando Schwab
contava apenas 38 anos de idade.
Posteriormente, Charles Schwab deixou a US Steel e
foi dirigir a Bethlehem Steel Company, então em má situação, e dela fez uma das
empresas mais bem sucedidas dos Estados Unidos.
Por que Andrew Carnegie pagava a Schwab mais de 3 mil
dólares por dia? Por quê? Por que Charles Schwab era um gênio?
Qual nada!
Por que ele
conhecia mais sobre a manufatura do aço que outras pessoas?
Tolice!
Charles Schwab,
disse que tinha muitos homens trabalhando para si que conheciam mais sobre a
manufatura do aço que ele.
Segundo Charles Schwab, a razão de perceber um
salário tão elevado, era a sua habilidade no tratar com as pessoas.
Perguntado
como fazia isto, eis o segredo, exposto por suas próprias palavras, que,
segundo Flavio Faria, deviam ser gravadas na eternidade do bronze e postas em
cada lar e escola, em todas as lojas e em todos os escritórios da Terra, que as
crianças deviam decorar; palavras, enfim, que transformarão a sua e a minha
vida, caso nos resolvamos a segui-las:
"Considero minha habilidade em despertar o
entusiasmo entre os homens", disse Charles Schwab, "a maior força que
possuo, e o meio mais eficiente para desenvolver o que de melhor existe no
outro, é a apreciação e o encorajamento".
Já a crítica dos seus superiores, faz o inverso.
Nunca critico quem quer que seja. Acredito sim, no
incentivo que se dá a uma pessoa pra trabalhar. Assim, sempre estou ansioso para
elogiar.
Repugna-me
descobrir faltas. Se gosto de alguma coisa, “sou sincero na minha aprovação
e pródigo no meu elogio."
Eis aí,
o que Charles Schwab fazia, conseguia e justificava seu alto salário!
Mas o que faz a média das pessoas?
Exatamente o oposto!
Se não gostam
de qualquer coisa, investem contra o subordinado porém, se gostam, não dizem
coisa alguma.
"Tenho
viajado muito na minha vida, e tenho encontrado grandes homens em várias partes
do mundo,” declarou ainda Charles Schwab, “mas ainda estou para encontrar o homem, seja qual for a sua situação,
que não tenha feito melhor trabalho e nele posto maiores esforços, sob um
espírito de aprovação, do que se tivesse de fazê-lo sob o espírito da crítica.”
Isto, disse ele francamente, foi uma das principais razões do fenomenal sucesso
de Andrew Carnegie. Este elogiava seus associados publicamente, do mesmo modo
que o fazia em particular. Andrew Carnegie fez questão de elogiar seus
assistentes até mesmo na sua sepultura. Escreveu para si mesmo um epitáfio que
diz: “Aqui jaz um homem que soube ter
juntado a si homens que eram mais inteligentes que ele".
A apreciação sincera foi um dos segredos do sucesso
de Rockefeller no conduzir os homens.
Quando um dos seus sócios, Edward T. Bedford cometeu
um erro e a firma perdeu 1 milhão de dólares numa compra mal realizada na América
do Sul, John Rockefeller podia ter feito qualquer crítica; mas sabia que
Bedford havia feito o possível, e o incidente foi encerrado.
Assim mesmo
Rockefeller ainda encontrou alguma coisa a elogiar; congratulou-se com Bedford
porque conseguiu salvar 60% do dinheiro que havia investido na compra. "Isto
é esplêndido", disse Rockefeller. "Nós não podemos fazer sempre as
coisas conseguindo lucros certos."
Um determinado aluno do curso de Dale Cornegie
relatou-nos a respeito de um pedido feito por sua esposa. Ela e um grupo de
companheiras da igreja local, estavam seguindo um programa de
auto-aperfeiçoamento.
A mulher solicitou ao marido, que a ajudasse,
elaborando uma relação com as 6 coisas que, segundo ele, ela poderia fazer para
se tornar uma esposa mais eficiente. Este,
relatou à classe que este pedido o havia deixado surpreso. “Francamente,
disse, teria sido fácil relacionar 6 coisas nas quais gostaria que ela mudasse;
e ela, por sua vez, poderia ter relacionado milhares de coisas em que eu
poderia mudar. Em vez disso,
disse-lhe que pensaria nisso e no dia
seguinte, pela manhã daria uma resposta”.
Na manhã
seguinte, disse, levantei-me muito cedo, liguei para uma floricultura
e pedi que entregassem 6 rosas vermelhas à minha esposa, acompanhadas de um cartão dizendo: Não consigo me lembrar de 6 coisas em
que você poderia mudar. Eu a amo
do jeitinho que você é.
Quando chegou em casa naquela noite, adivinhem quem o
recebeu à porta? Exatamente. A esposa! Estava quase chorando. Nem é preciso
dizer que ficou extremamente contente, por não tê-la criticado, como pedira.
No domingo seguinte, na igreja, após a esposa
apresentar os resultados de sua missão, muitas das mulheres com quem ela
estudava, procuraram o marido e disseram ter sido o gesto mais cortês que viram
na vida. A partir de então, este aluno compreendeu que poder tem a apreciação.
Há alguns anos, uma professora de Detroit solicitou a
Stevie Morris que a ajudasse
a procurar um camundongo que estava solto na sala de aula.
Entenda-se que ela apreciava o fato de que a natureza
havia dado a Stevie Morris algo que na sala ninguém possuía. A natureza havia dado
a ele um aguçado par de ouvidos para compensar sua cegueira.
De fato, era
aquela a primeira vez que alguém reconhecia a capacidade de seus ouvidos. Hoje,
após muitos anos, ele afirma que aquele ato de consideração iniciava uma nova vida.
A partir daquele momento, começou a desenvolver seu dom
auditivo e esforçou-se por se tornar, sob o nome artístico de Stevie Wonder, um
dos maiores cantores e compositores de música popular dos anos 70, do
século XX.
Alguns de vocês poderão estar dizendo justamente
agora, que acabam de ler estas linhas, que isto é tolice! Isto é ineficiente, só
funciona com pessoas atrasadas e ingênuas.
Por certo que a bajulação raramente produz efeito com
gente de discernimento. É frívola, egoísta e falsa. Deve falhar e
constantemente acontece isso.
Muitas pessoas
se acham tão famintas, tão sedentas por apreciação, que aceitam qualquer coisa
do mesmo modo que o homem que está morrendo de fome, come até capim e minhocas.
No trato diário, a bajulação fará mais mal do que
bem. Lisonja é falsificação e, como dinheiro falsificado, poderá causar-lhe
transtornos se tentar passá-los adiante.
A diferença entre o elogio e a bajulação? É simples.
Um sincero e a outra fingida. Um vem da alma; a outra da boca para fora. Um é
altruísta; a outra é egoísta. Um é universalmente admirado; a outra
universalmente condenada.
Estamos falando sobre um novo modo de viver. Repetindo,
estamos falando sobre um novo modo de viver, sem bajulação, longe disso!
O Rei Jorge V, tinha uma série de 6 máximas
espalhadas nas paredes da sua sala de estudos, no Palácio de Buckingham,
Inglaterra.
Uma das máximas dizia: "Ensine-me a não fazer,
nem receber elogio barato". Está aí tudo em que consiste a bajulação:
elogio barato.
A Bajulação, portanto, consiste em dizer a um outro homem justamente o
que ele pensa acerca de si mesmo".
Se tudo que tivéssemos de fazer fosse usar a
bajulação, todos fariam o mesmo e todos seriam técnicos em relações humanas.
Normalmente, ou temos o nosso pensamento absorvido em
algum problema definitivo, ou então gastamos muito do nosso tempo pensando em
nós mesmos. Agora, se deixarmos de pensar em nós mesmos por um momento e
começarmos a pensar nos pontos bons de outro homem, não necessitaremos de nos
valer da bajulação.
Uma das virtudes mais negligenciadas no nosso
dia-a-dia é a valorização. Às vezes, por algum motivo, descuidamos de fazer um
elogio a um filho ou a uma filha quando nos apresentam suas boas notas, e
deixamos de incentivar nossas crianças quando pela primeira vez, fazem um bolo,
por exemplo.
Maria
Cottas, a principal escritora do Racionalismo Cristão, sobre a valorização, o
elogio, lembra-nos que elogiar é estimular. Principalmente quando o elogio é
feito a uma criança.
Considera
ela grande erro cometido pelos pais, negar elogios aos seus filhos quando
praticam uma boa ação ou se esforçam nos estudos, pois o elogio exerce sobre
eles o mesmo efeito que nos adultos.
O elogio
eleva e inspira. Como a alavanca de Arquimedes, move o mundo inteiro.
Todos nós adultos, deveríamos saber que o
melhor e mais poderoso incentivo é o elogio aos nossos entes queridos, para que
executem seus trabalhos com boa vontade e, no entanto, numerosos pais adotam a
teoria de que a melhor maneira de corrigir uma criança é repetir-lhe o dia
inteiro que é malcriada, desobediente ou preguiçosa.
Podem até pensar alguns pais, que as palavras
elogiosas sobre a boa conduta dos filhos lhes despertam uma perniciosa vaidade,
ao contrário, o elogio é um grande estímulo e valioso auxiliar para a educação
da criança.
As censuras constantes às crianças podem fazer
surgir complexos de inferioridade e incompetência, de que se ressentirão mesmo
depois de adultos.
E certo
que os pais que se habituam a repreender constantemente os seus filhos, por
vezes, até asperamente, não são cruéis; eles amam os seus filhos e por muito desejarem
sua perfeição é que acham que devem exigir deles o máximo, exibindo, diante de
seus olhos, todo um cortejo de seus defeitos e fraquezas.
Sem
compreender, cegos, por falha conceitual do dever, que causaram a seus filhos,
danos, fazendo surgir em seus espíritos, complexos de inferioridade que poderão
conduzi-los a fracassos, mais tarde.
Os pais
se esquecem de que são para os filhos, o público, do qual esperam deles o
julgamento de uma conduta. Quando deixam de receber o aplauso esperado se
sentem tão magoados como o autor cujo livro ou obra fracassou.
Matar em
embrião a personalidade de uma criança é um crime. E são comuns os pais, cegos
até pelo muito quererem a seus filhos, que podem assim proceder.
É certo
que o elogio, como tantas outras coisas boas, devem ser concedidas à criança com
inteligência, em medida certa e só quando merecido.
Deve ser usado como reconhecimento por um
trabalho bem feito, para ser estímulo e servir como uma esperança que inspirará
na criança, o desejo de continuar melhorando sempre. Trabalho este, que
normalmente é imitação da postura adequada dos pais!
Em uma
palavra se dirá à criança, quando boa, que pode ser melhor ainda, e quando de
mau temperamento, que pode melhorar.
Da próxima vez que você gostar do filé que
comer no restaurante, experimente pedir ao garçom, para dizer ao chefe de
cozinha que a comida estava excelente e, quando um vendedor cansado se mostrar
de uma gentileza incomum, mencione-a.
O que se aplica a profissionais aplica-se duplamente àqueles
que trabalham em escritórios, lojas e fábricas e aos nossos familiares e
amigos.
Nas nossas relações interpessoais devemos nos lembrar
de que nossos companheiros são seres humanos e que, como tais, desejam ouvir
uma palavra que os valorize. É a moeda
legal que todas as almas apreciam.
Experimente deixar um rasto amistoso de pequenas
centelhas de gratidão à sua passagem. Você se surpreenderá em ver como elas
acendem chamas de amizade que alumiarão sua trajetória numa próxima visita.
A Srta X, tinha como responsabilidade de seu
trabalho, que supervisionar um encarregado da limpeza que não vinha trabalhando
como se esperava. Os outros empregados da firma zombavam dele e sujavam os
corredores para provarem o péssimo serviço que ele prestava.
A situação era
ruim e a loja perdia em produtividade. Srta. X sem sucesso procurou motivar
esse homem. Notou, porém, que de quando em quando ele fazia bem determinado serviço.
Fez questão de elogiá-lo por esses trabalhos bem feitos diante de todos os
funcionários.
Cada dia que
passava, o trabalho dele foi melhorando e, em breve, muito em breve, tudo o que
fazia resultava eficiente.
Hoje, ele é um
funcionário excelente e todos o elogiam e fazem questão de reconhecê-lo.
O elogio honesto
obteve resultados, onde a crítica e a ridicularização falharam.
Magoar as
pessoas jamais as modificarão, como jamais as despertarão para suas atividades.
Deixemos de pensar nas nossas qualidades, nos nossos
desejos. Experimentemos descobrir as
qualidades boas do outro.
Esqueçamos então a bajulação.
Façamos um honesto e sincero elogio. Seja sincero na
sua aprovação e pródigo no seu elogio e as pessoas prezarão suas palavras,
guardando-as e repetindo-as durante toda a vida, repetindo-as anos depois, quando você já as tiver esquecido.
PRINCIPIO 2
FAÇA UM ELOGIO HONESTO E SINCERO
INFLUENCIAR BEM UMA PESSOA
Para influenciar adequadamente uma pessoa, diz Flavio
Faria, é necessário falar sobre o que ela quer e mostrar-lhe como
realizar o seu intento.
Lembre-se disto quando estiver procurando conseguir que
alguém faça uma determinada coisa. Se, por exemplo, desejar que o seu filho fique
longe de cigarro, ao invés de pregar sermões ou falar sobre o seu desejo,
mostre-lhe que os cigarros diminuem as suas possibilidades nos esportes.
É um
excelente processo para ser empregado quer você esteja tratando com crianças
bem como novilhos ou chimpanzés
Senhor Augusto e seu filho tentaram um dia levar um
bezerro para dentro da cocheira do sítio. Porém, ambos cometeram o erro comum
de só pensar no que estavam querendo.
Sr. Augusto empurrava o bezerro enquanto o filho
puxava. Mas o animalzinho agia exatamente como Augusto e o filho; ou seja, pensava
apenas no que ele queria, por isto firmou as pernas e obstinadamente se recusou
a deixar o campo.
Uma empregada, a cozinheira, viu a luta. Era uma
mulher incapaz de escrever ensaios e livros mas, naquele momento, teve muito
mais senso ou instinto de bezerro que o grande patrão, senhor Augusto. Pensou
ela sobre o que o bezerro queria e colocou maternalmente um dedo na boca do
animal, deixou que ele o chupasse enquanto facilmente conduzia o teimoso
bezerro para dentro da cocheira.
Cada ato que você realizou, desde o dia em que
nasceu, foi porque você queria alguma coisa.
O Prof. Harry Overstreet(11), afirma que a ação emana
daquilo que fundamentalmente desejamos e
o melhor conselho que se pode dar às pessoas que têm necessidade
de convencer alguém, seja nos negócios, no lar, na escola ou na política é
despertar na outra pessoa um desejo ardente.
Aquele que puder conseguir isto terá todo o mundo a seu lado.
Aquele que não o conseguir trilhará um caminho
solitário.
Andrew Carnegie, o pobre rapazola escocês que se
iniciou na vida ganhando dois centavos por hora e deixando 365 milhões de
dólares, aprendeu logo nos primórdios da sua existência que o melhor modo de
influenciar as pessoas é falar sobre o que elas querem.
Teve apenas quatro anos de escola, mas aprendeu como
tratar as pessoas.
Para ilustrar; Estava a Senhora Alicia
preocupadíssima com os dois filhos. Estudavam os rapazes na universidade
distante centenas de quilômetros de casa e achavam-se tão ocupados com os seus
afazeres que deixavam de telefonar para casa, nem mesmo davam importância aos recados
ansiosos de sua mãe, na caixa postal dos telefones celulares.
Após tomar conhecimento destas técnicas ela escreve
uma carta comum e no pós-escrito mencionou, casualmente, que mandava uma nota cem
reais para cada um deles.
"Esqueceu-se",
porém, de incluir o dinheiro.
A resposta não se fez demorar, com agradecimentos pela sua
bondosa carta e .. .
Você mesmo pode terminar a sentença.
Marco Antonio, ao voltar do trabalho para casa, certa noite,
encontrou o filho caçula, Marquinho, batendo o pé e gritando, sentado no chão da
sala. No dia seguinte começaria o jardim de infância e recusava-se a ir.
A reação normal de Marco seria mandar o menino subir para o quarto
e dizer-lhe que seria melhor para ele mudar de ideia. Naquela noite, porém,
percebendo que essa atitude só complicaria a situação, obrigando o menino a ir
mal-humorado ao jardim de infância.
Marco sentou-se e pensou
que se estivesse no lugar do Marquinho, por qual motivo deveria estar morrendo
de vontade de ir? Ele e a esposa fizeram uma lista de todas as coisas
agradáveis que Marquinho faria lá, tais como pintar com os dedos, cantar,
conhecer outras crianças e fazer amigos. Trataram, então, de colocar essas
coisas em prática.
Todos começaram a pintar com os dedos sobre a mesa da cozinha;
a mãe, o outro filho, Luiz, e o pai, todos se divertindo. Dali a pouco Marquinho
apareceu e ficou num canto. Não tardou em pedir para participar, Oh não,
disse-lhe o pai. Primeiro você vai para
o jardim de infância aprender a pintar com os dedos, depois vem pintar com a
gente.
Em seguida, tentando ser entusiástico ao máximo, falaram
sobre as coisas listadas em termos que ele pudesse compreender, enfatizando-se
que ele se divertiria a valer no jardim de infância.
Na manhã seguinte, para surpresa sua, o pai não foi o
primeiro a se pôr fora da cama. Quando desceu para a sala, encontrou Marquinho
dormindo, sentado numa poltrona.
Que está fazendo aqui? Perguntou-lhe o pai?
Estou esperando a
hora de ir para o jardim de infância. Não quero chegar atrasado.
O entusiasmo que toda a família despertara em Marquinho,
deu-lhe uma disposição que jamais teria sido conseguida através de discussões e
ameaças.
Amanhã, você leitor, caso queira persuadir alguém a fazer
alguma coisa, antes de abordar o assunto, pergunte-se como poderá fazer com que
o outro queira isto!
Certa vez, Dale Cornegie alugou o grande salão de bailes de
um hotel de Nova York para, vinte noites em cada estação e nele realizar uma série
de conferências.
No começo de uma estação, fui subitamente informado de que
teria de pagar quase três vezes mais que o preço anterior.
Tal notícia chegou ao meu conhecimento depois de já estarem os
bilhetes impressos, distribuídos e feitos todos os anúncios.
Naturalmente, ele não desejava pagar o aumento, porém, como falar
no hotel sobre o que queria? Os proprietários estavam interessados apenas no
que eles desejavam. Assim alguns dias depois foi ver o gerente.
Disse-lhe ter ficado um pouco chocado ao receber a carta,
disse-lhe, porém, apesar de tudo não o condenava por isso. - Se estivesse no
seu lugar, provavelmente teria enviado uma carta idêntica, falou Dale Cornegie.
Seu dever como gerente do hotel seria conseguir todos os
lucros possíveis. Caso contrário, poderia até perder o cargo.
Dale Cornegie
solicitou ao mesmo, um pedaço de papel para
mostrar-lhe as vantagens e as desvantagens que lhe advirão, se insistir no
aumento do aluguel.
Tomou então uma folha de papel e traçou uma linha no centro
intitulando uma coluna "vantagens" e, a outra, "desvantagens".
Escreveu embaixo do título "vantagens", salão de
bailes livre, acrescentando que o
gerente contaria com a vantagem de ter o
salão de bailes livre para alugar para danças e convenções sendo uma grande vantagem para os negócios pois
renderiam muito mais do que o senhor pode conseguir com uma série de
conferências.
Se eu fosse alugar o
seu salão de bailes durante vinte noites no curso da estação,
é certo que isso acarretaria a perda de alguns negócios mais
rendosos para si.
Agora, apontando as “desvantagens”. Primeiro, ao invés do
aumento de renda obtido de mim, verificar-se-á um decréscimo. É um fato que o
senhor terá que riscar dos seus cálculos, pois o preço do aluguel que me está
pedindo está acima das minhas possibilidades.
- Serei obrigado a realizar as minhas conferências em outro
local. Há ainda outra desvantagem para o senhor. As conferências atraem uma
multidão de gente educada e culta ao seu hotel.
É um ótimo anúncio para si, não é? Por certo, se o senhor
gastar alguns milhares de dólares em anúncios nos jornais jamais conseguirá
trazer tanta gente para ver seu hotel, como o farão minhas conferências. Teria isso
algum valor para o hotel?
Enquanto falava, escreveu as duas desvantagens na respectiva
coluna e entregou a folha de papel ao gerente, dizendo que gostaria de que o mesmo
estudasse cuidadosamente as vantagens e desvantagens que advirão para si e
depois me enviasse a sua decisão final.
No dia seguinte, relata Dale Cornegie, recebi uma carta,
comunicando que o aluguel seria aumentado apenas em 50% e não em 300% como fora
proposto.
Observe que foi conseguida a redução sem dizer uma palavra sobre
o que realmente desejava. Falou-se todo o tempo sobre o que a outra pessoa
queria e como consegui-lo.
Suponha caro leitor, se Dale Cornegie tivesse feito o que é
natural e humano, ou seja, entrado furioso no gabinete do gerente e lhe
dissesse: "Que significa este
aumento de 300% quando o senhor sabe que já estou com os bilhetes de entrada
distribuídos e todos os anúncios feitos? 300 por cento! Ridículo! Absurdo! Não pagarei!"
Que aconteceria? Uma discussão teria sido iniciada
aumentando a ira, a tensão e as explosões; e todos sabem como terminam as
discussões. Mesmo que eu o tivesse convencido do erro, o seu amor-próprio não
permitiria que voltasse atrás e me fizesse a concessão.
Eis aqui um dos melhores conselhos já dados sobre a fina arte
das relações humanas: "Se há algum segredo de sucesso", disse Henry
Ford, "consiste ele na habilidade de apreender o ponto de vista da outra pessoa e ver as coisas tão bem pelo angulo dela, como pelo seu".
A afirmação é tão verdadeira, que
vamos repeti-la com destaque: "Se há algum segredo de sucesso, consiste
ele na habilidade de apreender o ponto de vista da outra pessoa e ver as coisas
tão bem pelo ângulo dela como pelo seu".
Esta verdade é tão simples, tão
evidente que todos os homens deviam conhecê-la imediatamente.
Patrícia Gonçalves, que trabalhou num banco de São Paulo,
capital, estava disposta a mudar para Vitória, devido a problemas familiares.
Empregando estes princípios, escreveu a
seguinte carta e a enviou a doze bancos de Vitória:
Prezado Senhor:
Meus dez anos de experiência bancária seriam de interesse a
um banco que cresce tão depressa quanto o do senhor.
Tendo trabalhado em várias funções no Banco X, de São Paulo,
o que me propiciou alcançar meu atual cargo de gerente de agência, adquiri
muita experiência e habilidade em todas as fases bancárias, incluindo relações
com depositantes, créditos, empréstimos e administração.
Estarei de mudança para Vitória no
próximo mês de maio ; tenho certeza de que poderei contribuir para o seu
crescimento e rendimento. Estarei em Vitória no dia 3 de abril, no endereço tal
e gostaria de ter a oportunidade de mostrar ao senhor de que modo poderei colaborar
com os objetivos de seu banco.
Atenciosamente,
Patrícia Gonçalves
O leitor acha que Patrícia
Gonçalves recebeu alguma resposta a essa carta? Pois onze dos doze bancos
convocaram-na para uma entrevista e ela ainda pôde escolher que oferta aceitar.
Mas por quê? Patrícia não
mencionou o que ela queria, mas escreveu de que modo poderia ser útil,
enfocando não as necessidades dela, mas as deles.
Milhares de vendedores estão
enchendo as ruas hoje, fatigados, desanimados e mal pagos. Por quê?
Exclusivamente porque estão sempre pensando
apenas no que eles querem. Não compreendem que nem você nem eu queremos comprar
coisa alguma. Se o quiséssemos sairíamos e compraríamos.
Mas nós ambos estamos eternamente
interessados na solução dos nossos problemas.
Se um vendedor é capaz de
mostrar-nos como seus serviços ou suas mercadorias podem ajudar-nos a resolver nossos
problemas, não necessitará vender-nos coisa alguma. Nós compraremos e todo
freguês gosta de sentir que está comprando, nunca que lhe estão vendendo.
Apesar disso, muitos homens passam
a vida vendendo, sem olhar as coisas pelo ângulo do freguês.
Por exemplo, Ricardo Gomes reside numa
pequena comunidade de casas particulares, na grande Belo Horizonte. Um dia, ia
apressado para a estação do metro quando se encontrou com um corretor de
imóveis que tinha comprado e vendido propriedades naquela região por muitos
anos.
Conhecia-o bem, chamava-se Carlos
Roberto e por isso, precipitadamente, lhe perguntou se o estuque de sua casa
era feito com tela metálica ou com telhas ocas. Carlos respondeu-lhe que não
sabia e indicou o que Ricardo já sabia, ou seja, que podia ter uma informação segura procurando informar-se
na construtora.
Na manhã seguinte, recebeu uma carta sua. Trazia a
informação pedida? Podia tê-la conseguido em 60 segundos com um telefonema. Mas
não o fez. Disse novamente que podia ter a informação telefonando e aproveitou
o ensejo para pedir que lhe desse a preferência no seguro, quando da renovação
da apólice!
Não estava interessado em ajudar o senhor Ricardo. Estava
interessado apenas em ajudar-se.
"O homem que pode colocar-se
no lugar de outros homens, que pode compreender as maquinações do outro, pode
ficar tranquilo com relação ao que lhe reserva o futuro."
Se depois de ler este livro,
conseguir um aumento na tendência de pensar sempre dentro do ponto de vista das
outras pessoas e encarar as coisas pelos ângulos deles, se obtiver esta característica,
ela facilmente lhe provará que será um dos marcos da sua vida.
Considerar o ponto de vista alheio
e despertar no outro um desejo de possuir algo, não deve ser entendido como uma
manipulação, decorrendo disso que a pessoa fará alguma coisa em detrimento dela
e em benefício de quem a persuadiu.
Numa negociação, ambas as partes
saem beneficiadas.
Tanto o banco quanto Patrícia
Gonçalves ganharam com a carta enviada por ela, no sentido de que o banco
contratou uma valiosa funcionária e, Patrícia, um emprego ajustado às suas
necessidades.
Um dos estudantes dos cursos de
treinamento de Dale Cornegie, andava preocupado com um seu filhinho. A criança
tinha o peso abaixo do normal e recusava-se a comer.
Os pais empregavam o método comum. Repisavam e
repreendiam. "Mamãe quer que você tome isto e aquilo." "Papai
quer que você cresça para ser um grande homem."
Prestou a criança alguma atenção a
tais pedidos? Prestou tanta atenção como você e eu prestamos a um simples grão
de areia em toda a extensão de uma praia.
Nenhum homem com um traço de senso
comum poderá esperar que uma criança de 3 anos compreenda o ponto de vista de
um pai que tem 30 primaveras.
Entretanto, era precisamente o que
ele estava esperando. Ridículo.
Finalmente, compreendeu. Disse
então para si mesmo: "Que quer o meu
filho? Como poderei harmonizar o que ele quer com o que eu quero?"
Foi tarefa fácil quando começou a
pensar sobre o assunto.
Seu filho possuía um velocípede no
qual gostava de passear para baixo e para cima, diante da casa, em Brooklyn.
Poucas portas abaixo na mesma rua, vivia um menino grandalhão que costumava fazer
o garoto descer do velocípede para passear nele.
Naturalmente, o garoto corria
choramingando para sua mamãe e esta tinha de ir tomar o velocípede das mãos do
grandalhão e entregá-lo novamente ao filho. Isto acontecia quase todos os dias.
Que desejava o garoto? Não é
necessário ser um Sherlock Holmes para responder a esta pergunta. Seu orgulho,
seu desejo de ser importante, todas as mais fortes emoções de sua formação,
incitava-o a tomar uma vingança do grandalhão.
Quando seu pai lhe disse que podia desancar o prestígio do
garoto maior algum dia, para o que, apenas precisava comer as coisas que a sua
mamãe queria que ele comesse, quando seu pai lhe prometeu isto, desapareceram todos
os problemas dietéticos.
O menino começou a
comer espinafre, salsichas, peixe, tudo enfim, somente para se tornar bastante
forte a fim de vencer o grandalhão que o havia humilhado várias vezes.
A doutrina racionalista cristã, é enfática quando afirma que
a vingança é desnecessária, constitui perda de tempo na vida da pessoa, pois cada
um é responsável pelo que faz; é fruto de si mesmo, ou seja, fazendo o bem,
colherá o bem, por outro lado, quando faz o mal, colherá o mal, cedo ou tarde,
nesta ou na próxima oportunidade de reencarnar.
Os instintos humanos, porém, existem e, um exemplo como
este, serve apenas para ilustrar, como as reações a determinados estímulos do
ambiente acontecem; principalmente, quando vindos de seres cuja influência é
notória no processo de formação, como pais e/ou responsáveis.
É bastante pertinente, então, que nós enquanto pessoas
inseridas num contexto social voltados ao bem procurem sempre os incentivos
morais, considerando-se o bem comum, para então, o bem colher.
PRINCIPIO 3
DESPERTE NA OUTRA
PESSOA UM ARDENTE DESEJO
PARA SER BEM RECEBIDO
Permita-me dizer-lhe isso.
Você pode fazer
mais amigos em 2 meses, interessando-se
pelas outras pessoas, do que em 2 anos, tentando conseguir o interesse dos
outros sobre você.
Por certo que conhecemos pessoas que erram pela vida, tentando
em vão fazer com que os outros se interessem por elas.
É sabido, há muito, que este tipo de estratégia é
ineficiente. As pessoas não estão interessadas em você nem estão interessadas
em mim. Estão interessadas nelas mesmas, pela manhã, ao meio-dia e depois do
jantar.
A New York Telephone Company realizou um detalhado estudo
das conversações telefônicas para saber qual a palavra mais frequentemente
usada. O pronome pessoal "Eu". "Eu". "Eu", foi
usado 3.990 vezes em 500 conversações telefônicas. "Eu". "Eu”. “Eu”.
Quando você vê uma foto da qual faz parte, qual a pessoa que
olha em primeiro lugar?
Se nós apenas procurarmos impressionar as pessoas e fizer com
que elas se interessem por nós, nunca
teremos muitos amigos verdadeiros e sinceros.
Alfred Adler(12), famoso psicólogo vienense, escreveu vários
livros, dentre eles, um, intitulado What Life Should Mean to You. Nesse livro, entre outras coisas,
diz que:
"O indivíduo que mostra desinteresse em
relação ao seu semelhante, é quem tem as maiores dificuldades na vida e causa os maiores males aos
outros. É entre tais indivíduos que se
verificam todos os fracassos humanos".
Podem-se ler vários escritos eruditos de Psicologia sem tropeçar
com uma declaração mais significativa para você e para mim.
Todos nós, sejamos açougueiro ou padeiro, ou o rei no seu trono,
todos nós gostamos das pessoas que nos admiram.
Tomemos, por exemplo,
o imperador alemão. No fim da 1ª Guerra Mundial, ele era talvez o homem mais
selvagem e universalmente menosprezado por todo o mundo.
Mesmo a sua própria pátria se voltou contra ele, quando foi
obrigado a fugir para a Holanda para salvar o pescoço da guilhotina.
O ódio contra ele era tão grande, que milhões de pessoas
desejavam despedaçá-lo, arrancando-lhe os membros um a um, ou queimá-lo
espetado numa estaca.
No meio de toda esta eclosão de fúria, um garoto escreveu ao
imperador uma carta simples e sincera cheia de bondade e admiração. Dizia que nem
queria saber o que os outros pensavam e que ele amaria sempre Wilhelm II, como seu
imperador.
Este ficou tão tocado
por esta demonstração que convidou o seu autor para ir vê-lo.
O garoto foi levando
sua mãe. O imperador, posteriormente, casou-se com ela.
Este garoto nem precisou ler livros de Psicologia. Ele sabia
fazer amigos muito bem e, instintivamente.
Se quisermos conseguir amigos, coloquemo-nos à disposição de
outras pessoas para fazer por elas certas coisas que requeiram tempo, energia,
desprendimento e meditação.
Quando o duque de Windsor era príncipe de Gales teve que dar
uma volta pela América do Sul e, antes de partir para tal viagem, passou meses
estudando espanhol para poder fazer discursos em público no idioma dos países
que visitava e todos que o ouviram, quiseram-lhe muito por isso.
Se quisermos fazer amigos,
saudemos as pessoas com animação e entusiasmo. Esta é uma forma de conectar a
nossa mente às boas fontes, ao Universo Superior, preconizado pelo Racionalismo
Cristão, para bebermos desta fonte benéfica.
Quando alguém o chamar ao telefone,
empregue a psicologia idêntica. Diga "alô" em tom que expresse a sua
satisfação pelo chamado que lhe fizeram.
Se você mostrar um verdadeiro
interesse pelas outras pessoas, além de conquistar amizades, também atrairá clientes
para a sua empresa, se for o caso.
Carlos Rodrigues, de um dos maiores
bancos estrangeiros da Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, foi indicado
para preparar um relatório confidencial sobre uma determinada corporação. Sabia
apenas de um homem que possuía os dados de que necessitava tão urgentemente.
Quando o Sr. Carlos foi
introduzido no gabinete do presidente da companhia, uma mulher jovem meteu a
cabeça na porta e disse ao presidente que não tinha um só selo para ele naquele
dia.
- "Coleciono selos para meu filho de doze anos", explicou o presidente
ao Sr. Carlos.
Este falou da sua missão e começou
a fazer perguntas. O industrial estava distraído, falando de um modo geral,
nebuloso. Sem vontade de falar e, aparentemente, nada podia persuadi-lo a fazer
isto.
A entrevista foi curta e
infrutífera.
"Francamente, eu fiquei
perdido", disse o Sr. Carlos Rodrigues, quando relatou o caso diante do
chefe.
Lembrou-se, então, do que havia ouvido da sua
secretária; selos, filho de doze anos, lembrando-se ainda, que o departamento estrangeiro
do banco, possuía selos, das cartas que vinham de todas as partes do mundo.
Na tarde seguinte, procurou aquele
homem e mandou dizer-lhe que tinha uns selos para o seu filho.
Foi introduzido com entusiasmo?
Sim, senhor. Ele, o presidente, apertou sua mão com mais entusiasmo. Irradiava sorrisos
de boa vontade. “Meu garoto vai gostar deste”, dizia, enquanto remexia os
selos. “E olhe este. Este é um tesouro”.
Passaram meia hora falando sobre
selos e olhando um retrato do seu filho e, então, ele levou mais de uma hora
dando todas as informações que o Sr. Carlos queria, sem mesmo, sequer, uma
sugestão de sua parte neste sentido. Disse-lhe tudo que sabia depois chamou
seus auxiliares e formulou perguntas. Telefonou para alguns dos seus sócios.
Encheram-me de fatos, números, notícias e
correspondência. Falando em linguagem técnica, consegui um furo jornalístico.
Fernando C. Jr., de Campinas,
Estado de São Paulo, tentou durante anos vender gás a uma grande cadeia de supermercados.
Porém, a organização continuava a comprar o combustível de um vendedor de fora da
cidade persistindo em negar este direito a firma do Sr. Fernando.
Este fez um discurso para o seu encarregado expressando toda
a sua raiva contra a cadeia de supermercados,
apontando-as como verdadeira maldição para o país.
E ainda se admirava por que não lhes poder vender.
Foi aconselhado pelo encarregado a experimentar uma tática
diferente. Resumindo ligeiramente, eis o que aconteceu.
Organizou-se um
debate entre os vendedores de gás, para ficar resolvido se a expansão dos
supermercados estava fazendo mais mal ao país que bem. Fernando, por sugestão do
encarregado, concordou em defender os
supermercados e foi então procurar um diretor da organização que ele
menosprezava, dizendo-lhe que estava ali procurando um favor, ao invés de tentar
lhe vender gás.
Explicou o seu debate
e acrescentou: "Procuro-o
pedindo-lhe a fineza de esclarecimentos, pois julgo que ninguém melhor do que o
senhor poderá dar-me os dados de que necessito. Estou ansioso para vencer o
debate e apreciarei grandemente a colaboração que o senhor me puder prestar.”
Eis o resto do caso nas palavras
do próprio Sr. Fernando:
- “Eu havia pedido a este homem
precisamente, um minuto do seu tempo.” E foi com esta condição que permitiu a
minha visita. Depois que expliquei o caso, ofereceu-me uma cadeira e falou-me exatamente durante uma hora e quarenta e sete minutos. Chamou o outro diretor, que havia escrito um
livro sobre sua cadeia de lojas.
Comunicou-se com a Associação
Nacional de Supermercados, conseguindo-me uma cópia de um debate sobre o assunto. Ele
realmente achava que os supermercados estavam prestando um serviço real à
humanidade. Estava orgulhoso do que fazia por centenas de comunidades. Seus
olhos brilhavam enquanto falava. Devo confessar que ele me abriu os olhos para
coisas com as quais nunca havia sequer sonhado, relatou o Sr. Fernando. “Mudou inteiramente minha atitude mental”.
Quando me retirei, veio comigo até à porta, passou o braço
pelo meu ombro, desejou que me saísse bem no debate e pediu-me que viesse vê-lo
novamente e que o informasse do resultado. Suas ultimas palavras ditas foram para
que o procurasse mais tarde, em Setembro, pois gostaria de dar-me um pedido de gás.
"Para mim isto foi quase um milagre”. Estava
oferecendo-se para comprar gás, sem qualquer sugestão da minha parte.
“Adiantei-me mais em 2 horas, verdadeiramente interessado nele
e nos seus problemas do que teria feito em 10 anos procurando interessá-lo em
mim e no meu gás".
O Sr. Fernando entrou em contato com uma antiga verdade, que
desde 100 anos antes do nascimento de Cristo, foi dita por um célebre poeta romano, Publius Sirus!
Disse Sirus que, "Estamos interessados nos outros, quando eles
se interessam por nós".
Uma demonstração de interesse como todos os princípios das
relações humanas, deve ser sincera. Deve recompensar a pessoa que se mostra
interessada e também a pessoa objeto de atenção. Numa rua de mão dupla, ambas
as partes se beneficiam.
Esta é a condição moral, tão insistentemente aconselhada por
Luiz José de Mattos, codificador do Racionalismo Cristão; condição esta, onde
todos ganham pois estão conectados através de pensamentos sinceros nas
correntes do bem.
Se quiser que as pessoas gostem de você, se quiser
aprofundar verdadeiras amizades, ajudar as outras pessoas e, ao mesmo tempo ser
ajudado por elas, procure lembrar-se deste princípio:
PRINCIPIO 4
INTERESSEM-SE
SINCERAMENTE PELAS OUTRAS PESSOAS
UMA
BOA PRIMEIRA IMPRESSÃO
Ações falam mais alto que palavras e, um sorriso pode dizer "Gosto
de você. Você me faz feliz. Estou satisfeito em vê-lo".
Eis por que os cachorros fazem isso com saltos. Eles ficam tão
contentes quando nos vêem, que pulam para nós. Por isso, naturalmente, nós
sentimos satisfação em vê-los.
O sorriso de uma criança tem o mesmo efeito.
Enquanto espera na sala de recepção de um médico, já reparou
alguma vez nos rostos preocupados das pessoas que aguardam a vez?
O Dr. Nícolas, veterinário em Guarujá-SP, lembrou-se de um
dia típico de verão, quando sua sala de espera estava cheia de clientes aguardando
que seus animais de estimação fossem vacinados.
Ninguém dirigia a palavra a ninguém, e, provavelmente, todos
deviam estar pensando em muitas coisas que poderiam fazer, em vez de
"perderem tempo" ali sentados.
Ele relatou, certa
vez, que haviam seis ou sete clientes, quando entrou uma jovem senhora com uma
criança de nove meses e um gatinho. Esta se sentou perto de um cavalheiro que estava
pouco mais que impaciente pela demora. Dali a pouco, o bebê o encarou e abriu
um enorme sorriso, bem característico dos bebês.
Que fez o cavalheiro?
Exatamente o que você
ou eu faríamos, é claro; também sorriu para o bebê.
Em breve, começou uma conversa com a mãe a respeito do nenê
e dos netinhos que ele lhe daria e, não tardou muito, todos que estavam
presentes na sala de recepção se juntaram à conversa.
O aborrecimento e a tensão transformaram-se numa experiência
divertida e agradável.
Um sorriso falso? Imagine. Este é facilmente percebido.
Nós conhecemos quando ele é mecânico e sentimo-lo. Estamos falando
é sobre um sorriso verdadeiro, um sorriso que traz calor, um sorriso que vem de
dentro, acompanhado de vibração mental, espiritual.
O efeito de um sorriso é poderoso, mesmo quando não pode ser
visto.
João Augusto, diretor de um departamento de computação numa
companhia de São Bernando do Campo, Estado de São Paulo, contou-nos como obteve
o candidato certo para um importante posto que há muito estava precisando:
- "Eu andava
tentando recrutar um doutor na ciência da computação para trabalhar no meu
departamento. Finalmente localizei um jovem com as qualidades ideais e que estava
para se formar na Universidade. Depois de muitas conversas telefônicas, soube
que ele havia recebido várias ofertas de outras empresas, algumas delas maiores
e mais conhecidas que a nossa. Quando ele aceitou o posto, fiquei satisfeitíssimo.
Depois que ele começou a trabalhar, perguntei-lhe por que nos tinha escolhido,
quando dispunha de melhores ofertas. Ele demorou um instante a responder, e
então, falou que achava ter sido por causa dos diretores das outras empresas,
que tinham uma voz muito fria ao telefone, expressavam-se de uma maneira
excessivamente profissional, o que deu a sensação de ser apenas mais uma
transação comercial.”
A forma como o Sr.João
Augusto falava com ele, pelo contrário, soava como se estivesse contente de
ouvi-lo, como se realmente quisesse que ele fizesse parte da empresa.
Pode ter certeza, disse-me,
ainda hoje anos depois de ter estudado estes princípios, falo ao telefone com um sorriso nos lábios,
diz o Sr. João Augusto.
Procure também, caro leitor, eliminar a crítica do seu
sistema de vida. Ao invés de condenar, dê atenção e elogie sempre. Empenhe-se
em deixar de falar sobre o que deseja. Procure ver o ponto de vista da outra
pessoa.
E tais coisas têm revolucionado literalmente muitas vidas.
Seja mais ,feliz, mais rico, tanto em amizade como em felicidade!
Todos buscam felicidade no mundo e existe um caminho certo
para encontrá-la.
"É pelo controle
dos seus pensamentos. A felicidade independe de condições externas. Depende
sim, de condições internas".
Luiz de Mattos, codificador do Racionalismo Cristão, desde
1910, através de muito estudo, percebeu e enfatizou o bem pensar, como um dos
grandes meios para se obter sucesso na vida; conquistando o grau de felicidade
possível de se experimentar na Terra.
O que você tem, ou quem você é, ou onde você está ou o que
você está fazendo, está desvinculado da felicidade ou sofrimento. É o que você
pensa sobre isso. Devido a uma diferença de atitude mental, tanto se vê
fisionomias felizes entre os camponeses pobres, que trabalham com suas
ferramentas primitivas, debaixo de um sol cáustico nos trópicos, como nos escritórios
equipados com ar-condicionado em qualquer metrópole.
"Nada é bom ou
mau", disse Shakespeare, "nosso
pensamento é que o faz."
Lembre-se, caro leitor, de que qualquer leitura só lhe fará
bem se for aplicada!
Todas as vezes que for sair, encolha o queixo, firme a cabeça
e encha os pulmões o mais possível; cumprimente os amigos com um sorriso e
ponha a alma em cada aperto de mão.
Sem receio de ser mal compreendido, sem gastar um minuto
sequer pensando nos desafetos.
Procure fixar na mente o que você gostará de fazer e, então,
sem mudar de diretriz, mova-se para o objetivo visado. Pense nas grandes e
esplêndidas coisas que gostaria de fazer e assim, os dias passarão e você se
sentirá inconscientemente senhor das oportunidades que lhe são requeridas para
a consecução do seu desejo do mesmo modo que o coral tira da passagem das marés
os elementos essenciais para a alimentação.
Tenha sempre no pensamento ser a pessoa capaz, importante e
útil que deseja ser e tal pensamento, a cada hora, o transformará neste
indivíduo particular.
O pensamento é
supremo!
Conserva a correta atitude mental, a atitude da coragem, da
franqueza e do bom humor. Pensar acertadamente é criar. As coisas boas, emanam
de um centro, que deve ser acessado pelo pensamento. Tornamo-nos tal qual, quando
nossas almas estão a isso resolvidas.
Mantenha, portanto, o
seu queixo para dentro e a cabeça firme. “Nós somos deuses em crisálidas",
como diria Luiz de Mattos, partículas do Grande Foco Vida do Universo, trazendo
conosco os mesmos atributos deste, guardadas as devidas proporções!
Os antigos chineses, sempre sábios nos caminhos do mundo,
tinham um provérbio que você e eu devíamos absorver.
É mais ou menos assim: "Um homem sem uma fisionomia sorridente deve desistir de abrir uma loja".
Seu sorriso é o mensageiro de suas boas intenções. É capaz
de iluminar a vida de todo aquele que o vê.
Para quem já viu uma dúzia de pessoas franzindo a
sobrancelha, abrindo uma carranca ou desviando o rosto, seu sorriso é como um
raio de sol passando por entre as nuvens. Principalmente quando alguém vive sob
a pressão dos chefes, dos clientes, dos professores, dos pais ou das crianças,
um sorriso pode fazê-lo perceber que nem tudo está perdido, que ainda existe
alegria neste mundo.
Enriquece os recebedores, sem empobrecer os doadores.
Dura apenas um segundo e pode ficar para sempre.
Ninguém é tão rico que possa ir adiante sem ele e, nem é tão
pobre que não fique mais rico com seus benefícios.
Traz a felicidade ao lar, alimenta a boa vontade nos
negócios e é a senha dos amigos.
É repouso para o fatigado, incentivo para o desanimado, alegria
para o triste, e o melhor antídoto da natureza
para o mau humor.
PRINCIPIO 5
SORRIA
LEMBRE-SE
DISSO SEMPRE
Os que estudam o comportamento humano já verificaram que o
homem médio é mais interessado no seu próprio nome do que em todos os outros
nomes da Terra juntos. Lembre-se do nome e chame-o facilmente e terá prestado a
qualquer pessoa um sutil e muito eficiente cumprimento.
Esqueça-o ou chame-o por um nome diferente, é colocar-se
numa grande desvantagem.
Os homens são tão orgulhosos de seus nomes que andam ansiosos
para perpetuá-los a qualquer custo.
Há séculos, nobres e magnatas costumavam financiar artistas,
músicos e escritores, conseguindo assim que suas obras lhes fossem dedicadas.
Bibliotecas e museus devem suas mais ricas coleções a homens
que sequer podiam conceber que seus nomes desaparecessem da memória da sua
raça.
Quase todas as igrejas possuem vitrais que lembram os nomes dos doadores. Grande parte
dos edifícios de muitas universidades
levam os nomes de doadores que contribuíram com vultosas somas de dinheiro para obter essa honra.
E, a habilidade de lembrar os nomes é quase tão importante nos
negócios e nos contatos sociais, como na política.
A importância de lembrar nomes e de usá-los deve ser uma
prerrogativa tanto sua como é de reis ou de executivos de grandes empresas. O som
de um nome surte efeitos em todos nós.
Joaquim Alcântara, um funcionário da General Motors do
Brasil, em geral, lanchava no refeitório da companhia. Observou que,
invariavelmente, a moça que trabalhava atrás do balcão tinha uma fisionomia
triste.
- Ela devia estar fazendo sanduíches havia umas duas horas e
eu era exatamente outro sanduíche.
Disse-lhe o que queria. A moça pesou o presunto numa pequena
balança, pegou uma folha de alface, uma porção pequena de batatas fritas e
passou-me o prato.
No dia seguinte entrei na mesma fila. A mesma moça, a mesma
fisionomia. A única diferença foi que li seu nome no crachá. Sorri e disse:
'Oi, Eunice' e, só
então, fiz meu pedido. Bem, ela esqueceu a balança, empilhou algumas fatias de
presunto, pegou três folhas de alface e fez um monte com as batatas fritas a
ponto de caírem do prato.
Devemos atentar para a mágica que existe num nome e compreender que esse singular
elemento, pertence exclusivamente à pessoa com quem estamos lidando e a ninguém
mais.
O nome destaca a singularidade do indivíduo, tornando-o único entre a multidão. A informação
que comunicamos e a solicitação que fazemos em determinada situação, assumem
uma importância especial, quando mantemos vivo em nossa mente o nome do indivíduo.
Da garçonete ao diretor, o nome exercerá um efeito mágico enquanto lidamos com
as pessoas.
PRINCIPIO 6
O NOME DE UM HOMEM É, PARA ELE, O SOM MAIS DOCE E MAIS IMPORTANTE QUE
EXISTE, EM QUALQUER IDIOMA
SEJA
UM BOM PAPO
Certa vez, em um evento social promovido por um editor de livros,
encontrei um notável botânico.
Nunca havia conversado antes com um botânico e achei-o fascinante.
Ali no salão ouvi o que ele falou sobre plantas exóticas e
experimentos para o desenvolvimento de novas formas de vida das plantas, além
de jardins internos (falou-me inclusive
de fatos espantosos sobre a batata).
Eu tinha um pequeno jardim interno em casa e ele teve a
gentileza de ensinar-me como resolver alguns dos meus problemas.
Neste evento, haviam dezenas de convidados; eu violei todas
as regras de cortesia, ignorei todos os demais e, falei durante o evento apenas
com o botânico.
Deu meia-noite. Despedi-me de todos e me retirei. O botânico
virou-se então para o anfitrião, meu amigo e fez vários elogios à minha pessoa.
Eu era muito interessante, eu era isto, eu era aquilo e terminou dizendo que eu
fui a melhor prosa da noite.
A melhor prosa da noite? Eu? Porque, afinal de contas; quase
nada disse. Nada poderia ter dito se eu tivesse desejado, sem mudar de assunto,
pois conheço tanto de botânica como da anatomia de um tubarão. Porém, ouvi
atentamente.
Ouvi porque estava verdadeiramente interessado. E ele percebeu
isso.
Naturalmente que lhe agradou.
Esta espécie de atenção é uma das mais altas deferências que
podemos prestar a outrem.
"Poucos seres humanos estão à prova da vaidade de uma
atenção interessada".
Ainda fui além de lhe prestar uma atenção interessada. Fui sincero
na minha apreciação e pródigo no meu elogio.
Disse-lhe que estava imensamente entretido e que a sua
conversa me instruía e, era verdade.
Disse-lhe que desejava possuir os seus conhecimentos e,
desejava mesmo.
Disse-lhe que gostaria de vagar pelos campos com ele e, de
fato, gostaria.
Disse-lhe que queria conversar mais vezes e, realmente
queria.
E assim, consegui que ele me julgasse uma boa prosa quando,
na realidade, fui apenas um bom ouvinte que o incentivou a falar.
Qual é o segredo, o mistério de uma entrevista comercial coroada
de êxito?
Simples; atenção exclusiva para a pessoa que lhe estiver
falando. Nada mais tão lisonjeador como isso.
Ouvir é um fator importante, tanto em casa como no trabalho.
D. Norma, de Goiânia, Estado de Goiás, ouvia com atenção
quando um dos seus filhos tinha alguma coisa a lhe dizer. Certa noite estava
sentada na cozinha com o filho Paulo e, após uma rápida discussão sobre uma
ideia que ele alimentava, Paulo disse:
Mãe sei que a senhora gosta muito de mim.
A Senhora Norma comoveu-se e comentou: Naturalmente que
gosto de você.
Duvidava disso?
Paulo então respondeu:
Sei realmente que a
senhora gosta de mim, pois sempre que preciso conversar sobre alguma coisa a
senhora para de fazer o que está fazendo, só para me ouvir.
O agressor crônico, mesmo o mais violento crítico,
mostrar-se-á mais tolerante e mais manso diante de um paciente e simpático
ouvinte, um ouvinte que se mantenha em silêncio enquanto o irascível
pesquisador de defeitos se dilata como uma jiboia e vomita o veneno de seu
sistema nervoso.
Certa manhã, anos atrás, um freguês insatisfeito entrou no
escritório do Sr. Ismael da Silva, um dos maiores distribuidores de brim, no
comércio atacadista.
Este homem nos devia uma pequena importância, explicou o
senhor Ismael.
O freguês negava isto,
mas tínhamos a certeza de que ele estava enganado. Assim, nosso departamento de
crédito insistiu pelo pagamento.
Depois de receber várias
cartas do nosso departamento, arrumou sua bagagem, fez uma viagem a São Paulo,
Capital do Estado e, apressou-se em vir ao escritório para informar que não
viera pagar a conta, como também, que nunca mais compraria mercadorias na empresa
do Sr. Ismael.
Sr. Ismael, comerciante astuto, ouviu pacientemente tudo
quanto tinha a dizer.
No início disse-me, esteve tentado a interrompê-lo mas
compreendeu que seria má política.
Assim, deixou que falasse tudo.
Quando finalmente começou a esfriar e se tornou receptivo,
eu disse calmamente:
- "Quero agradecer-lhe por ter vindo a São Paulo,
Capital, falar-nos sobre isto. Fez-me um grande favor, pois se o nosso
departamento de crédito o aborreceu pode também aborrecer outros bons fregueses
e isso será muito mau. Acredite-me, estou muito mais desejoso de ouvir isto do
que o senhor de me dizer".
Era esta a última coisa no mundo que ele esperava ouvir do Sr.
Ismael.
Penso que ficou desapontado pela asneira de ter vindo a São
Paulo para dizer-lhe uma ou duas coisas e aqui, ao invés de atracar-se com ele,
estava agradecendo-lhe.
Assegurei-lhe, disse
o Sr. Ismael, que nós riscaríamos o débito dos livros e pedi que se esquecesse do
mesmo, pois ele era um homem muito cuidadoso, com uma única conta a olhar,
enquanto nossos empregados tinham que olhar milhares de contas. Por essa razão,
havia menos possibilidade de ele estar errado do que nós.
Disse-lhe que compreendia perfeitamente como se sentiu e que
se eu estivesse no seu lugar, teria certamente sentido o mesmo. Desde que se
decidira a não comprar mais de nós, recomendei-lhe outras casas de brim.
Antes deste incidente, quando ele vinha a São Paulo,
costumávamos almoçar juntos, por isso convidei-o para almoçar comigo naquele
mesmo dia. Aceitou com certa relutância mas quando voltamos ao escritório, nos
fez um pedido de mercadorias como nunca fizera até então.
Voltou para casa com
disposições brandas e, querendo ser tão justo conosco como acabávamos de ser
com ele, foi examinar suas contas e, encontrando uma que, realmente, deixara de
pagar, enviou-nos um cheque com as suas desculpas.
Mais tarde, quando a esposa o presenteou com um garoto, o
batizou de Ismael, continuando freguês e amigo da empresa até a sua morte,
vinte e dois anos depois.
Anos atrás, um pobre rapaz, imigrante holandês ocupava-se, depois
da escola, em limpar as vitrinas de uma padaria para sustentar seus familiares.
Sua gente era tão pobre que ele costumava diariamente percorrer as ruas com uma
cesta, para catar pedaços de carvão que caíam dos carros ao descarregarem.
Este rapaz, cujo nome era Edward Bok, freqüentou em toda a
sua vida apenas 6 anos de escola; tornou-se, entretanto, um dos mais prósperos editores
de revistas na história do jornalismo americano.
Como conseguiu isto é
uma história comprida, mas o seu início pode ser contado rapidamente.
Começou, empregando
os princípios preconizados neste capítulo.
Deixou a escola aos 13 anos e empregou-se como mensageiro da
Western Union mas, nem por um momento sequer, abandonou a ideia de ter uma
educação. Ao contrário, começou a educar-se. Economizava suas passagens de
bonde e deixou de almoçar, até conseguir dinheiro suficiente para comprar uma enciclopédia
de biografias americanas, fez tudo em silêncio.
O codificador do Racionalismo Cristão, José Luiz de Mattos,
sempre recomendou o estudo através de boas leituras, como instrumento poderoso
no encaminhamento dos nossos bons pensamentos e, escreveu textualmente que, faz
parte deste processo a leitura de biografias de personagens de vulto na
história da humanidade, pois são riquíssimas de bons exemplos de conduta e
tornam-se um referencial para o ser.
Eduard Bok, então, leu a vida dos homens famosos e
escreveu-lhes, pedindo informações adicionais sobre suas infâncias.
Ele era um bom
ouvinte, incentivou pessoas famosas a falarem de si mesmas.
Escreveu ao general
James A. Garfield que era, então, candidato à presidência e perguntou-lhe se
era verdade que ele fora um moço de bordo num navio; e Garfield respondeu.
Escreveu ao general Grant, perguntando-lhe alguma coisa
sobre uma batalha e Grant desenhou um mapa para ele e convidou este rapazola,
com então, 14 anos para jantar, passando a noite falando para ele.
Este mensageiro da Western Union estava, em breve,
correspondendo-se com a maioria das pessoas mais famosas do país; tais como,
Ralph Waldo Emerson, Oliver Wendell Holmes, Longfellow, Sr Abraham Lincoln,
Louisa May Alcott, general Sherman e Jefferson Davis.
Não somente manteve correspondência com estas pessoas eminentes,
como logo que obteve umas férias visitou muitas delas sendo um hóspede bem
recebido em suas casas.
Tal experiência lhe incutiu uma confiança inestimável. Esses
homens e mulheres contagiaram-no com uma visão e uma ambição, que revolucionaram
sua vida. E tudo foi possível apenas pela aplicação dos princípios que estão
sendo colocados aqui.
Um dos maiores ouvintes dos tempos modernos foi Sigmund Freud.
Um homem que o conheceu descreveu sua maneira de ouvir:
- Fiquei tão fortemente impressionado, que jamais o esquecerei.
- Ele tinha qualidades que jamais encontrei em homem algum.
Nunca, em toda a minha vida, vi atenção tão concentrada.
- Não percebi essa coisa do agudo olhar que penetrava a alma.
- Seus olhos eram meigos e suaves.
- Sua voz era calma e macia.
- Fazia poucos gestos.
- A atenção que dispensava a mim, seus comentários positivos
sobre o que eu dizia, mesmo quando eu me expressava mal, eram extraordinários.
- Você nem imagina o que significava “ser ouvido
daquela maneira".
Assim, se quiser ser um bom papo, seja um ouvinte atento.
Para ser interessante, seja interessado.
Faça perguntas a que outro homem sinta prazer em responder.
Concite-o a falar sobre si mesmo e sobre seus assuntos
prediletos.
Lembre-se de que o homem com o qual estiver falando, está
uma centena de vezes mais interessado em si mesmo, nos seus problemas e
vontades, do que em você e seus problemas.
Sua dor de dente significa mais para ele que a fome na Biafra
que mata centenas de pessoas. Um furúnculo no seu pescoço interessa-lhe mais
que quarenta tremores de terra na África.
Pense em tudo isto na próxima vez que iniciar uma
conversação.
Se quiser saber como fazer as pessoas correrem de você e o
ridicularizarem pelas costas, ou mesmo desprezá-lo, nunca se mostre disposto a
ouvir alguém por muito tempo. Fale incessantemente sobre você mesmo. Se tiver
uma ideia, enquanto a outra pessoa estiver falando, nem espere que ela termine.
Ela, com certeza, está menos interessante que você. Por que gastar seu tempo
ouvindo sua frívola tagarelice? Adiante-se logo, interrompendo-a no meio da
sentença.
Você conhece gente assim? Eu conheço; inoportunos,
intoxicados com o próprio ego, ébrios com o sentimento de sua própria importância.
O homem que só fala de si é irremediavelmente mal educado,
independente do seu grau de instrução.
PRINCIPIO 7
SEJA, PORTANTO, UM BOM OUVINTE, INCENTIVE OS OUTROS A FALAREM SOBRE ELES MESMOS
DESPERTE
O INTERESSE DO OUTRO
Todos os que foram hóspedes de Theodore Roosevelt,
presidente dos Estados Unidos (1901 – 1909), ficaram espantados com a extensão
e a diversidade dos seus conhecimentos. Fosse um vaqueiro ou um domador de
cavalos, um político de Nova York ou diplomata, Roosevelt sabia o que lhe dizer.
E como fazia isto?
A resposta é simples.
Todas as vezes que Roosevelt esperava um visitante, passava
acordado até tarde na véspera, lendo sobre o assunto que sabia interessar particularmente
ao seu hóspede. Porque Roosevelt sabia como todos os líderes, aliás, que a
estrada real para o coração de um homem é falar-lhe sobre as coisas que ele
mais estima.
O genial William Lyon Phelps, ensaísta e outrora professor de
literatura na Universidade de Yale, U.S.A., cedo aprendeu esta lição na vida.
- Quando eu tinha oito anos de idade dizia ele e estava
passando um fim-de-semana em visita a minha tia Libby Linsley em sua casa, em
Stratford, no Housatonic, certa noite chegou um homem de meia-idade que, depois
de uma polida troca de amabilidades com minha tia concentrou sua atenção em
mim.
Naquele tempo, eu
andava muito entusiasmado com barcos, e o visitante discutiu o assunto de tal
modo que me deu a impressão de estar particularmente interessado no mesmo.
Depois que saiu, falei dele com entusiasmo. Que homem!
Minha tia informou-me então que ele era um advogado em Nova
York; que não entendia coisa alguma sobre barcos, nem tinha o menor interesse
no assunto.
Mas então por que falou todo o tempo sobre barcos, perguntei
a minha tia?
Porque ele é um cavalheiro, disse-me ela, percebeu que você
estava interessado em barcos e falou sobre coisas que lhe interessavam e lhe causavam
prazer. Fez-se agradável!
William Lyon Phelps acrescenta: "Nunca esqueci a observação
de minha tia".
Edward L. Chalif, um homem dedicado ao trabalho dos
Escoteiros, um dia viu que necessitava de um favor.
Responsável por um
grande acampamento de escoteiros havia marcado para breve, na Europa, um evento
para os seus meninos e precisava que o presidente de uma das maiores
corporações na América, pagasse as despesas de viagem de um dos seus rapazes.
Ouvi justamente antes de ir ver este homem, que ele assinara
um cheque de um milhão de dólares que depois fora cancelado, mas que ele ainda
o tinha consigo.
Assim, a primeira coisa que fez ao entrar no seu gabinete,
depois de cumprimenta- lo foi pedir para ver o cheque.
Um cheque de um milhão de dólares!
Disse-lhe que nunca tivera notícia de um cheque deste valor
e que eu queria dizer aos meus escoteiros que tinha visto um cheque de um
milhão de dólares.
Com satisfação mostrou-me o cheque; admirei-o e pedi-lhe
para contar-me tudo sobre como foi o mesmo assinado.
Você, caro leitor, notou que o Sr. Chalif começou falando
sobre outro assunto ao invés dos escoteiros ou sobre o acampamento na Europa ou
sobre o que ele queria, percebeu?
Falou sobre coisas que interessavam ao outro homem.
Eis agora o resultado:
O homem que eu estava visitando disse então: Oh! Mas o que
desejava o senhor de mim com a sua visita?
Expliquei, então, minha missão!
Com grande surpresa para mim, continua o Sr. Chalif, não
somente concedeu o que eu pedia, mas muito mais.
Pedi-lhe que custeasse a ida de um rapaz à Europa e ele
mandou cinco rapazes além de mim, deu-me uma carta de crédito de mil dólares e
disse que podíamos permanecer na Europa sete semanas.
Deu-me ainda cartas de apresentação, para os diretores das suas
filiais, colocando-os às nossas ordens.
Ele mesmo encontrou-nos em Paris e mostrou-nos a cidade.
Desde então, tem dado trabalho a alguns dos rapazes cujos
pais estão desempregados; é ainda um dedicado nas realizações do nosso grupo.
Sei, entretanto, que o fato de ter encontrado a coisa em que
ele se achava interessado, despertou seu entusiasmo no princípio e era o que eu
precisava.
O Sr. Duvernoy, procurava vender pão a um certo hotel de Nova
York.
Procurou o administrador quase semanalmente, durante quatro
anos. Esteve em algumas reuniões sociais também frequentadas pelo
administrador. Chegou mesmo a tomar um apartamento no hotel e lá residir com o
fito de conseguir fazer o
negócio. Mas tudo em vão.
Foi então, disse o Sr. Duvernoy, depois de estar estudando
as relações humanas, resolveu mudar a tática.
Decidiu procurar o
que interessava àquele homem, o que podia despertar o seu entusiasmo.
Descobriu, então, que o mesmo pertencia a uma sociedade de
hoteleiros, denominada Hotel Greeters of America.
Além de fazer parte desta, seu contagiante entusiasmo o
levou ao posto de presidente da referida organização e presidente da
International Greeters. Independente de onde se realizavam as convenções, ele
comparecia!
Assim, quando o vi no dia seguinte, comecei a falar sobre a
Greeters.
Que resposta consegui! Que resposta!
Conversou comigo durante meia hora sobre a Greeters e suas
palavras vibravam de entusiasmo.
O Sr. Duvernoy pode compreender que esta sociedade era o seu
hobby, a paixão de sua vida.
Antes de deixar o escritório, ele me vendeu um título de
membro da sua organização.
Neste ínterim, nada disse sobre pão. Mas alguns dias mais tarde,
um empregado do hotel telefonou-nos para mandar levar algumas amostras e
respectivos preços.
- “Eu desconheço o que o senhor fez com o velho”, disse-lhe
o empregado “mas o homem está mesmo caído pelo senhor.”
Pense, raciocine sobre isto, caro leitor!
O Sr. Duvernoy esteve martelando aquele homem na cabeça
durante quatro anos, procurando conseguir sua preferência e ainda continuaria a
martelá-lo na impossibilidade de encontrar o que lhe interessava o de que
gostava de falar.
Edward E. Harriman, de Hagerstown, Maryland, escolheu viver
no belo Cumberland Valley de Maryland depois de completar seu serviço militar.
Lamentavelmente, naquela
época, havia poucos empregos na região.
Uma pequena pesquisa
desvendou o fato de que algumas companhias da região pertenciam e eram
controladas por um incomum homem de negócios, R. J. Funkhouser, cuja ascensão, da pobreza para a riqueza,
intrigava o Sr. Harriman.
Entretanto, era conhecido por ser inacessível a quem quer
que o procure solicitando emprego.
O Sr. Harriman descobriu, conversando com diversas pessoas, que
o maior interesse dele se apoiava no impulso para obter poder e todo o dinheiro
do mundo. Uma vez que evitava contatar pessoas como eu para isso utilizando uma
dedicada e muito séria secretária.
Estudei os interesses dela bem como seus objetivos e só
então fiz uma visita marcada com antecedência.
Ela era, ha quinze anos, o satélite que orbitava o Sr.
Funkhouser.
Quando lhe disse que tinha uma proposta a fazer a ele, a
qual lhe traria mais sucesso político e financeiro; a secretária entusiasmou-se.
Conversei também a respeito da sua participação construtiva no sucesso que ele
vinha alcançando.
Após essa conversa, marcou-me uma entrevista com o Sr.
Funkhouser.
Adentrei o imenso e impressionante escritório, decidido a
protelar o pedido de emprego inicialmente. Ele estava sentado atrás de uma enorme
escrivaninha entalhada e sua voz ecoou como um trovão:
- De que se trata meu jovem?
Eu disse: Sr. Funkhouser, acredito poder fazê-lo ganhar
muito dinheiro. Imediatamente ele se levantou da cadeira e convidou-me para
sentar numa das imponentes cadeiras de couro.
Enumerei minhas ideias e os requisitos que tinha para
realizar essa ideia, bem como, de que maneira elas poderiam contribuir para o
seu sucesso pessoal e do seu negócio.
R.J., como ele ficou conhecido por mim, contratou-me no
mesmo instante e por mais de vinte anos ampliei os seus empreendimentos e,
juntos, prosperamos.
PRINCIPIO 8
FALE SOBRE ASSUNTOS QUE INTERESSEM À OUTRA PESSOA
FAÇA
O OUTRO SE SENTIR IMPORTANTE
Estava eu na fila, relata Dale Cornegie, esperando para
registrar uma carta na agência do Correio, na Rua 33, esquina da Oitava
Avenida, em Nova York, USA..
Fácil foi perceber que o funcionário do registro estava
fatigado com o seu trabalho, pesando envelopes, entregando selos, dando troco,
assinando recibos, a mesma monótona amolação de anos seguidos.
Assim, comprometi-me a experimentar fazer aquele rapaz
gostar de mim.
Obviamente, para fazê-lo
gostar de mim, devia dizer alguma coisa boa, sobre ele.
Perguntei-me então se havia algo sobre ele que eu pudesse
admirar com sinceridade.
Eis uma pergunta normalmente difícil de responder quando se
trata de estranhos mas, neste caso, foi fácil. Instantaneamente vi alguma coisa
que admirei.
Enquanto pesava meu envelope falei com entusiasmo que certamente
eu desejaria ter a sua cabeleira.
O rapaz levantou a vista, meio assustado, sua fisionomia
irradiou sorrisos. "Oh! Ela já foi melhor no passado", disse
modestamente.
Assegurei-lhe que continuava magnífica.
Ficou imensamente satisfeito. Demoramo-nos numa pequena e
agradável conversação e a última coisa que ele me disse foi: "Muitas
pessoas têm admirado meus cabelos".
Aposto como aquele rapaz saiu para almoçar, andando à
vontade e, que quando foi para casa, à noite, contou tudo à esposa. Aposto como
se olhou ao espelho e disse: "É uma bela cabeleira".
Certa feita, Dale Cornegie narrou este caso em público e um
homem perguntou-lhe depois:
"Que queria o senhor conseguir dele?"
O que eu estava procurando conseguir dele!
Se fôssemos tão desprezivelmente egoístas, que não
pudéssemos irradiar uma pequena felicidade e ensejar uma parcela de apreciação
sincera, sem procurar obter alguma coisa de outra pessoa como recompensa, se
nossas almas não são maiores do que as dos maus maridos encontrar-nos-emos
diante do fracasso, que tão justamente merecemos.
Oh, sim, eu queria alguma coisa daquele rapaz.
Queria alguma coisa que não tinha preço.
E consegui!
Consegui a satisfação de fazer alguma coisa por ele, disse
Dale Cornegie sem que ele necessitasse fazer alguma coisa por mim como
retribuição; o que significa um sentimento que crescerá e ecoará na memória
dele mesmo, muito tempo depois de passado o incidente.
Há uma lei da conduta humana da máxima importância a ser
conhecida e seguida:
Se obedecermos a esta lei, quase nunca teremos preocupações!
De fato, diz Dale Cornegie, tal lei, sendo seguida, nos
ensejará um número sem conta de amigos e constante felicidade.
Diz ela:
“O mais profundo princípio
na natureza humana é o desejo de ser apreciado".
Filósofos têm andado pesquisando sobre as regras das relações
humanas por milhares de anos e, de toda essa pesquisa, apenas se desenvolveu um
único preceito, o qual não é novo, é velho como a História.
Zoroastro o ensinou aos seus adoradores do fogo, na Pérsia, 3
mil anos atrás.
Confúcio pregou-o na China há 24 séculos.
Lao-Tsé, o fundador do Taoísmo, ensinou-o aos seus
discípulos no Vale do Han.
Buda pregou-o no Ganges Sagrado 500 anos antes de Cristo.
Os livros sagrados do Hinduísmo ensinaram-no mil anos antes.
Jesus ensinou-o entre as montanhas de pedra da Judéia há 20
séculos passadas, resumindo em um pensamento, provavelmente, o mais importante
preceito no mundo:
"Faça aos outros, o que quer que os outros
lhe façam".
Este é um dos princípios básicos do Racionalismo Cristão.
Plantando o bem, o bem colheremos. De uma palavra amiga, um bom conselho, um exemplo
adequado, nos trás de volta a boa impressão, a satisfação e a felicidade
provocada a terceiros, assim como o contrário!
Se você, caro leitor, deseja a aprovação de todos aqueles
com quem está em contato, deseja uma sincera apreciação, obedeça, portanto, à
regra de ouro e, demos aos outros o que queremos que os outros nos deem.
Como? Quando? Onde?
A resposta é: todas às vezes, em toda parte.
A vida de muitas pessoas provavelmente mudaria, se alguém as
fizesse sentirem-se importantes.
A verdade crua é que quase toda pessoa que você encontra, se
julga superior a você em algum ponto e um caminho seguro para tocar-lhe a alma
é fazê-la compreender, de uma maneira sutil, que você reconhece a importância
dela no seu pequeno mundo e o faz sinceramente.
Dale Cornegie, traz mais uma pequena história, de um de seus
alunos, um certo promotor de Connecticut, cujo nome será omitido à pedido.
Chamá-lo-emos de Sr. R.
Pouco depois de entrar para o curso, dirigiu-se de automóvel
para Long Island com a esposa em visita a alguns parentes dela.
Esta o deixou conversando com uma sua velha tia e, foi sozinha
visitar alguns parentes mais jovens.
Como devia o Sr. R. fazer uma exposição profissional de como
aplicou os princípios da apreciação, imaginou que devia começar pela velha tia.
Assim, olhou em
volta da casa para ver o que podia admirar com sinceridade.
Disse então à velha tia:
"Esta casa foi construída ainda no século XIX", perguntou!
"Sim", respondeu a tia,
"foi esse precisamente o século em que foi construída."
"Ela me recorda a casa onde
nasci", acrescentou ele.
"É bonita. Bem construída.
Espaçosa. A senhora sabe que hoje não se constroem mais casas assim?"
"Você tem razão",
concordou a velha senhora.
"Os jovens dos nossos dias fazem questão
de outras coisas. Todos eles querem apenas pequenos apartamentos e eletrodomésticos,
indo depois passear nos seus automóveis."
"Esta é uma casa de
sonhos", continuou num tom vibrante, evocando suas mais caras recordações.
"Esta casa foi construída com
amor. Meu marido e eu sonhamos com ela por 4 anos, antes de construí-Ia.
Dispensamos arquiteto. Nós mesmos a planejamos."
Mostrou-lhe então toda a casa e
ele expressou sua sincera admiração pelos lindos tesouros que ela adquirira
durante suas viagens e que sempre amara; tais como, pesados xales, um velho jogo
de chá inglês, vasos de porcelana chineses, camas e cadeiras da França, quadros
italianos, e cortinados de seda que pertenceram a um castelo francês.
"Depois de mostrar-me inteiramente a casa", disse o Sr. R., levou-me
para ver a garagem. Lá, sobre caixões, estava um automóvel Packard, quase novo,
uma verdadeira jóia!
Meu marido comprou aquele carro
pouco antes de falecer, disse suavemente.
Depois da sua morte, nunca andei nele.
Você aprecia coisas belas, e por
isso lhe darei esse carro.
Como, minha tia! A senhora me
confunde.
Aprecio a sua generosidade
naturalmente, mas não posso aceitá-lo. Nem mesmo
sou seu parente direto. Tenho um
carro novo e a senhora tem muitos parentes que gostariam de possuir um Packard.
Parentes! Exclamou. Sim, tenho
parentes que estão esperando a minha morte para poder usar o meu carro. Mas
eles serão frustrados!
Se a senhora não quer dar o carro a eles, poderá facilmente vendê-lo,
sugeri.
Vendê-lo, exclamou.
Pensa que eu poderia vender este carro?
Que eu suportaria ver estranhos indos para cima e para baixo
pelas ruas nesse carro? No carro que meu
marido comprou para mim? Nem em sonhos penso em vendê-lo.
Vou dar-lhe o automóvel. Você sabe apreciar coisas belas.
Esta velha senhora, isolada num casarão, com seus pesados xales,
suas antiguidades francesas e suas memórias, estava morrendo à míngua de um
pequeno reconhecimento. Ela fora bonita e jovem. Construíra uma casa com amor e
colecionara objetos de toda a Europa para torná-la mais linda.
Agora, ansiava por conforto humano, uma pequena apreciação
verdadeira, e ninguém lhe dava nada disto.
Quando encontrou o que desejava, como um oásis em pleno
deserto, sua gratidão não podia expressar-se de outra maneira que não fosse oferecendo
de presente o automóvel.
Cláudio Santos, proprietário de um restaurante em Santos,
Estado de São Paulo, utilizou esse princípio e poupou o seu negócio e evitou
que uma empregada-chave pedisse demissão; tratava-se de uma senhora que estava
na casa há quinze anos e constituía o laço vital entre o Sr. Cláudio e as vinte
e uma pessoas que formavam o quadro de funcionários.
Ele ficou chocado ao receber a carta registrada enviada por
ela na qual pedia a sua demissão.
O Sr. Cláudio relatou: "Fiquei extremamente surpreso e ainda mais desapontado porque sempre a
tratei com justiça, receptivo mesmo às suas necessidades. Principalmente
considerando o fato de que também éramos amigos. Talvez por isso eu tivesse
chegado a exigir dela muito mais que dos demais empregados.
Relutei,
naturalmente, em aceitar a demissão dela sem qualquer justificativa. Chamei-a
particularmente e disse:
Paulinha, você
deve compreender que não posso aceitar seu pedido.
Você significa
muito para mim e para esta pequena empresa. Você é tão importante para o
sucesso deste restaurante quanto eu próprio. Estas afirmações foram repetidas, diante de
todos os funcionários.
Paulinha retirou o
pedido e hoje posso confiar nela como nunca antes o fizera.
Frequentemente
reforço essa minha atitude, elogiando-a pelo que faz e mostrando-lhe quanto ela
é importante para mim e para o restaurante.
Fale caro leitor,
com as pessoas, a respeito delas mesmas
e elas o ouvirão por muitas horas."
PRINCIPIO 9
FAÇA A OUTRA PESSOA SENTIR-SE IMPORTANTE, DE MANEIRA SINCERA
PARA
A COMUNHÃO DE PONTOS DE VISTA
Caro leitores neste capítulo
serão fornecidos conselhos preciosos a você que, uma vez aceitos,
internalizados e reproduzidos por você, ajudá-lo-ão muito.
Pode ter certeza de que tanto
você como eu nunca conseguiremos vencer uma discussão!
Nove vezes em dez, uma discussão termina com cada um dos contestantes
convencido mais firmemente do que nunca de que está absolutamente certo.
É impossível vencer uma discussão. Porque ao se perder, perdeu
mesmo e, ganhando também se perde. Sabe por quê?
Suponha que triunfou sobre outro homem e arrasou seus
argumentos, cheios de pontos fracos, provando que ele estava errado.
Que acontece?
Você fê-lo sentir-se inferior. Você lhe feriu o
amor-próprio.
Ficará certamente ressentido.
E, "uma pessoa
convencida contra a vontade, conserva sempre a opinião anterior".
Para ilustrar: Tempos atrás um agressivo senhor de nome Armando,
tinha pouca educação e como gostava de uma rusga! Exercera a profissão de motorista de coletivos e procurava sem
muito êxito aliás, na nova profissão, vender automóveis e caminhões usados.
É fato de que ele continuamente entrava em discussões,
pondo-se em campo oposto às pessoas com as quais estava procurando fazer
negócios.
Se o freguês dizia
alguma coisa desfavorável sobre os veículos que estava vendendo, fazia o Sr.
Armando ficar colérico, discutindo imediatamente com o mesmo.
Vencera uma porção de discussões naqueles dias. Muitas vezes,
saía do escritório de um possível comprador repetindo: "Disse alguma coisa
a este sujeito".
Dizia sempre alguma
coisa, por certo, mas sem vender coisa alguma.
Tecnicamente, num caso destes, o empenho deve ser o
treinamento para se refrear a linguagem, evitando-se lutas verbais.
Esta é uma situação em que o método de vida proposto pelo
Racionalismo Cristão, torna-se muito eficiente.
Nesta doutrina espiritualista percebemos a importância de
conectarmo-nos mentalmente às boas fontes, bebendo os fluidos benéficos do
Astral Superior, procurando espalhar o bem por onde quer que estejamos jamais
discutindo.
Nas práticas racionalistas cristãs, propõe-se ao sujeito,
iniciar o dia fazendo a limpeza psíquica, higienizando a mente dos maus pensamentos.
O adepto desta prática sente o bem estar e o incentivo
necessários, para que tenha um dia de trabalho proveitoso, conservando por mais
tempo a serenidade otimista obtida e tão necessária nos contatos entre pessoas,
desde a primeira hora do dia.
O Sr. Pereira tornou-se um dos mais destacados vendedores de
uma determinada marca nova de caminhões, aqui no Brasil.
Como conseguiu isto? De seu próprio relato...
"Se entro agora
no escritório de um transportador e ele diz: O quê?
Um caminhão destes!
São ruins! Não quero nem de graça.
Vou comprar um
caminhão Mercedes.
Digo agora: Tem
razão.
O Mercedes é um
bom caminhão.
Se comprar um Mercedes
acertará também.
São caminhões
muito bons e vendidos por gente boa, também.”
E...
"O comprador fica desarmado.
Acaba o lugar para discussão.
Diz-se que o Mercedes é melhor e eu afirmo que tem razão,
ele é obrigado a parar. Nem precisará passar o tempo todo dizendo, é melhor,
quando eu já concordei com ele. Retiramos então o assunto do Mercedes da pauta
e começamos a falar das qualidades do caminhão que eu vendo.
- "Houve um tempo em que um caso como este, diz o Sr. Pereira,
me tornava escarlate, rubro e laranja. Eu iniciaria uma discussão contra o Mercedes
e, quanto mais eu discutisse contra o mesmo, mais o comprador discutiria a
favor dele e cada argumento dele favorável ao Mercedes, era um passo a mais
para vender a si mesmo um produto do meu competidor.
Quando agora olho para trás, continua o Sr. Pereira,
espanto-me como já pude vender alguma coisa. Perdi anos de vida brigando e
discutindo.
Agora tenho a boca fechada para discussões. E isto vale
muito.
Como o sábio Benjamin Franklin costumava dizer:
- "Quando você
discute, inflama-se e se contradiz; pode, algumas vezes, conseguir uma vitória;
mas será uma vitória sem proveito porque nunca contará com a boa vontade do seu
oponente".
Assim, lembre-se sempre disto:
Qual a vitória que mais lhe agradará alcançar: acadêmica,
teatral ou a da boa vontade de um homem? Você raramente pode obter duas.
Outra
pequena história, contada por Dale Cornegie.
Certa noite tomava parte num banquete dado em homenagem a
uma figura ilustre; durante o mesmo, um homem que estava sentado a meu lado
contou um caso que girava em torno da seguinte afirmativa: "Há uma divindade que protege nossos objetivos,
traçando-os como os desejamos".
Este senhor mencionou que tal
frase era da Bíblia. Enganara-se. Eu sabia disto. Sabia e com toda a certeza. Sem
a menor dúvida a respeito.
E assim, para conseguir um ar de importância e demonstrar
minha superioridade, tornei-me um inoportuno e intrometido, encarregando-me de
corrigi-lo.
Armou suas baterias contra mim, obviamente.
Quê? De Shakespeare? Impossível! Absurdo! Esta frase era da
Bíblia. E ele a conhecia.
O homem que narrava o caso estava sentado à minha direita e
o Sr. Frank Gammond, meu velho amigo, à minha esquerda.
O Sr. Gammond havia dedicado anos ao estudo de Shakespeare.
Assim, o narrador e eu concordamos em submeter a questão ao Sr.
Gammond. Este escutou, cutucou-me por baixo da mesa e disse: "Dale, você
está errado. O cavalheiro tem razão, a frase é da Bíblia".
De volta para casa, disse ao Sr. Gammond:
"Frank, eu sei que a frase é de Shakespeare".
"Sim, naturalmente", respondeu. "Hamlet, ato V, cena 2.
Mas nós éramos convidados numa ocasião festiva, meu caro Dale.
Por que provar a um homem que ele estava errado?
Isso iria fazer com que ele gostasse de você?
Evitamos assim, que ele ficasse envergonhado.
Não pediu sua opinião.
Não a queria.
Por que discutir com ele?
Evite sempre um ângulo agudo.
O homem que me disse isso, disse Dale Cornegie, ensinou-me
uma lição inesquecível.
Eu tinha embaraçado aquele contador de estórias, como também,
quase o fizera com o meu amigo. Teria
sido muito melhor se eu evitasse minha argumentação e ficasse quieto!
Você pode estar certo, morrer certo, como se apressou a provar
no correr da discussão, mas estará tão longe de mudar o pensamento do outro homem
que provavelmente ficará tão fútil como se estivesse errado.
Sempre que se configurar para você uma situação desarmônica
com o outro:
* Acolha a divergência. Talvez esse desacordo seja sua oportunidade de
se corrigir, antes de cometer um
erro grave;
* Desconfie de sua primeira
impressão instintiva. Nossa primeira reação espontânea, numa situação desagradável,
é de nos colocarmos na defensiva;
* Seja cuidadoso. Mantenha a calma e preste atenção à sua
primeira reação;
* Controle seus impulsos;
Lembre-se que, você pode medir a grandeza de uma pessoa, por
aquilo que a deixa irritada.
* Ouça em primeiro lugar;
* Dê ao outro, a oportunidade de falar;
* Deixe-os terminar o que têm a dizer, sem resistir, nem
defender-se ou debater. Essa atitude apenas levanta barreiras;
* Procure construir pontes que conduzam à compreensão;
* Evite barreiras altas de desentendimento, procurando sempre áreas de concordância;
* Depois de ter ouvido o que o outro tem a dizer, reflita
sobre os pontos e as áreas com os quais você concorda. É uma questão de postura
mental apenas;
* Seja honesto. Procure áreas nas
quais poderá admitir que errou e o confesse;
* Peça desculpas por seus erros. Essa atitude ajudará a
desarmar seus adversários e reduzir suas defesas;
* Comprometa-se a pensar sobre as ideias dele e as estude
cuidadosamente. Seja sincero.
O outro pode estar certo;
* Nesse estágio é bastante fácil concordar em pensar sobre
os pontos colocados por ele, mais fácil do que adiantar-se apressadamente e
colocar-se numa situação que propiciará aos seus oponentes dizerem:
"Tentamos dizer-lhe isso, mas você não nos quis ouvir";
* Agradeça sinceramente aos seus
adversários pelo interesse que eles demonstram;
* A pessoa que
discorda de você, está interessada nas
mesmas questões que você. Pense nela como alguém que realmente quer ajudá-lo conseguirá
facilmente, transformar seus adversários
em amigos;
* Adie a ação para dar tempo a ambas as partes de repensar o problema;
* Sugira que se realize um novo encontro
mais tarde, ou no dia seguinte,
quando então, os fatos poderão ser
levantados para sustentar as opiniões;
Ao preparar-se para esse encontro, pergunte a você mesmo
algumas questões decisivas:
* O outro pode estar certo? Ou parcialmente certo?
* Existe alguma verdade ou valor na posição ou no argumento
que adota?
* Minha reação é adequada para resolver o problema ou apenas
resultará em frustração?
* Esta forma de reagir fará meu adversário recuar ou se
aproximar de mim? Ajudará a aumentar a estima que têm por mim?
* Ganharei ou perderei?
* Que preço pagarei, caso venha a ganhar?
* Se eu descansar em relação a isso, a divergência
desaparecerá?
* Será essa situação difícil uma ocasião favorável para mim?
Quando uma pessoa vocifera, a outra deve
apenas ouvir, porque quando as duas
vociferam, acaba a comunicação,
apenas ruído e más vibrações.
PRINCIPIO 10
O MELHOR MEIO DE VENCER UMA DISCUSSÃO É EVITÁ-LA
EVITAR
INIMIZADES
Você e eu caro leitor, podemos dizer a um homem que ele está
errado por meio de um olhar, um gesto, uma entonação, como também por meio de
palavras, porém, se lhe disser que ele está errado, pensa que o levará a
concordar com você?
Nunca!
Pois você desferiu um golpe direto contra sua inteligência,
contra seu julgamento, contra seu orgulho e seu amor-próprio.
Isto fará apenas com que ele deseje revidar e dificulte
muito a sua mudança de ideia.
Você, então, poderá atacá-lo com toda a lógica de um Platão
ou de um Emanuel Kant porém, manterá a
opinião dele, pois você lhe feriu a sensibilidade.
Portanto, nunca comece dizendo: "Vou provar isto ou
aquilo".
Isto é ruim. Equivale a dizer: "Sou mais inteligente
que você. Vou dizer-lhe uma coisa ou duas e mudar a sua opinião".
Isto é um desafio. Gera oposição e, faz com que o ouvinte sinta
vontade de discutir com você mesmo antes de começar.
É muito difícil mesmo sob as melhores condições modificar as
ideias das outras pessoas. Assim, por que tornar ainda mais difícil a missão?
Por que procurar desvantagens para si?
Se desejar provar alguma coisa faça com que ninguém se aperceba
disto. Faça-o tão sutilmente, com tanta habilidade que ninguém note o que você
está fazendo.
Há mais de quatro séculos, Galileu disse:
"É impossível ensinar alguma coisa a uma pessoa; apenas
ajudá-la a encontrá-la dentro de si mesma".
Se um homem faz uma afirmativa que você julga errada; sim,
mesmo que você saiba que está errada é muito melhor começar dizendo: "Bem, agora veja! Penso de outra maneira,
mas posso estar errado. E frequentemente estou enganado. E se eu estou errado,
quero corrigir-me. Vamos examinar os fatos?"
Há uma característica muito positiva em frases como esta:
- "Posso estar
errado. E frequentemente estou. Vamos examinar os fatos".
Você e eu nunca teremos aborrecimentos admitindo que podemos
estar errados. E isto evitará todas as discussões, fazendo com que o outro companheiro
se torne tão inteligente, tão claro e tão sensato como o foi você. Fará com que
ele também queira admitir que possa estar errado.
Poucas pessoas são lógicas. Em sua maior parte são
prevenidos e sectários, sendo prejudicados por noções preconcebidas, pelo ciúme,
pela suspeita, pelo receio, pela inveja e pelo orgulho. E a maioria dos
cidadãos não quer mudar suas ideias.
O Racionalismo Cristão enfatiza a importância do ser humano
estar atento ao desenvolvimento da espiritualidade, dando a devida importância
para o uso cada vez maior do raciocínio e lógica para o bem, pois as atividades
cotidianas, inerentes à vida material tendem a sobrepujar a vida espiritual,
sempre com consequências desagradáveis.
Muitas vezes sentimos que mudamos de ideia sem qualquer resistência
ou grande emoção, porém, caso nos digam que estamos errados, podemos nos magoar
com tal imputação e endurecemos nossos padrões e convicções.
O ser humano costuma ser negligente na formação das suas
crenças, mas note como enchemo-nos de uma ilícita paixão por elas, quando
alguém se propõe roubá-las de nossa companhia.
É óbvio declarar que não são as ideias que são caras, mas a
nossa vaidade que está ameaçada, embora teimemos em dizer que não alimentamos
tal tipo de sentimento.
O ser humano gosta de manter-se acreditando no que se
acostumou a aceitar como verdade. Parcela considerável dos nossos chamados
raciocínios consiste no encontro de argumentos para continuar acreditando no
que já acreditamos.
Certo general, em determinada ocasião, falou com o
presidente de seu país, nos termos mais entusiasmados, sobre certo oficial a
seu comando.
Outro oficial em serviço ficou espantado.
"General", disse ele, "o senhor ignora que o homem de quem fala com
tanto entusiasmo é um dos seus maiores críticos e que jamais perde uma
oportunidade para atacá-lo?"
"Sei disso",
replicou o general, "mas o presidente pediu-me que opinasse sobre ele; ao
invés de pedir a opinião dele sobre mim."
A doutrina espiritualista codificada por Luiz José de
Mattos, em 1910, Racionalismo Cristão, incentiva seus adeptos a utilizarem em
suas vidas uma das máximas de Cristo, o meigo, que diz: “Fazer o bem, não importa a quem” já comentada aqui.
De passagem, estamos mostrando neste capítulo, algumas
máximas muito antigas. Desde 2.200 anos antes de Cristo, o velho rei Aktoi, do
Egito, deu ao filho alguns sábios conselhos, conselhos que hoje se faz muito
necessários. O velho rei Aktoi disse: "Seja diplomata. Isto o ajudará a
conseguir o que deseja".
Em outras palavras, concorde sempre com o seu cliente, com a
sua esposa ou com o seu adversário.
Nunca lhes diga que
estão errados, nem os aborreça.
Use o que lhe for possível de diplomacia.
PRINCIPIO 11
RESPEITE A OPINIÃO ALHEIA, EVITANDO SEMPRE DIZER,
"VOCÊ ESTÁ ERRADO”
RECONHEÇA
O ERRO
Caro leitor, uma vez que se reconheça estar errado, quando
cientes de que vamos ouvir de alguém uma reprimenda, é muito melhor preceder-se
ao outro e dizer antes dela. É muito mais fácil ouvir a autocrítica, do que a
condenação vinda de lábios alheios!
Diga sobre si mesmo todas as coisas que você sabe estar o outro
pensando, querendo ou pretendendo dizer, preferencialmente, diga-as antes que
ele tenha uma oportunidade para dizê-las.
As possibilidades são enormes de a outra pessoa tomar,
então, uma atitude generosa, de perdão, reduzindo o seu erro ao mínimo!
Bem próximo da casa de final de semana de um parente, em um
condomínio fechado, havia um trecho de mata, onde o emaranhado das pitangueiras
formava um belo conjunto com as demais plantas, onde os pequenos animaizinhos
faziam ninhos e criavam seus filhotes e onde o capim parecia grama de tão liso.
Um belo e sossegado bosque!
Frequentemente, eu passeava neste bosque com Totó, o pequeno
cão da raça “beagle”. Era um animal muito manso, um pequeno cão, incapaz de
qualquer mal e, como raramente encontrávamos alguém no parque, costumava deixar
que Totó andasse solto, sem mordaça e sem coleira, contrariando as regras do
condomínio.
Um belo sábado, encontramo-nos lá com um guarda do
condomínio, um tal que andava procurando ocasião de dar uma demonstração de sua
autoridade.
"Como é que o
senhor deixa o cachorro solto, correndo no parque, sem coleira e sem mordaça",
censurou-me. "Não sabe que isto é
contra as normas do condomínio?"
"Sim, eu sei",
respondi brandamente, "mas não
pensei que pudesse haver qualquer inconveniente aqui".
"O senhor não
pensou, repetiu”.
Este cachorro podia morder uma criança!
Desta vez, vou
deixá-lo em paz, mas se encontrar o cachorro outra vez aqui sem mordaça e sem
coleira, o senhor receberá uma multa do condomínio.
Modestamente, prometi obedecer. E, na verdade, obedeci, por
algumas vezes. Mas Totó detestava andar de mordaça, eu também evitava ao máximo
andar com ele desta forma; assim, uma tarde de sábado, algumas semanas depois, resolvemos nos arriscar.
Tudo corria às mil maravilhas quando sucedeu o imprevisto. Totó
e eu corríamos para o cimo do morro e lá, subitamente, para espanto meu, vi a
majestade da lei, passeando em seu pequeno veículo de ronda, um quadrículo
elétrico. Totó ia à frente dirigindo-se diretamente para o guarda.
Fui pego em flagrante. Sabia disto. Resolvi me adiantar ao guarda
e comecei a falar. Fui mais ligeiro que ele. Disse:
"Seu guarda, fui pego em falta. Sou culpado. Sem
desculpas, nem justificativas. O senhor me advertiu da outra vez, mês passado, de
que se eu trouxesse este cachorro aqui outra vez, sem mordaça e sem coleira,
seria multado".
- “Bem, agora começou o guarda num tom delicado”. –“Sei que
é uma tentação deixar um cachorrinho como este correr aqui quando não há
ninguém no parque".
Certo que é uma tentação, mas uma tentação que fere a lei do
condomínio, repliquei.
- "Bem, mas um cachorrinho como este não vai fazer mal a
ninguém" redarguiu o guarda.
Mas pode morder alguém, retruquei.
- "Ora, penso que o senhor está levando a coisa muito a
sério. Vou ensinar-lhe o que deve fazer. Deixe-o correr lá no alto do morro
onde não posso vê-lo e esqueceremos tudo isto".
O guarda, ser humano, queria sentir-se importante; assim, quando
comecei a condenar-me o único meio pelo qual ele podia alimentar sua vaidade era
tomar uma atitude magnânima mostrando-se clemente.
Suponha caro leitor, porém, que eu tivesse procurado
defender-me...
Bem, você já teve alguma vez uma discussão com um guarda?
Ao invés de discutir confessei que ele estava absolutamente certo
e eu absolutamente errado; confessei isto imediatamente de modo claro e com
entusiasmo. O caso terminou de uma maneira engraçada, pois eu tomei o seu papel
e ele tomou o meu. Dificilmente alguém teria sido mais gentil que este guarda
que apenas algumas semanas antes me havia ameaçado com os castigos da lei
condominial.
Existe certo grau de satisfação em se ter a coragem de admitir
o próprio erro. Além de aliviar a sensação de culpa e a atitude de defesa, como
também, com freqüência, ajuda a resolver o problema criado pelo erro.
Qualquer um pode procurar justificar as suas faltas e, muitos
loucos o fazem, porém, reconhecer seus próprios erros, o que é muito raro, dá
uma auréola de nobreza e exaltação para o outro envolvido.
Um determinado autor, colunista famoso
e, dos mais originais que já agitaram a imprensa várias vezes, através das suas
sentenças ferinas, despertaram pesados ressentimentos. Mas com a sua habilidade no lidar
com as pessoas, freqüentemente transformava inimigos em amigos.
Quando um leitor irritado lhe escrevia, para dizer que discordava
com tal trecho dum artigo e terminava chamando-o disto e daquilo, este
costumava responder mais ou menos assim:
"Caro leitor, voltei a pensar sobre tal assunto e eu
mesmo estou incerto com relação às minhas afirmações. Nem tudo que escrevi
ontem significa hoje a mesma coisa para mim. Tive muito prazer em saber o que o
senhor pensa a respeito. Na próxima vez que estiver aqui por perto, venha
visitar-me e discutiremos o assunto à vontade. Apesar dos muitos quilômetros de
distância que nos separam, aqui vai um aperto de mão, eu sou sinceramente seu;
Senhor ............
Que poderia você dizer, caro leitor, a um homem que o tratou
de tal forma?
Lembrem-se, quando estivermos com a razão, procuraremos
convencer os outros aos poucos e com toda a habilidade, conquistando-os assim
para o nosso modo de pensar e, quando estivermos errados e isso acontecerá
surpreendentemente muitas vezes, se nos julgarmos com honestidade, reconheçamos
nossos erros sem demora e com entusiasmo.
Tal técnica produzirá resultados surpreendentes. Acredite é
muito mais interessante sob certas circunstâncias, do que ficar tentando
justificar os seus erros.
Lembre-se do provérbio: "Pela
luta você jamais obterá bastante, mas pela condescendência conseguirá sempre
mais do que espera".
PRINCIPIO 12
SE ERRAR, RECONHEÇA O ERRO IMEDIATAMENTE E COM ÊNFASE
INICIE SUAS INTERVENÇÕES AMISTOSAMENTE
Se você perder a calma e vociferar
a alguém uma ou duas coisas, terá uma excelente oportunidade para descarregar
suas queixas. E o que costuma acontecer com a outra pessoa? Participará do seu prazer?
Sua atitude e suas expressões hostis farão com que ela concorde com você?
"Se você vier para mim com os
punhos cerrados", disse Woodrow Wilson(13), "penso que posso
prometer-lhe que os meus serão cerrados tão depressa quanto os seus; porém, se
você vier ao meu encontro e disser: ‘Vamos sentar e aconselhar-nos mutuamente e,
se tivermos diferenças entre nós procuraremos as causas', por certo veremos que
estamos mais próximos um do outro, que os pontos em que diferimos são poucos e
muitos os em que estamos de acordo e que se tivermos paciência e cordialidade,
além do desejo de sermos unidos, seremos unidos".
Se a
alma de um homem está inflamada pela discórdia e maus sentimentos para com
você, nem com toda lógica do Cristianismo conseguirá conquistá-lo para seu modo
de pensar.
A
doutrina espiritualista codificada por Luiz de Mattos esclarece aos adeptos que
nos intoxicamos mentalmente com certos tipos de pensamentos, ou seja, os maus
pensamentos. Esta prática deve ser evitada sempre que reconhecida por nós, pois
temos a capacidade de nos ligar mentalmente a uma gama enorme de pensamentos
tanto bons, como ruins. Daí porque, eu aconselhá-los repetidas vezes, ser bastante
pertinente o estudo da obra legada do Racionalismo Cristão, em mais de quarenta
títulos, onde nos ensina, entre outras coisas, a bem pensar para bem agir.
Pais opressores,
patrões e maridos exigentes, esposas ranzinzas, deveriam compreender que as pessoas
gostam de manter suas ideias. Elas jamais devem ser forçadas a concordar com
você ou comigo. Mas podem ser levadas a isso, se formos gentis e amistosos; cada vez mais gentis cada vez mais amistosos.
Se quiser tornar uma pessoa adepta de uma causa sua,
convença-a primeiro de que você é seu amigo sincero.
Nisto há uma gota de mel, que apanha o seu coração, o qual, digam
o que quiserem, é o caminho mais curto para a sua razão.
Quando 2.500 empregados, da fábrica White Motor Company, uma
importante fabrica de caminhões americana, se declararam em greve, exigindo aumento de salários
e a organização de um sindicato de classe; Robert F. Black, presidente da
companhia, ao invés de se zangar, condenar, nem os ameaçou ou chamou de comunistas.
Ele elogiou os grevistas. Publicou um anúncio nos jornais de
Cleveland cumprimentando-os pelo pacífico modo pelo qual vinham conduzindo sua
solicitação.
Achando que os grevistas estavam parados, comprou-lhes duas
dúzias de bastões para beisebol, jogo preferido dos americanos, além de luvas,
e convidou-os para jogar nos lugares desocupados.
Para os que preferiam jogar vôlei, adquiriu algumas bolas
também...
Esta camaradagem da parte do Sr. Black, fez o que a amizade
sempre faz, ou seja, conseguiu mais
camaradagem.
Assim, os grevistas tomaram emprestado vassouras, pás e
carroças de entulho e começaram a catar fósforos, jornais, pontas de charutos e
maços vazios de cigarros ao redor da fábrica. Imaginem!
Imagine grevistas trazendo na mais completa ordens os
terrenos da fábrica, enquanto lutam pelo aumento de salários e reconhecimento do
sindicato.
Tal acontecimento nunca foi visto antes na longa e
tempestuosa história das guerras trabalhistas americanas.
A greve terminou com um compromisso de solução dentro de uma
semana, terminou sem qualquer má interpretação ou rancor.
Você pode nunca ser chamado para dar solução a uma greve,
mas pode, por exemplo, querer ter o seu aluguel de casa reduzido.
Poderá a aproximação amistosa ajudá-lo então? Vejamos:
- Sr. Miranda, engenheiro, pretendeu uma redução no aluguel
do seu escritório. E sabia que o proprietário era um indivíduo intratável.
"Eu lhe
escrevi", disse o Sr. Miranda, "notificando-o de que ia deixar o escritório
logo que o contrato expirasse.
A verdade era que eu
não queria mudar-me. Desejava ficar se conseguisse uma redução no aumento do aluguel.
A situação parecia
sem esperanças!
Outros inquilinos tentaram
o mesmo e nada conseguiram.
Diziam todos, que o
proprietário era um homem muito difícil de tratar.
Sr. Miranda
considerou uma bela oportunidade de colocar em prática os princípios de Dale
Cornegie, estudados por ele. Resolveu experimentar com este homem, o temido
proprietário e ver quais os resultados!
Em companhia do
secretário, o proprietário veio ver-me logo que minha carta lhe chegou às mãos.
Recebi-os à porta com
um cumprimento amável. Enchi-me de boa vontade e entusiasmo.
Evitei iniciar o
diálogo, falando sobre o exagero do aluguel e sim sobre quanto eu gostava
daquele prédio de escritórios.
Creiam-me, narra o
Sr. Miranda, fui sincero e verdadeiro na minha apreciação e pródigo no meu
elogio ao centro empresarial. Congratulei-me com ele pelo modo como dirigia o prédio
e disse-lhe que gostaria de continuar no escritório por mais um período, mas
não podia.”
Evidentemente, caro leitor, ele nunca havia tido uma
semelhante recepção por parte de um inquilino.
"Então começou, a contar-me seus percalços.
Queixou-se dos inquilinos. Um lhe havia escrito catorze
cartas, algumas das quais positivamente insultantes. Outro o ameaçou de rescindir
o contrato a menos que o proprietário fizesse o homem que morava no apartamento
de cima deixar de roncar. Que
alívio, disse ele, possuir um inquilino satisfeito como o
senhor.
E, então, sem que eu lhe pedisse coisa alguma se ofereceu
para fazer uma pequena redução no aluguel.
Desejei mais, disse quanto
me era possível pagar e ele aceitou sem a menor relutância.
Quando se despedia, virou-se para mim e perguntou: Que pintura
deseja que eu mande fazer no escritório?
Imagine agora, se o Sr. Miranda tivesse pretendido obter a
redução do aluguel pelo método usado pelos outros inquilinos, tenho a certeza
de que teria fracassado do mesmo modo que eles.
Foi a aproximação amistosa, simpática e apreciadora que lhe
deu o triunfo.
Esopo foi um escravo grego que viveu na corte de Creso,
muito inteligente e sensível, criou fábulas imortais, 600 anos antes de Cristo,
motivo pelo qual teria sido libertado pelo seu senhor.
Li, um dia, uma fábula dele sobre o sol e o vento. Eles
discutiam sobre qual dos dois era mais forte e o vento disse:
- "Provarei que sou o mais forte. Vê aquele velho que
vem lá embaixo com um capote? Aposto como posso fazer com que ele tire o capote
mais depressa do que você".
O sol recolheu-se
atrás de uma nuvem e o vento soprou até quase se tornar um furacão, porém, quanto
mais ele soprava, mais o velho segurava o capote junto de si. Finalmente
acalmou-se e foi embora; então o sol saiu de trás da nuvem e sorriu
bondosamente para o velho. Imediatamente ele esfregou o rosto e tirou o capote.
O sol disse então ao vento que a gentileza e a amizade eram
sempre mais fortes que a fúria e a força.
As verdades que Esopo ensinou sobre a natureza humana, tanto
foram verdadeiras na greve dos metalúrgicos da White Motors Company como há 25
séculos passados, em Atenas.
O sol pode fazer
com que você tire seu capote
mais depressa que o vento e a bondade, a aproximação amistosa e a apreciação
podem fazer as pessoas mudarem de ideia mais prontamente que todo o barulho e
as tempestades do mundo.
PRINCIPIO 13
COMECE DE UM MODO AMIGÁVEL
SÓCRATES JÁ DIZIA
O método de Dale Cornegie, corroborado pela Psicologia e
consequentemente por Flavio Faria, enfatiza que ao entrar em contato com outras
pessoas, caro leitor, evite os assuntos em que divergem. Comece acentuando e insista
nas coisas em que estão de acordo. Faça questão de frisar, se possível, que
ambos estão marchando para o mesmo fim e a única diferença que os separa é o
método pois os propósitos são os mesmos.
Mantenha a outra pessoa dizendo "sim, sim", desde
o começo. Se possível, evite que ela diga "não"; pois uma resposta
"não", diz o Prof. Overstreet(14) é a desvantagem
mais difícil a ser vencida.
Quando uma pessoa diz "não", todo o seu orgulho,
toda sua personalidade, exigem que continue coerente consigo mesma. Pode sentir
mais tarde que.o seu "não" foi mal aconselhado embora esteja
presente, bem vivo, o precioso orgulho a considerar!
Uma vez afirmada uma coisa deve o outro confirmá-la. Daí ser
da maior importância que iniciemos um diálogo com uma pessoa na direção afirmativa.
O orador hábil consegue logo de início uma série de
respostas afirmativas. Ele orienta assim no sentido afirmativo todo o processo
psicológico dos ouvintes. É parecido com o movimento de uma bola de bilhar. Nós
a impelimos numa direção e ela exige uma
certa quantidade de força para se desviar, e uma força muito maior para voltar.
As normas psicológicas são aqui as mais claras.
Quando uma pessoa diz "não" e realmente sente
isto, está fazendo muito mais do que dizer uma palavra de três letras. Todo seu
organismo, glândulas, nervos e músculos se reúnem nesta recusa.
Há usualmente de forma discreta, porém observável, uma
retirada física ou uma prontidão para a retirada. Todo o sistema neuromuscular,
em suma, se põe em guarda contra a aceitação.
Ao contrário, porém, quando uma pessoa diz "sim",
nenhuma atividade de contestação tem lugar. O organismo está num movimento para
frente, aceitando, numa atitude aberta.
Deste modo o maior número possível de respostas
"sim", obtidas logo de início, conduz-nos a melhor das possibilidades
de conseguirmos a atenção precisa para a nossa última proposta.
Esta, é uma técnica muito simples; a das respostas
afirmativas, a técnica dos "sim". E, apesar de tudo, como é esquecida
por nós!
Em diversas ocasiões tem-se a impressão de que as pessoas se
sentem importantes contradizendo-nos logo de início.
Provoque um "não" logo de saída, caro leitor, de
um estudante, uma criança, um marido ou de uma esposa e terá, então,
necessidade de toda a sabedoria e paciência de anjo para conseguir o que
deseja.
Ilustrando tais afirmativas leia esta história verídica:
- "Este homem veio para abrir uma conta-corrente",
disse o Sr. Gilberto "e eu lhe dei um formulário comum para ser preenchido.
A algumas das perguntas respondeu prontamente porém a outras, recusou-se
terminantemente a responder.
Antes de começar os estudos sobre as relações humanas, o Sr.
Gilberto teria dito a este futuro depositante que se ele recusava a dar ao
Banco as informações pedidas, nós também seriamos obrigados a recusar aceitar a
sua conta.
Diversas vezes o Sr. Gilberto fez isso, se sentindo hoje
arrependido de haver sido no passado, várias vezes, responsável por tal perda.
Naturalmente que, diante de um ultimato como este ele se
tornava todo gentileza; mostrando serem exigências dos chefes o cumprimento
irrestrito das normas e regulamentos do Banco. Mas, por certo, tal espécie de
atitude evitava ao futuro cliente que nos honrara com sua preferência, o necessário
ar de acolhimento e importância.
Nesta ocasião, porém, o Sr. Gilberto resolveu empregar um
pouco de bom senso enfocando os desejos do futuro cliente ao invés do que o banco
queria. E, além de tudo mais, o Sr. Gilberto estava decidido a manter o futuro
cliente dizendo `sim, sim', desde o início.
Assim, concordou logo
de início com ele. Disse-lhe que a informação que ele se recusava a fornecer
era desnecessária naquele momento. Entretanto, disse Sr. Gilberto, supondo que,
ao falecer, o senhor tivesse dinheiro depositado no nosso banco. Seria
interessante que o banco pudesse transferir seus depósitos para o nome do
parente mais próximo, para isto designado pelo senhor no questionário?
Sim, naturalmente, respondeu o futuro cliente.
Acredita também que seria de bom alvitre, dar-nos o nome do
seu parente mais próximo para que, na eventualidade de sua morte, possamos
cumprir os seus desejos sem erro nem delongas?
Sim, disse mais uma vez o futuro cliente.
A atitude do homem abrandou-se, transformou-se quando compreendeu
que tais informações eram para sua própria segurança e garantia, ao invés do
banco.
Antes de sair da agência, este homem além de fornecer a mais
completa informação sobre si mesmo, por sugestão do Sr. Gilberto, abriu uma
conta confidencial indicando sua mãe como beneficiária, respondendo com prazer
a todas as perguntas relativas a ela.
O Sr. Gilberto chegou a este resultado, conseguindo que o
futuro cliente dissesse sim, sim desde o princípio. O cliente relevou o
acontecimento do formulário e sentiu-se muito bem, fazendo todas as
coisas sugeridas pelo Sr. Gilberto.
Sócrates, foi um dos filósofos mais brilhantes que o mundo
já conheceu. Realizou alguma coisa que apenas um punhado de homens na História
conseguiu fazer.
Sutilmente, mudou todo
o curso do pensamento humano e, agora, 24 séculos depois de sua morte é
considerado como um dos mais sábios persuasores que já influenciaram este mundo
tão cheio de disputas.
Seu método?
Dizia Sócrates a alguém que ele estava errado? Oh, Sócrates,
jamais!
Era hábil demais para cometer tal erro.
Toda a sua técnica hoje conhecida por "método
socrático" era baseada na obtenção do máximo de respostas "sim,
sim".
Formulava questões ao seu oponente com as quais ele era
forçado a concordar. De concordância em concordância ia até conseguir reunir um
punhado de "sins".
Prosseguia fazendo
suas perguntas até que, finalmente, quase sem compreender, seu oponente se
encontrava diante de uma conclusão envolvente que, por certo, poucos momentos
antes, teria rejeitado veementemente.
Na próxima vez, caro leitor, em que estiver tentado a dizer
a uma pessoa que ela está errada, lembre-se de Sócrates e formule perguntas
onde obtenha uma resposta afirmativa, um "sim".
PRINCIPIO 14
CONSIGA
QUE A OUTRA PESSOA DIGA "SIM, SIM", IMEDIATAMENTE
ESTIMULE
O OUTRO A EXPRESSAR SUAS IDEIAS
Quando a maioria das pessoas procura conquistar outras para
o seu modo de pensar, fazem conversando demasiadamente. Vendedores especialmente
costumam ser vítimas deste erro.
Deixe
caro leitor, o outro falar dele mesmo. Ele conhece muito mais sobre o seu negócio e os seus problemas e desejos
do que você e eu. Assim, faça-lhe perguntas. Deixe-o dizer-lhe algumas coisas.
Caso discorde dele, você será tentado a interrompê-lo,
porém, evite. É arriscado. Ele deixará de lhe prestar atenção, enquanto tiver
ideias suas para expor.
Ouça-o pacientemente e com boa vontade. Seja sincero nisto.
Encoraje-o a expressar suas ideias.
Apareceu um grande anúncio na página financeira de um famoso
jornal procurando um homem com habilidade e experiência para determinada função.
César Augusto respondeu ao anúncio, mandando sua proposta para o endereço
indicado.
Alguns dias mais
tarde foi convidado, por meio de uma carta, para uma entrevista. Antes de atender,
investiu um tempo em pesquisa procurando saber todo o possível a respeito da
empresa que havia feito o anúncio.
Durante a entrevista, disse o seguinte:
- "Terei grande orgulho em trabalhar para uma
organização que possui um passado como o dos senhores. Soube que o senhor
começou há 28 anos passados sem outra coisa além de uma mesa e uma estenógrafa.
Isto é verdade?"
Quase todos os homens que se acham em situação próspera,
caro leitor, gostam de relembrar suas primeiras lutas. E este obviamente também.
Falou longo tempo com César Augusto sobre como havia
principiado com 2 mil reais em dinheiro e uma ideia original.
Descreveu sua luta contra o desânimo e como teve que enfrentar
o ridículo, trabalhando aos domingos e feriados, de doze a dezesseis horas por dia;
como finalmente venceu todas as dificuldades obstinadamente, até tornar-se o
que é hoje, sendo procuradas pelas mais importantes pessoas do mercado, que lhe
pedem informações e orientação.
Sentia-se orgulhoso de tal passado. Tinha o direito de
sentir-se assim e teve uma excelente oportunidade para falar sobre isso. Por
fim inquiriu o Sr. Almeida, de passagem, sobre sua experiência.
Levou César Augusto, então, a um dos vice-presidentes e
disse:
- "Penso ser este
o homem que estamos procurando".
César Augusto deu-se ao trabalho de procurar dados sobre o
seu futuro chefe. Mostrou-se interessado no outro homem e nos seus problemas.
Incentivou-o a falar a maior parte do tempo e lhe causou ótima impressão.
A verdade é que mesmo os nossos amigos, preferirão falar sobre
si a ouvir-nos falar sobre nós.
La Rochefoucauld, o filósofo francês, disse:
- "Se quiser ter inimigos, sobreponha-se aos seus
amigos; se quiser ter amigos, deixe que seus amigos se sobreponham a
você".
Por que é isso verdade, caro leitor?
Simplesmente porque, quando nossos amigos se avantajam sobre
nós, isso lhes dá uma sensação de importância; porém, quando nós nos
avantajamos sobre eles, causamos-lhes uma sensação de inferioridade, que gera a
inveja.
Sem dúvida, a consultora de colocações de emprego mais querida
de uma famosa agência de empregos, na cidade de São Paulo, era Andréa Martins. Nem
sempre, porém, isso aconteceu.
Durante os primeiros meses de trabalho na agência, Andréa ficou
isolada, sem fazer amizade alguma, entre
seus colegas.
Por quê?
Diariamente, invariavelmente, vangloriava-se das colocações que
havia feito, das novas contas que havia aberto ou qualquer outra coisa que
tivesse realizado.
- "Sempre
trabalhei bem e me orgulhava disso", afirmava Andréa.
Ao invés dos seus colegas participarem do seu triunfo,
pareciam se sentir depreciados.
Andréa desejava que todos eles gostassem dela. Gostaria
realmente que se tornassem seus amigos.
Após ler, raciocinar e utilizar algumas das sugestões
formuladas aqui procurou falar menos a seu respeito e a ouvir mais seus
companheiros. Reparou que também eles se vangloriavam de suas proezas e se
sentiam mais dispostos a falar sobre suas realizações do que a ouvir sobre as
de Andréa.
“Hoje, quando temos um
tempo para conversar, peço-lhes que partilhem comigo suas alegrias. Quanto a
mim, diz Andréa, falo das minhas conquistas apenas quando me pedem."
PRINCIPIO 15
DEIXE A OUTRA BESSOA FALAR DURANTE A MAIOR PARTE DA CONVERSA
PERMITA
AO OUTRO CHEGAR À CONCLUSÃO
Perceba caro leitor como é mais confiável para você ideias
que descobriu por si mesmo do que nas ideias que lhe são trazidas numa
"bandeja de prata".
Caso concorde, evite ao máximo tentar fazer as outras
pessoas seguirem as suas opiniões à força.
Experimente como talvez seja você muito mais sábio fazendo
sugestões e deixando a outra pessoa tirar a conclusão por si mesma.
Nenhum homem gosta de sentir que lhe estão vendendo alguma
coisa ou dizendo-lhe para fazer uma determinada coisa.
Preferimos sentir que nós estamos comprando por nossa
própria vontade ou agindo de acordo com nossas próprias ideias.
Gostamos de ser consultados sobre nossos desejos, nossas
vontades, nossas opiniões.
Por exemplo; tomemos o caso de Carlos Rodrigues. Ele perdeu bastante
dinheiro de comissões antes de aprender esta verdade.
O Sr. Carlos vendia esboços para um estúdio que fazia
desenhos para estilistas e fabricantes de tecidos. Ele visitou semanalmente,
durante três anos, um dos principais estilistas de São Paulo. "Nunca se recusou
a receber-me", disse o Sr. Carlos, "mas nunca comprava. Sempre
passava os olhos sobre meus esboços muito cuidadosamente e dizia: - - Não Carlos,
penso que não estamos de acordo hoje.
Depois de uns 130 fracassos, Carlos compreendeu que devia
estar condicionado por uma rotina mental; assim, resolveu dedicar um tempo ao
estudo de como influenciar o comportamento humano e como desenvolver novas ideias
e gerar, consequentemente, novos entusiasmos.
Teve então estímulo para procurar uma nova aproximação.
Escolheu meia dúzia de esboços que os desenhistas ainda trabalhavam,
dirigiu-se então, para o escritório do comprador.
Quero pedir-lhe um pequeno favor, se for possível, disse
Carlos ao famoso estilista. Aqui estão uns esboços incompletos. Poderia ter a
gentileza de dizer como poderiam eles ser terminados, de modo que pudessem
servir para o senhor?
O comprador olhou para os esboços um momento sem pronunciar
uma palavra e, depois disse para Carlos deixá-los com ele por alguns dias.
Finalizou, pedindo para Carlos voltar posteriormente.
Três dias mais tarde Carlos voltou, tomou as suas sugestões,
levou novamente os esboços para o estúdio e foram os mesmos terminados de
acordo com a ideia do comprador.
O resultado? Todos aceitos.
Desde então o comprador encomendou-lhe muitos esboços, todos
desenhados de acordo com as suas ideias.
Carlos compreendeu por que fracassou durante anos com as
tentativas para vender àquele cliente.
Asseverou o Sr. Carlos Rodrigues. - "Eu lhe pedia que comprasse o que eu achava
que ele devia comprar. Fiz então justamente o contrário. Pedi-lhe que me desse
as suas ideias. Sentiu que era ele quem estava criando seus desenhos. E era ele
mesmo. Sem precisar vender a tal cliente. Ele comprava.”
Guarde essa consigo caro leitor. Deixar que o outro pense
que determinada ideia é dele leva a consequências positivas tanto nos negócios
ou na política, como também, na vida familiar e amorosa.
Esta mesma psicologia foi usada por um fabricante de
aparelhos de Raios X para vender um deles, o mais moderno e caro a um dos
maiores hospitais de Brasília. Este hospital estava construindo um anexo e disposto
a equipá-lo com o mais completo departamento de Raios X no país.
O Dr. X, que estava encarregado do referido departamento,
vivia atrapalhadíssimo com os vendedores cada qual louvando mais os seus
artigos.
Um fabricante entretanto, foi mais hábil. Conhecia melhor que
os outros a arte de lidar com a natureza humana.
Escreveu uma carta
mais ou menos como a seguinte:
“Recentemente, nossa
fabrica completou uma nova linha de aparelhos de Raios X. O primeiro despacho de tais aparelhos acaba de chegar ao nosso
escritório. Estão em fase de aperfeiçoamento. Nós desejamos melhorá-los cada
vez mais. Assim, ficaríamos profundamente agradecidos se o senhor pudesse roubar
alguns momentos do seu precioso tempo para vir examiná-los e dar-nos as suas
ideias e sugestões sobre como poderão os mesmos tornar-se mais úteis à sua necessidade.
Conhecendo suas múltiplas ocupações, teremos
prazer em enviar o nosso automóvel para buscá-lo, na data e hora que o senhor
determinar”.
O referido doutor ficou surpreso ao receber tal carta, disse
o mesmo, posteriormente ao vendedor. Fiquei surpreso e grato.
Até hoje nenhum fabricante de Raios X procurou a minha
orientação.
Isto fez com que eu me sentisse importante. Estava com todas
as minhas noites ocupadas naquela semana, mas cancelei um jantar para ver o
aparelho.
Examinei-o
cuidadosamente e constatei o quanto me agradava.
Ninguém me procurava vendê-lo.
Senti que a ideia de comprar o referido aparelho para o hospital me pertencia.
Reconheci suas superiores
qualidades e ordenei a sua aquisição.
"A razão por que os rios e os mares
recebem a homenagem de centenas de córregos das montanhas é que eles se acham abaixo
dos últimos. Deste modo podem reinar sobre todos os córregos das montanhas.
Por isso, o sábio
desejando pairar acima dos homens coloca-se abaixo deles, desejando estar adiante
deles, coloca-se atrás dos mesmos”.
PRINCIPIO 16
DEIXE A OUTRA PESSOA PENSAR QUE A IDEIA É DELA
DESCUBRA
AS RAZÕES OCULTAS DO OUTRO, COLOCANDO-SE EM SEU LUGAR
Caro leitor, lembre-se de que as pessoas mesmo quando estão
completamente erradas detestam saber de tal coisa. Nem pense em condená-las.
Qualquer um pode fazer isto.
Esforce-se por entendê-las.
Apenas um homem sábio,
tolerante e mesmo excepcional é capaz de assim proceder. Busque esta condição,
então!
O outro age de um determinado modo por haver alguma razão
para isto. Descubra esta razão oculta e terá a chave das suas ações e talvez da
sua personalidade.
Experimente honestamente colocar-se em seu lugar dizendo
para si mesmo, como se sentiria e reagiria, se estivesse no lugar dele?
Terá economizado uma porção de tempo e evitado muita
irritação, pois, tornando- nos interessados na causa temos menos probabilidades
de discordar do efeito. E deste modo estará sutilmente aumentando sua
capacidade nas relações humanas.
Saiba que todos no mundo
pensam exatamente do mesmo modo!
O êxito no tratar com as pessoas
depende da simpática apreensão do ponto de vista alheio.
Inês estava com as prestações do carro atrasadas em três
meses.
Numa sexta-feira, recebeu um telefonema desagradável do
homem que lhe cobrava e informava que se até a segunda-feira de manhã ela não
aparecesse com o dinheiro para pagamento das prestações em atraso, a financeira
iria solicitar um mandado de busca e apreensão para reaver o automóvel.
Ela estava sem meios de levantar o dinheiro necessário num
fim de semana.
Na segunda-feira, quando atendeu ao telefonema, esperou pelo
pior.
Em vez de se desesperar, procurou ver a situação do ponto de
vista do cobrador.
Desculpou-se por estar lhe causando tantos transtornos dizendo
que ela devia ser sua pior cliente, uma vez que aquela tal situação já havia
ocorrido outras vezes ao longo do referido financiamento.
O tom de voz do cobrador mudou imediatamente. Assegurou que
ela estava longe de ser a cliente mais problemática. Deu vários exemplos de como
certos clientes costumavam ser grosseiros, como mentiam e freqüentemente se
esquivavam dele.
Inês permaneceu calada. Ficou ouvindo-o desabafar.
Então, sem que lhe fizesse a menor sugestão, disse o
cobrador que mesmo que ela estivesse sem condições de saldar a dívida
prontamente, sugeriu que ela lhe pagasse vinte por cento do total ao final do
mês e que saldasse o restante no final do financiamento.
Caro leitor, tendo como resultado
da leitura deste livro se você conseguir apenas uma coisa, uma tendência
crescente para pensar sempre dentro do ponto de vista das outras pessoas e ver
as coisas pelo ângulo delas tão bem como pelo seu próprio, se deste livro conseguir
apenas tal coisa, ela facilmente lhe provará que é um dos pontos-chave para o
seu sucesso.
PRINCIPIO 17
PROCURE HONESTAMENTE VER AS COISAS PELO PONTO DE VISTA ALHEIO
INICIALMENTE,
CONCORDE PLENA E SINCERAMENTE COM O OUTRO
Você, caro leitor, gostaria de saber uma frase mágica que
fizesse cessar um processo de discussão que eliminasse um sentimento hostil que
despertasse boa vontade e fizesse o outro ouvi-lo atentamente?
Sim? Muito bem. Aqui está ela.
Pode experimentar dizendo:
"Eu aceito plenamente sua argumentação e digo mais, se
eu estivesse no seu lugar, sem dúvida alguma, pensaria exatamente como o senhor
(a)".
Uma resposta como esta abrandará o velho mais rabugento que
exista.
E você pode dizer isto e ser completamente sincero pois se
você fosse ele naturalmente poderia sentir tal qual ele sente.
Ilustro tal afirmativa lembrando sempre que a pessoa que se
dirige irritada a você, hipócrita, sem razão, merece a devida consideração por
ser quem é. Simpatize-se, portanto, com
ela.
Saiba caro leitor, que a maior parte das pessoas com quem você se encontrar a partir de agora estão desejosos de
simpatia. Demonstre-lhes simpatia e elas
o estimarão.
O Sr. João Gomes, representava uma companhia de manutenção de
elevadores em Guarulhos-SP, a qual detinha o contrato de manutenção dos
elevadores de um dos mais importantes centros empresariais naquele município. O
administrador deste centro empresarial nem sonhava em paralisar o elevador por
mais de duas horas porque detestava causar incômodos aos empresários e também
aos usuários deste movimentado edifício.
O conserto, porém, precisava ser feito e levaria pelo menos oito
horas consecutivas e a companhia nem sempre dispunha de um mecânico especializado
que pudesse ser colocado de prontidão segundo a conveniência do Centro
Empresarial.
Quando o Sr. João Gomes conseguiu um excelente mecânico para
realizar este serviço, telefonou para o administrador do referido centro
empresarial e, em vez de discutir disse-lhe:
- "Caro Ricardo,
estou ciente de que o centro empresarial é muito movimentado, sei que gostaria
de manter o elevador parado o mínimo de tempo possível. Compreendo sua
preocupação e queremos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para atendê-lo.
Entretanto, o exame da situação nos mostra que se o serviço completo for adiado
agora seu elevador poderá sofrer uma avaria mais grave, o que demandaria muito
mais tempo de inatividade.
Por certo devemos
evitar tal dor de cabeça a você, aos empresários e usuários durante vários dias.”
O administrador, então, viu-se obrigado a concordar que oito
horas de paralisação eram mais toleráveis que vários dias.
Mostrando-se solidário com a vontade do Sr. Ricardo o administrador
e evitando transtornos a todos, o Sr. João Gomes conquistou-o para o seu modo
de pensar com facilidade e sem despertar rancor. Manteve-se no estado de
serenidade otimista preconizado pelo Racionalismo Cristão e obteve o sucesso
esperado!
Senhor X, um dos empresários musicais mais famosos, por
quase meio século, soube lidar com artistas mundialmente famosos.
O Sr. X revelou que uma das primeiras lições que aprendeu no
lidar com os seus caprichosos astros e estrelas foi a necessidade de simpatia, simpatia
e mais simpatia para com suas ridículas exigências.
Por muito tempo foi empresário de um dos maiores tenores que
já se exibiram no palco do Metropolitan, U.S.A.
Este tenor era um problema. Sempre levado como uma criança mimada.
Era bastante comum o tenor chamar o Sr. X ao meio-dia e dizer: -"X, sinto-me muito mal. Minha
garganta está moída. É-me impossível cantar hoje à noite".
Discutia o Sr. X com ele?
Imagine! Sabia que agindo assim seria a pior forma de
convencer artistas.
Assim, corria ao hotel do tenor cheio de simpatia e dizia:
- "Que lástima meu pobre amigo! Naturalmente você deve
descansar", dizia todo lamúrias.
"Cancelarei o espetáculo imediatamente.”
Isto lhe custará apenas alguns milhares de dólares, mas é nada, se comparados à sua reputação".
O tenor então suspirava e dizia: -
"Talvez você faça melhor voltando um
pouco mais tarde. Venha as cinco para ver como estou".
Às cinco horas o Sr. X dirigia-se
novamente às pressas para o hotel cheio de simpatia. Novamente insistia sobre o
cancelamento do espetáculo e o famoso tenor de novo suspirava e dizia: - "Bem,
talvez seja melhor você me procurar um pouco mais tarde. Talvez eu esteja
melhor então".
As 19horas e 30 minutos, o grande tenor
concordava em cantar mas sob a condição de que o Sr. X apareceria no palco do
Metropolitan e anunciaria que o tenor se achava bastante gripado e com a voz abalada.
O Sr. X dizia que sim embora nem precisasse dizer
pois sabia que era o único meio de conseguir a presença do tenor no palco.
O Dr. Arthur I. Gates(15), diz que as espécies humanas anseiam
todas por simpatia.
A criança mostra logo seus ferimentos
ou mesmo chega a se ferir com o objetivo de merecer simpatia. Com a mesma
intenção os adultos mostram suas contusões, relatam seus acidentes, doenças,
especialmente detalhes de operações cirúrgicas. A auto-piedade para as
desgraças reais ou imaginárias é, de alguma forma, praticamente de uso
universal.
O Racionalismo Cristão propõem
algo diferente. Pelo exercício do bem pensar, ligando-nos mentalmente às boas
fontes, cultivando bons pensamentos, melhoramos significativamente nossa
qualidade de vida, tornando-nos simpáticos, bem quistos, ou seja, bem
diferentemente da postura de pobres coitados, como infelizmente, se verifica
muito usualmente nos desavisados.
Assim, caso queira o leitor
conquistar as pessoas para o seu modo de pensar, ponha em prática o seguinte
princípio:
PRINCIPIO 18
MOSTRE-SE SIMPÁTICO ÀS IDEIAS E DESEJOS ALHEIOS
APELE
PARA OS MAIS NOBRES MOTIVOS
O Sr. Dale Cornegie, autor do livro
que é nossa principal fonte neste trabalho, relata que foi criado no Missuri ao
lado da terra de Jesse James e, chegou a visitar a sua fazenda em Kearney onde
o filho dele ainda vivia.
A esposa do filho de Jesse James
contou histórias de como Jesse roubava trens, assaltava bancos e em seguida,
dava o dinheiro roubado aos fazendeiros vizinhos para resgatarem suas
hipotecas.
Jesse James, provavelmente se
julgava um coração idealista tal qual Al Capone e
muitos outros
"padrinhos"(máfia) o fizeram, duas gerações mais tarde.
O fato é que toda pessoa que você
encontra, mesmo a que você vê no espelho, se tem em alta conta, gosta de ser
correta e pródiga na sua própria avaliação.
Luiz José de Mattos, o codificador
do Racionalismo Cristão, diz que toda pessoa nasce com uma tendência verdadeira
para o bem e sabe perfeitamente, desde tenra idade, quando age de maneira
correta ou não!
J. Pierpont Morgan, famoso
banqueiro americano, observou num de seus entreatos analíticos que, em geral,
um homem tem duas razões para fazer uma coisa qualquer; uma razão que parece
boa e outra a real.
Todos nós, diz ele, no fundo somos
idealistas e gostamos de considerar os motivos que nos parecem bons. Assim, com
o intuito de modificar as pessoas, devemos apelar para os seus mais nobres
motivos.
Seja como for, penso que você gostará de ler esta história
verídica.
Seis clientes de uma concessionária de automóveis, no Rio de
Janeiro, recusaram pagar suas contas por serviços prestados. Nenhum cliente
protestou contra toda a conta mas cada um reclamava que um certo débito estava
errado. Em todos os casos os clientes assinaram pelo trabalho feito e assim a
companhia sabia que estava certa e o afirmou.
Este foi o primeiro erro!
Aqui estão os passos que os funcionários do departamento de cobrança
deram em relação aos clientes das contas em aberto:
* Entraram em contato com cada um dos clientes e disseram
que estavam cobrando uma conta apresentada havia algum tempo;
* Fizeram questão fechada de afirmar que a concessionária estava
absolutamente certa; por conseguinte, ele, o cliente, estava absolutamente
errado;
* Disseram que eles, da concessionária, entendiam mais sobre
automóveis do que os clientes podiam ter esperanças de ainda vir a conhecer.
Por isso, para que discutir?
* Resultado desta estratégia: discutiram;
Supõe caro leitor, que eles tiveram êxito?
Qualquer um destes métodos poderia convencer o cliente e
levá-lo a pagar a conta?
Você pode responder por si mesmo!
Nesta altura do caso, o diretor do departamento de cobrança estava
a ponto de fazer fogo com uma bateria da lei quando, por sorte, o assunto foi
ter à consideração do diretor geral.
Este, examinou o
histórico dos clientes faltosos e constatou que gozavam de ótima reputação, completamente
limpos nos serviços de proteção ao crédito tanto no comércio como nos bancos.
Alguma coisa estava errada, muito errada, sobre o método de
cobrança.
Assim, chamou Aroldo Gonçalves e disse-lhe que se
encarregasse da cobrança destas "contas incobráveis".
Veja o que aconteceu nas suas palavras, as medidas que o Sr.
Aroldo Gonçalves tomou:
* "Minha visita a
cada cliente era para cobrar uma conta atrasada, disse Aroldo. Uma conta que
sabíamos absolutamente certa. Porém, sem dizer uma só palavra a respeito.
Expliquei que vinha saber o que a concessionária havia feito ou deixara de
fazer;”
* "Esclareci que,
antes de ouvir o caso do cliente, manter-me-ia isento, evitando opinar.
Disse-lhe que a companhia tinha a consciência de poder estar errada;”
* "Disse-lhe, também,
que estava interessado apenas no seu carro, aliás, que ele o conhecia mais do
que qualquer outra pessoa no mundo; que se julgasse autoridade no assunto;”
*. "Deixei-o
falar e ouvi com todo interesse e simpatia o seu longo relato;”
* "Finalmente,
quando o cliente já estava numa atitude razoável, expus de um modo inteligente
o caso para seu julgamento. Apelei para os mais nobres motivos;”
* Primeiro, disse Aroldo, quero que o senhor saiba que
também acho que este assunto tem sido muito mal conduzido. O senhor foi
contrariado, irritado e importunado por um dos nossos funcionários do setor de
cobrança. Isto nunca devia ter acontecido. Sinto muito e, como representante da
empresa, apresento desculpas.
Quando me sentei aqui e ouvi o caso contado pelo senhor, fiquei
impressionado com a sua cortesia e paciência. E agora, porque é cordato e
paciente, vou pedir-lhe para fazer alguma coisa por mim. Alguma coisa que o senhor pode fazer melhor
do que outra pessoa qualquer.
Aqui está a sua conta; sei que é uma segurança para mim, pedir-lhe para acertá-la, exatamente
como se o senhor fosse o presidente da minha companhia.
Vou deixá-la com o senhor. O que o senhor disser estará
certo.
- Acertou ele a conta, caro leitor?
Certamente o fez e conseguiu uma pequena redução.
As contas iam de R$ 300,00 a R$ 800,00 Reais.
Liquidaram os clientes a maior parte das contas?
Sim, um deles o fez!
Um deles recusou pagar um centavo sequer; mas os outros cinco deram à companhia
a maior parte!
E aqui está o resultado
do caso: - despachamos novos carros para todos os seis clientes nos dois anos
seguintes, disse o Sr. Aroldo Gonçalves!
- A experiência ensinou-me, diz o Sr Aroldo que quando
nenhuma informação pode ser encontrada sobre o cliente, a única base sólida
para prosseguir é imaginar que ele é sincero e honesto, fala a verdade e deseja
pagar as contas, uma vez que esteja convencido de que as mesmas estão certas.
Expondo diferentemente e talvez um pouco mais claro, as
pessoas são honestas e querem satisfazer os seus compromissos.
As exceções a esta regra
são relativamente poucas e estou convencido de que o indivíduo que está
inclinado a discutir violentamente, na maioria dos casos reagirá favoravelmente
se fizer com que ele sinta que você o considera honesto, correto e inteligente.
PRINCIPIO 19
APELE PARA OS MAIS NOBRES MOTIVOS
ENRIQUEÇA
SEU DISCURSO COM DETERMINAÇÃO E EMOÇÃO
Afirmar apenas uma verdade é insuficiente. A verdade deve se
tornar viva, interessante, dramática.
Você e eu, caro leitor, devemos demonstrar. O cinema faz
isso. A televisão faz isso. E nós devemos fazer o mesmo se quisermos merecer a atenção
do outro.
Os comerciais de televisão abundam com exemplos do uso das
técnicas de dramatização para vender produtos. Experimente sentar-se diante do seu
aparelho de televisão e analise o que os anunciantes fazem em cada uma de suas
apresentações.
Notará como um
remédio antiácido muda a cor do ácido no tubo de ensaio, enquanto que o remédio
do concorrente falha nesse quesito; como uma nova marca de sabão ou detergente torna
limpa uma camisa engordurada quando a marca do concorrente a deixa cinzenta.
Rostos sorridentes e felizes se derramam diante de uma
variedade de produtos.
Todos esses anúncios dramatizam muito bem para o espectador
as vantagens do produto a ser vendido e eles conseguem fazer com que o consumidor os compre.
Srta. Dayane, de Santos, Estado de
São Paulo, vinha tendo alguns problemas no trabalho e resolveu discuti-los com
o chefe.
Certa manhã de segunda-feira
solicitou uma reunião com ele e disseram-lhe que estava muito ocupado que ela
marcasse com a secretária uma entrevista no final da semana. A secretária
informou-a de que a agenda dele estava muito apertada mas que faria o possível
para arranjar uma horinha.
Assim Dayane descreveu o
acontecido:
- "A secretária silenciou-se a respeito da minha solicitação durante toda
a semana. Toda vez que lhe perguntava sobre a entrevista respondia-me que o
chefe não poderia me atender e dava lá a sua razão.
Na manhã de sexta-feira, então, retornei sem haver nada definido.
Realmente queria vê-lo e conversar sobre meus problemas antes do fim de semana.
Perguntei então a mim mesma de que
maneira o conseguiria.”
Finalmente resolvi escrever-lhe
uma carta formal. Acentuei na carta que compreendia perfeitamente o quanto
devia estar ocupado durante a semana, porém, ressaltei a importância para
mim de uma entrevista.
Incluí uma carta-formulário e um envelope endereçado a mim, pedindo-lhe a gentileza de preenchê-lo ou mesmo que a
secretária o fizesse enviando-me em seguida.
A carta-formulário era assim:
- Srta. Dayane Oliveira. Poderei recebe-1a no dia ....... às
..... horas da manhã/da tarde. Dar-lhe-ei ......... minutos do meu tempo.
Coloquei a carta, disse ainda Dayane, na caixa de correspondência
dele às 11 horas da manhã. Às 14 horas verifiquei a caixa. Lá estava o envelope
endereçado a mim. Ele havia respondido minha carta-formulário e dizia que me
receberia à tarde, dando-me 10 minutos do seu tempo.
Conversamos durante
uma hora e resolvi meu problema.
"Se tivesse deixado
de dramatizar o fato de que realmente precisava vê-lo neste momento,
provavelmente ainda estaria esperando um horário que lhe fosse conveniente."
Richardson tinha que apresentar um longo relatório de
mercado. Sua firma terminara um estudo exaustivo para uma grande marca de creme
hidratante.
Os dados eram necessários o mais breve possível, sob pena de
redução da publicidade.
O interessado era um dos maiores e mais formidáveis homens
em matéria de anúncios.
Na sua primeira aproximação, Richardson havia fracassado.
"A primeira vez
que fui lá, confessou Richardson, envolvi-me numa fútil discussão sobre os
métodos usados na pesquisa.
Ele argumentou, eu
argumentei.
Disse-me que eu estava
enganado, eu procurei provar-lhe que estava certo.
Finalmente, para minha satisfação, vi
vitorioso meu ponto de vista, porém, o meu tempo se fora, a entrevista se
findara e eu fracassei.
A segunda vez me esqueci de levar os números, tabelas e dados. Fui ver este homem, dramatizei meus fatos.
Quando entrei no
seu escritório, estava telefonando. Enquanto terminava a conversa, abri uma
maleta e espalhei trinta e dois pequenos potes de creme hidratante sobre sua
mesa, todos os produtos que ele conhecia todos eles competidores do seu creme.
Em cada pote,
tinha eu colocado uma etiqueta, ainda Richardson, descrevendo os resultados da
pesquisa comercial. E cada etiqueta narrava ha história, rapidamente
dramatizada.
Adivinhe o que
aconteceu?
Nenhuma discussão.
Ali estava alguma coisa
nova, alguma coisa diferente.
Tomou um e outro
dos potes de creme, leu a informação da etiqueta.
Uma conversação amistosa
teve lugar. Estava vivamente interessado.
A princípio, dera-me
apenas 10 minutos para expor meus fatos, mas os 10 minutos passaram, 20
minutos, 40 minutos, e ao fim de uma hora nós ainda estávamos falando!”
Richarson estava apresentando os mesmos fatos que havia
apresentado anteriormente. Mas desta vez, estava empregando a dramatização, a
demonstração, e que diferença causou!
PRINCIPIO 20
DRAMATIZE SUAS IDEIAS
SE FALHAR, EXPERIMENTE ISSO
Sr. Vitor César, industrial, tinha um feitor de fundição
cujos homens estavam produzindo aquém da sua cota.
"Como é que um homem capaz como você, Marco Antonio, deixa
de fazer com que essa fundição produza o que deveria?”, perguntou Vitor César.
"Não sei", respondeu o feitor Marco Antonio; tenho
agradado aos homens; tenho-os incentivado, feito promessas de melhorias; tenho
ameaçado reduzir o salário e mesmo despedi-los.
Mas nada tem dado resultado. Parece que não querem produzir.
Isto aconteceu no fim do dia pouco antes da turma da noite
tomar o seu posto.
Dê-me pedaço de giz, pediu Sr.Vitor ao feitor Marco e,
voltando-se para o homem mais próximo perguntou:
Quantas fornadas fez a sua turma hoje?
Seis senhor Vitor.
Sem dizer palavra, Vitor escreveu a giz, no solo, um grande
número seis e foi-se embora.
Quando a turma da noite chegou, os seus homens viram o
"6" e perguntaram o que significava aquilo.
"O chefão esteve
aqui hoje", disse um homem da turma diurna. "Perguntou-nos quantas
fornadas nós fazíamos, dissemos seis. Ele então escreveu no chão com giz".
Na manhã seguinte, Vitor foi novamente à fundição.
A turma da noite havia apagado o "6" e substituído
por um grande "7".
Quando o pessoal do dia chegou para o trabalho, viu um grande
"7" desenhado no chão. Assim, a turma da noite pensou que era melhor
do que a turma diurna, né?
Pois bem, estes, iriam mostrar-lhes, uma ou duas coisas.
Trabalharam com entusiasmo e, ao largarem o trabalho a noite, deixaram atrás de
si um enorme, um gigantesco "10".
As coisas estavam melhorando...
Dentro em breve esta fundição, que se achava colocada no último
lugar em rendimento, estava produzindo mais trabalho do que qualquer outra
fundição na fábrica.
O princípio?
Deixe o próprio Vitor César nos dizer, com suas próprias
palavras.
"O meio para conseguir a realização de tais coisas, diz
Vitor, é estimular a competição. Prego esta filosofia como um desejo de se
sobrepujar, ao invés de mais um sórdido meio de ganhar mais dinheiro.”
O desejo de sobrepujar!
O desafio!
Luiz José de Mattos, através de seus profundos estudos
filosófico-científicos, percebeu a necessidade, muito salutar, e desenvolveu um
processo de auto-análise, a fim de que o humano ser possa perceber suas falhas
e aperfeiçoar-se continuamente.
Deve a pessoa desenvolver um processo de competição consigo
mesma, sendo hoje melhor do que foi ontem e assim por diante, nos diferentes
campos de atuação humana, ou seja, profissional, familiar e social.
Percebeu Mattos a necessidade de se realizar tal atividade
meditativa duas vezes por dia e sistematizou o método que foi denominado
limpeza psíquica, já descrita no início deste trabalho.
Luiz de Mattos sempre enfatizou que, devemos voltar nossa
atenção e potencial para nós mesmos, pois cada qual responde por si perante o
Todo, colhendo os frutos tanto do bom como do mau plantio.
Todos os homens têm medo, mas o bravo repele seu medo e
avança, por vezes rumo à morte, mas sempre- rumo à vitória. Era esse o lema da
Guarda do Rei na antiga Grécia.
Que maior desafio pode ser feito ao homem? Haverá maior
desafio que possa ser lançado ao homem, senão a oportunidade de vencer seu
próprio medo?
Harvey S. Firestone, fundador da Firestone Tire &
Rubber, um dos maiores produtores mundiais de pneumáticos, disse o seguinte:
- "Nunca acreditei que pagamento e só pagamento pudesse
aproximar e manter unidos bons homens. A coragem sim e o desafio".
Frederic Herzberg, um dos maiores cientistas do
comportamento, concordou com essa opinião.
Ele estudou em profundidade as atitudes com relação ao
trabalho de milhares de pessoas que incluíam desde operários a dirigentes.
Segundo sua descoberta qual seria o fator motivador: um
aspecto do trabalho que se revelava mais estimulante?
Dinheiro?
Boas condições de trabalho?
Os benefícios oferecidos pela empresa?
Nenhum deles!
O fator mais importante que motivava os homens é o próprio
trabalho. Se o trabalho for excitante e interessante o trabalhador empenha-se
nele e sente-se motivado a realizar um bom serviço.
Eis o que toda pessoa de sucesso deseja: a luta, o desafio. A
oportunidade para a auto-expressão. A oportunidade para provar seu valor, para
sobrepujar, para vencer.
Eis o que motiva as corridas a pé, as exposições e os concursos
de toda a espécie.
O desejo de sobressair.
O desejo de sentir-se importante.
PRINCIPIO 21
QUANDO NECESSÁRIO
MOTIVAR ALGUÉM, LANCE UM DESAFIO
ALÉM
DO DESAFIO, COMO OBTER MELHOR EMPENHO
Tomemos o caso do engenheiro Miranda, proprietário de uma
construtora, na cidade de Santos, Estado de São Paulo. O eng. Miranda é um cidadão
comum como você e eu, caro leitor. Em uma conversa normal, relatou este
incidente e como agiu!
A sua empresa de engenharia empreitou a construção de um
grande edifício em Santos, obviamente, com prazo especificado para sua entrega. Corria
tudo de acordo com o traçado, o prédio estava quase terminado quando,
inesperadamente, o sub-contratante, que fazia o trabalho ornamental, de bronze,
que ficaria na parte externa do
edifício declarou que atrasaria a entrega em relação à data combinada.
Como!
O edifício todo estava pronto!
Pesada multa e enormes prejuízos! E tudo por causa de um
homem!
Chamados telefônicos, argumentos, conversações calorosas!
Tudo em vão.
O eng. Miranda foi então à sede da
fundição, em São Paulo, capital, ver se arrancava “o leão de bronze da sua caverna”,
como se diz!
O senhor sabe que é o único homem em São Paulo que tem o seu
nome?" falou o eng. Miranda, logo ao entrar no escritório do presidente!
Este ficou surpreso.
"Não, não sabia disso".
"Bem, disse o eng.
Miranda ao chegar esta manhã ao parar em uma padaria para tomar café. Pedi uma
lista telefônica emprestada, para confirmar o endereço e o senhor é o único
homem em toda capital, na lista telefônica, com o seu nome".
“Nunca soube disto",
disse o presidente. Examinou, em seguida, a lista telefônica com interesse.
“Sim, é um nome pouco comum", retrucou orgulhosamente.
"Minha família veio da Holanda e estabeleceu-se
em São Paulo há quase dois séculos". Continuou a falar sobre a sua
família e antepassados durante alguns minutos.
Quando terminou, o eng.
Miranda o cumprimentou pela grande fundição que possuía, comparando-a
favoravelmente com várias outras que visitara.
"É uma das mais asseadas
e bonitas fundições de artigos de bronze que já vi", disse Miranda.
"Tenho passado a
minha vida melhorando este negócio", disse o presidente "e cada vez mais me orgulho dele. Gostaria de
visitar a fundição?"
Durante a visita, o eng. Miranda congratulou-se com ele pelo
sistema empregado e disse-lhe como e por que lhe parecia superior aos de alguns
dos seus competidores.
O eng. Miranda chamou-lhe a atenção nos comentários para
umas máquinas pouco comuns e o presidente declarou que ele mesmo as inventara.
Levou um tempo considerável mostrando ao eng. Miranda como funcionavam e o
artigo superior que produziam.
Insistiu para que o eng. Miranda fosse almoçar com ele.
Até esta altura, note bem caro leitor, nenhuma palavra foi
dita sobre o verdadeiro propósito da visita do eng. Miranda.
Depois do almoço o presidente disse:
"Cuidemos agora dos negócios!”
Naturalmente, sei por que o senhor se acha aqui. Estou
realmente surpreso pois nosso encontro está sendo agradável.
Pode regressar a Santos com a minha promessa de que o
material será aprontado e entregue à tempo, mesmo que outras encomendas tenham
de ser proteladas.
O eng. Miranda conseguiu tudo que queria sem nada pedir.
O material chegou a
tempo e o prédio ficou pronto no dia em que expirava o prazo do contrato.
Agora, teria isto acontecido se o eng. Miranda tivesse
empregado o método da violência e da dinamite, geralmente usado em ocasiões como
estas?
Mais um caso!
Tereza Batista, gerente de agência de um determinado banco, relatou
como conseguiu ajudar uma de suas funcionárias no sentido de torná-la mais
produtiva.
"Recentemente,
contratamos uma jovem para o caixa. Seu relacionamento com nossos clientes é
exemplar, cuidadosa e eficiente ao lidar com transações pessoais. Surgiu,
então, um problema ao final do dia quando se faz o fechamento do caixa.”
O chefe do caixa procurou-me e pediu rudemente que eu
despedisse aquela moça, pois ela atrapalhava todo mundo era lenta demais para fazer o fechamento, relatou.
Mostrei a ela, disse ele à gerente, mais de uma vez, como
proceder, mas simplesmente não aprende. Mande-a embora!
No dia seguinte, a gerente Tereza, observou-a trabalhando
nos contatos diários e normais com clientes, sempre com rapidez e precisão, mostrava-se
extremamente agradável, bem de acordo com a postura exigida pelo banco.
Facilmente, Tereza percebeu o que a perturbava no fechamento.
Depois que a agência fechou, procurei-a para conversar.
Estava nervosa e aborrecida. Elogiei-a, disse Tereza, por
ser tão gentil e simpática com os clientes e cumprimentei-a pela precisão e
velocidade naquela fase do trabalho.
Sugeri, em seguida, uma revisão do procedimento que adotamos
para fazer o fechamento do caixa.
Tão logo ela constatou que merecia a confiança da gerente
Tereza Batista, a funcionária aceitou prontamente as sugestões e em pouco tempo
dominou aquela função também.
Desde então nunca mais tivemos problemas com ela, relata
Tereza Batista.
Começar com o elogio, caro leitor, equivale ao dentista
iniciar seu trabalho com Novocaína. O paciente pode ainda recear, mas o
anestésico “é porreta”, nada de dor.
Empregue sempre este
princípio;
PRINCIPIO 22
COMECE COM UM ELOGIO
E UMA APRECIAÇÃO SINCERA
COMO
FAZER SUTILMENTE A CRÍTICA CONSTRUTIVA
Você
ainda tem na mente, caro leitor, quando o eng. Miranda passeava pela fundição
com o presidente. Pela manhã, quando este viu alguns dos seus operários
fumando. Exatamente sobre as cabeças deles havia um aviso que dizia: "Proibido Fumar".
Apontou o presidente
para o aviso e disse: "Não sabem ler?"
Imagine só! Um outro faria isto mas não o presidente
Hisdorfgan.
Este, junto com o engenheiro Miranda, dirigiu-se aos homens
deu um charuto a cada um e disse:
- "Eu gostaria, senhores,
que vocês fossem fumar estes charutos cubanos do lado de fora".
Os empregados compreenderam que o Sr. Hisdorfgan os havia visto
infringindo o regulamento e o ficaram estimando porque nada dissera sobre a
falta, dera-lhes um pequeno presente e fizera com que todos se sentissem
importantes.
Podiam deixar de querer bem a um homem como este? E você,
caro leitor?
Sr. Hélio Gomes, empregava técnica semelhante.
Costumava dar diariamente, uma volta pela sua grande loja de
artigos de borracha em geral.
Certa ocasião, viu um freguês esperando no balcão.
Nenhum dos oito vendedores lhe dava a menor atenção. Estavam
num grupo lá na extremidade do balcão, rindo e falando uns com os outros.
Sr. Hélio, em silêncio e calmamente foi para trás do balcão,
mostrou ao freguês tudo quanto ele desejava ver, depois levou os artigos
adquiridos à seção encarregada de fazer embrulhos, passando pelo grupo de
vendedores e prosseguiu seu caminho; todos ficaram atônitos e postaram-se
imediatamente em seus lugares.
A simples mudança de uma palavra de três letras pode, quase
sempre, indicar a diferença entre o fracasso e o sucesso.
Você ou eu, caro leitor, podemos tentar mudar uma pessoa sem
ofender ou despertar ressentimento.
Muitos podem começar suas críticas com um elogio sincero seguido
pela palavra "mas" e
terminando com uma afirmação crítica.
Podemos exemplificar isto ao tentarmos mudar o desinteresse de
uma criança pelos estudos, dizendo:
"Sentimos orgulho de você, Joãozinho, por ter aumentado
suas notas nesse período letivo. “Mas”
se tivesse pegado firme em álgebra, os resultados teriam sido bem
melhores".
Nesse caso, Joãozinho poderia se sentir estimulado, caso a
palavra "mas" fosse omitida.
Seria lógico se ele questionasse a sinceridade do elogio
anterior. Para ele, elogio parecia ser uma técnica que levava à inferência
critica do fracasso.
A confiança seria destorcida e, provavelmente, nossos
objetivos de mudar a atitude de Joãozinho para com seus estudos fracassariam.
Isto poderia ser facilmente superado mudando-se a palavra "mas"
por "e".
"Sentimos orgulho de você, Joãozinho, por ter aumentado
suas notas nesse período letivo “e” se der continuidade aos mesmos esforços
conscienciosos, sua nota em álgebra poderá subir como as outras."
Desse modo, caro leitor, Joãozinho poderia aceitar um elogio
porque nenhum fracasso foi apontado.
Teríamos chamado a atenção indiretamente para o
comportamento que gostaríamos de ver mudado e, provavelmente, ele passaria a
viver segundo as nossas expectativas.
Chamar indiretamente a atenção para os erros cometidos, surte
um efeito maravilhoso em pessoas sensíveis, capazes de se ressentirem com a
crítica direta.
Maria Estela, contou-me, de que maneira tinha convencido
alguns pedreiros desleixados, que faziam uma reforma em sua casa, a serem mais
cuidadosos e organizados.
No primeiro dia de trabalho, quando Maria Estela voltou do
trabalho para casa, notou que haviam vários pedaços de madeira espalhados pelo
jardim.
Evitou, neste momento, a indispor-se com os pedreiros, já
que o serviço técnico de pedreiro estava muito bem feito. Assim, depois que
eles se foram, ela e as crianças recolheram todos os pedaços de madeira
espalhados pelo jardim e os empilharam num canto.
Na manhã seguinte, chamou o mestre de obras e disse-lhe que
ficou muito satisfeita com a organização do jardim ontem, ressaltando ser
sempre bom fazer uma limpeza daquelas, mostrando tudo organizado e empilhado no
canto, ao final da jornada.
Daquele dia em diante, os pedreiros recolheram e empilharam
num canto os restos de madeira e, a cada dia, o mestre passava os olhos pelo
jardim para se certificar de que estava em ordem.
PRINCIPIO 23
CHAME
INDIRETAMENTE A ATENÇÃO SOBRE OS ERROS ALHEIOS
RESSALTE
SEUS PRÓPRIOS ERROS ANTES, CORRIJA O OUTRO DEPOIS
Alguns anos atrás uma mocinha chamada Ana Beatriz deixou sua
casa no interior de São Paulo e veio para capital a fim de ser secretária.
Tinha dezenove anos e fazia três que se diplomara numa escola secundária e sua
experiência em negócios era um pouco maior que zero.
Hoje é uma das melhores secretárias executivas que conheço; porém,
no começo ela era... bem, era suscetível de melhorar.
Um dia quando seu chefe ia censurá-la pensou consigo mesmo:
- "Espere um minuto, Orlando Leite,
espere um pouco. Você é pelo menos duas vezes mais velho que Ana Beatriz,
possui muito mais experiência em negócios. Como pode você, sinceramente,
esperar que ela tenha seu ponto de vista, seu discernimento, sua iniciativa,
mesmo medianos como são?”
E apenas mais um minuto Orlando; que fazia você aos 19 anos?
Lembra-se das tolices, dos grandes erros que cometeu?
Lembra-se da vez que fez isto e aquilo?
Depois de pensar sobre o assunto sincera e imparcialmente,
Sr. Orlando chegou à conclusão de que a média obtida por Ana Beatriz aos 19
anos era superior a que ele obtivera e, sentia confessar, que nem sequer estava
dando a Ana Beatriz congratulações por isso!
Desde então quando queria chamar a atenção de Ana Beatriz para
um erro, costumava começar assim:
- Você se enganou Ana, porém, seu erro foi semelhante aos
erros que tenho cometido. Você é humana como eu. A perfeição vem mesmo com a
experiência e você faz melhor do que eu fazia, na sua idade.
Tenho sido responsável por tantas coisas estúpidas, imbecis
mesmo, que sinto pouca inclinação para censurá-la ou a outra pessoa qualquer. Porém,
o que acha de experimentar fazer isso desta forma, assim, assim...?
É bem mais agradável ouvir uma dissertação sobre suas faltas
quando o acusador começa admitindo humildemente que ele também está longe de
ser infalível.
Quem admite os próprios erros, mesmo sem corrigi-los, conseguirá
convencer outro a mudar o comportamento.
PRINCÍPIO 24
FALE DE SEUS
PRÓPRIOS ERROS ANTES DE CRITICAR OS DAS OUTRAS PESSOAS
ORDENE
INDIRETAMENTE
Lendo biografias de grandes personagens de nossa história
contemporânea, deparei-me com a de um ilustre industrial de um país, hoje,
muito importante no contexto global.
Durante o processo de entrevistas que se alternavam com o de
pesquisa bibliográfica para a execução do referido livro de biografias, o autor
entrevistou o secretário particular de um famoso industrial. Este homem lhe
informou que, durante todo o tempo em que foi seu secretário, nunca ouviu dar
uma ordem direta a qualquer pessoa.
Sempre dava sugestões ao invés de ordem. Nunca disse, por exemplo: "Faça
isto" ou "Faça aquilo" ou "Não faça isto" ou "Não
faça aquilo"
Dizia: - "Você poderia estudar isto" ou "Você
pensa que dará resultado?"
Frequentemente costumava dizer, após haver ditado uma carta:
- "Que pensa sobre isto?"
Lendo uma carta de um dos seus assistentes dizia:
- "Por certo se nós fôssemos exprimir isto, seria esta
a melhor maneira".
Sempre dava às pessoas uma oportunidade para fazer as coisas
por si mesmas. Nunca disse a seus assistentes para fazerem as coisas; deixava
que eles as fizessem, deixava que eles compreendessem os seus erros.
Uma técnica como este caro leitor, facilita a uma pessoa
corrigir seus próprios erros, preserva o orgulho humano e dá uma sensação de
importância. Faz com que a pessoa queira cooperar em vez de rebelar-se.
Saiba que o ressentimento provocado por uma ordem veemente
pode durar um bom tempo, mesmo que esta tenha sido dada com o objetivo de
corrigir uma situação.
As perguntas tornam as ordens mais aceitáveis além de
estimularem a criatividade da pessoa a quem são feitas.
As pessoas se inclinam a aceitar uma ordem quando tomam
parte da decisão que levou à formulação dessa ordem.
Quando Clóvis de Araújo, gerente-geral de uma pequena
fábrica de peças de máquina de precisão teve a oportunidade de aceitar uma
encomenda de grande vulto, estava certo de que seria quase impossível cumprir a
data de entrega pois o trabalho já programado da fabrica e o curto período de
tempo necessário para a execução da encomenda, em princípio, o impediram de
aceitar o fechamento da negociação.
Em vez de pressionar o pessoal
para acelerar o trabalho e atender à encomenda, convocou a todos, explicou-lhes o
problema e disse que seria
extremamente importante para a fábrica e
para eles se produzissem o material pedido em tempo hábil.
A seguir fez as seguintes perguntas:
"Existe alguma
maneira de conduzirmos o trabalho de modo a atendermos ao pedido?"
"Alguém tem
alguma ideia de como processá-lo de um jeito que nos possibilite cumprir o
prazo solicitado?”
"Existe alguma
maneira de ajustarmos nossos horários ou mesmo os compromissos pessoais a fim
de nos ajudar a alcançar o objetivo?"
Os funcionários, então, levantaram muitas ideias e
insistiram para que ele aceitasse o pedido. Eles assumiram a atitude
"podemos fazê-lo" e a
encomenda foi aceita produzida e entregue dentro do prazo.
Para ser eficiente, você poderá utilizar o...
PRINCIPIO 25
FAÇA PERGUNTAS EM
VEZ DE DAR ORDENS
EVITE
ENVERGONHAR O OUTRO
Caro leitor, atente bem a isto. Evite envergonhar as
pessoas! Quão importante, repito, quão vitalmente importante é isto! E quão
poucos de nós já nos detivemos a pensar sobre tal coisa.
Tem sido bastante comum você e eu cavalgarmos furiosamente
sobre os sentimentos dos outros, prosseguindo em nosso caminho, descobrindo faltas,
fazendo ameaças, criticando uma criança ou um empregado diante de outros sem
mesmo considerar que ferimos a vaidade alheia.
Entretanto, a meditação de poucos minutos, uma ou duas
palavras consideradas podem dar uma verdadeira compreensão da atitude da outra
pessoa e poderão fazer muito para a inexistência do remorso!
A
filosofia racionalista cristã, através de seus escritos, insiste na condição do
ser humano dominar os instintos, a verdadeira besta que existe dentro de cada
um de nós, deixando a razão e o raciocínio agirem sempre que a situação exigir.
Este,
o raciocínio, deve ser treinado e desenvolvido diariamente para que elevemos as
qualidades positivas de que já somos possuidores e consequentemente, tornemos
mais agradável a nossa dura jornada pela Terra durante a encarnação presente.
Por exemplo: "Despedir empregados é uma tarefa
desagradável. Deixá-los desempregados é muito menos interessante".
Jéfferson Correia, relata, é o responsável pela contratação
e da dispensa de funcionários temporários de uma grande rede de lojas de
roupas; diz ele: - "Nosso negócio é
as mais das vezes de estação. Por conseguinte, temos que deixar uma porção de
funcionários irem após o carnaval.
Quando fui
colocado nesta função a empresa desenvolveu o costume de liquidar o assunto do
modo mais breve possível mais ou menos da seguinte maneira:
- Sente-se, Srta.
Margarida. Como a senhorita sabe, a temporada está terminada e não vemos em que
mais aproveitá-la. Mas, evidentemente, a senhorita sabia que o emprego era
apenas para a fase trabalhosa da temporada de verão, etc.”
Isto, disse Jefferson, tinha o efeito de fazer com que os funcionários
se sentissem desiludidos e vítimas de desprezo.
Foi então que o Sr. Jefferson resolveu mudar o método.
Passou a dispensar os empregados temporários com um pouco
mais de tato e consideração. Assim, só chama cada funcionário depois de
considerar cuidadosamente o
trabalho feito durante a temporada.
Tem procurado, desde então, agir mais ou menos assim:
Srta. Margarida sei que deu conta do recado (se de fato
deu). Desempenhou muito bem a sua incumbência quando a contratamos. Viu-se numa
situação difícil com a loja repleta de clientes e saiu-se muito bem. Venceu
galhardamente e faço questão de que a senhorita saiba que nossa empresa está
satisfeita com o seu serviço.
A senhorita possui qualidades e irá para frente onde quer
que trabalhe. Nossa empresa tem a certeza disto e fará votos pelo seu sucesso.
Lembre-se sempre disso! Esperamos poder contar com os seus
serviços na próxima oportunidade.
Caro leitor, mesmo que você e eu estejamos certos e a outra
pessoa definitivamente errada, ao envergonhá-la, simplesmente lhe destruímos o ego.
O pioneiro da legendária aviação francesa e autor de belos romances,
Antoine de Saint-Exupéry, escreveu:
"Não tenho o direito
de dizer ou de fazer qualquer coisa que humilhe o homem diante de si mesmo. O que importa não é o que penso dele,
mas o que ele pensa de si mesmo”.
Ferir a dignidade de uma pessoa é cometer grave erro.
Sigamos sempre este princípio;
PRINCIPIO 26
JAMAIS ENVERGONHE AS OUTRAS PESSOAS
ESTIMULE
AS PESSOAS CALOROSAMENTE
Caro leitor é importante e bastante eficiente usarmos o
elogio, o estímulo, em lugar da censura e da condenação na vida.
Elogiemos mesmo os menores progressos. Isto fará com que a
pessoa continue melhorando cada vez mais.
O elogio é como a luz do sol para o ardente espírito humano;
sem ele, deixamos de florescer e crescer.
Enquanto muitos de nós estamos preparados para soprar contra
os outros o frio vento da crítica, de algum modo relutamos a dar ao próximo o
aquecedor raio de sol do elogio.
Olho, caro leitor, para minha vida pregressa e posso ver em
que momentos umas poucas palavras elogiosas bastaram para transformar a minha
vida até aqui.
Você pode dizer o mesmo a seu respeito?
A História está repleta de ilustrações surpreendentes dos
bons efeitos do elogio.
Há pouco mais de um século trabalhava numa fábrica, em
Nápoles, Itália, um menino de 10 anos.
Desejava ser cantor, porém, seu primeiro professor o
desencorajou: - "Você não pode cantar. Ademais, não tem voz. Quando canta
parece o sibilar do vento nas venezianas, disse ao pobre menino".
Sua mãe, porém, uma pobre camponesa, enlaçou-o com os braços,
elogiou-o e disse-lhe que sabia que ele podia cantar. Descobriu o seu progresso
e chegou a andar descalça para economizar dinheiro com o propósito de pagar
suas lições de canto.
O incentivo desta mãe, camponesa e o seu encorajamento
mudaram inteiramente a vida do filho.
Você, por certo, já ouviu falar dele. Chamava-se Caruso e
tornou-se o maior cantor de ópera de sua época.
Nos primeiros anos do século XIX, em Londres, um rapazola sonhava
ser um escritor. Tudo parecia conspirar contra seu desejo. Na escola, só pôde
permanecer 4 anos. Seu pai foi encarcerado em função de débitos adquiridos e o nosso
rapazola, por vezes, experimentou as agruras da fome.
Finalmente, conseguiu um emprego. Emprego para pregar rótulos
em potes de graxa num armazém infeto e cheio de ratos; dormia com mais dois
outros companheiros, num quarto de atmosfera irrespirável, quase junto à
tesoura que sustentava o telhado nas águas-furtadas de um dos cortiços de
Londres.
Tinha tão pouca confiança em sua habilidade no escrever que durante
a noite, foi às escondidas colocar no correio seu primeiro manuscrito para que
ninguém risse dele.
Contos após contos foram recusados.
Finalmente chegou o grande dia!
Um conto foi aceito.
Mesmo sem receber um tostão pelo mesmo o elogio do editor,
deu-lhe consideração.
Ficou tão contente que vagou pelas ruas com as lágrimas
correndo pela face.
O elogio, o incentivo que recebeu por ver um conto seu no
prelo, mudou toda sua carreira e, não fosse isto, talvez passasse toda a vida
naquele infeto armazém pregando rótulos...
Este rapaz, era Charles Dickens, um dos mais famosos romancistas
ingleses da era vitoriana; este, contribuiu grandemente para a introdução da
critica social na literatura de ficção inglesa.
Elogiar, ao invés de criticar, este é o conceito básico dos ensinamentos
de B. F. Skinner(7). Esse grande psicólogo contemporâneo, comentado
anteriormente, demonstrou através de experimentos com animais e seres humanos
que quando se diminui a crítica e se enfatiza o elogio as coisas boas que as
pessoas fazem recebem reforço e as coisas más são atrofiadas por falta de
atenção.
Este método é o indicado pela Psicologia clássica, pelos
autores do Racionalismo Cristão e tantos outros teóricos sensatos,
principalmente com crianças.
Ao que parece, como acontece em tantas famílias, a forma
principal de comunicação empregada pela mãe e pelo pai é o grito. E, como em tantos
casos, a cada episódio, as crianças pioram em vez de melhorar; o mesmo
sucedendo com os pais, tal método (elogio - reforço positivo) deve ser
experimentado.
Flavio Faria decidiu empregar alguns destes princípios, aprendidos
desde a época do curso de Psicologia, para lidar com os quatro filhos e poder
modificar para melhor a sua situação doméstica no que se refere ao
comportamento dos mesmos.
Resolvemos certa feita, utilizar o elogio, em vez de acentuar
as faltas da nossa menina mais nova. Não foi fácil, uma vez que só conseguíamos
enxergar e ressaltar as coisas negativas que ela fazia.
Conseguimos encontrar, dentro da rotina diária dela, algumas
atividades muito bem feitas e ressaltávamos, elogiando-as.
Logo no primeiro ou no segundo dia, utilizando este método,
deixou de fazer algumas das coisas desagradáveis.
Em pouco tempo, algumas de suas faltas desapareceram.
Começamos então a nos concentrar nos elogios que lhe
fazíamos. Chegou assim, a se empenhar em fazer coisas corretas.
Naturalmente isso é temporário mas o padrão de comportamento
alcançado após o nivelamento das ações, mostra-se bem melhor.
Procuramos, desde então, diminuir ao máximo as reações que
tínhamos.
As crianças passaram a praticar mais ações boas que más.
Tudo isso resultou do elogio ao menor sinal de
desenvolvimento das crianças ao invés da crítica enfática aos erros.
Sim, caro leitor, você que está
lendo estas linhas, possui poderes de várias espécies que habitualmente deixa
de usar e um destes poderes que você com certeza usa menos do que devia é a
mágica habilidade de elogiar as pessoas, incentivando-as com a compreensão das
suas possibilidades latentes.
Com a crítica, a capacidade
declina; com o estímulo, floresce.
Para você se tornar uma pessoa
mais eficiente, aplique o próximo princípio;
PRINCIPIO 27
ELOGIE O MENOR PROGRESSO E TAMBÉM CADA NOVO PROGRESSO. SEJA
"CALOROSO EM SUA APROVAÇÃO E GENEROSO EM SEU ELOGIO"
ENFATIZE
A BOA REPUTAÇÃO DO OUTRO
“O homem médio", dizia um dos maiores industriais
brasileiros, presidente de um conglomerado de empresas de alimentos, "pode
ser dirigido prontamente se merecer consideração e se você demonstrar que o
considera devido a alguma espécie de habilidade".
O que é que se faz normalmente, quando o homem que vinha se
mostrando um bom funcionário começa a relaxar no trabalho?
Pode ser despedido,
mas isso pouco resolverá no contexto geral. Pode ser repreendido, porém isso,
com frequência causa ressentimento.
João Alberto, encarregado da oficina de uma grande revendedora
de caminhões, em Guarulhos Estado de São Paulo, tinha um mecânico cujo trabalho
exemplar vinha decaindo em qualidade a ponto de se tornar insatisfatório.
Em lugar de chamar-lhe a atenção ou ameaçá-lo o Sr. João
Alberto chamou-o ao escritório e conversou com ele francamente.
Robson, disse:
- "Você é ótimo mecânico. Tem trabalhado nesse ramo há
muitos anos. Já consertou muitos veículos e sempre recebeu elogios dos
clientes. De fato nós só podemos falar bem do seu trabalho em todos esses anos.
Ultimamente, porém, você tem demorado mais tempo para terminar um determinado
trabalho e a qualidade, comparada à sua experiência anterior, está deixando a
desejar. Como no passado você se destacou entre os demais mecânicos eu pensei
que gostaria de saber o meu diagnóstico da atual situação e talvez juntos
possamos encontrar uma maneira de corrigir esse problema."
Robson respondeu que não tinha percebido essa queda de
qualidade; afirmou que o trabalho que vinha fazendo estava dentro das suas
capacidades e que a partir de agora, procuraria melhorar.
Foi o que ele fez? Naturalmente que sim.
De novo, tornou-se o melhor mecânico da firma.
Com a reputação prestigiada pelo senhor João Alberto que
outra coisa faria ele senão manter um nível de qualidade semelhante ao do
passado?
Fernando Assis, representante de vendas de uma companhia
alimentícia, estava muito entusiasmado com a nova linha de produtos
recentemente introduzida no mercado; porém, bastante contrariado porque o gerente
de um importante supermercado tinha desistido de comprar esses produtos.
Fernando pensou, meditou durante o dia inteiro sobre a
recusa e decidiu, antes de ir embora para casa, voltar ao supermercado e tentar
de novo convencer o gerente.
Sr. Thiago começou, "depois que conversei com o senhor
hoje pela manhã, dei-me conta de que deixei de lhe apresentar todo o quadro da
nossa nova linha de produtos. Gostaria de lhe falar sobre alguns pontos que me
esqueci de mencionar. Respeito o fato de vocês estarem sempre dispostos a nos
dar atenção e serem bastante fortes e capazes de mudar de ideia quando os fatos
justificam uma mudança."
Você acha que o Sr. Thiago negou-se a ouvi-lo? Qual nada,
porque havia aquela reputação para manter viva.
Certa manhã, o Dr. Jorge, dentista, ficou chocado com uma
cliente quando esta lhe disse que o porta-copos de metal, que ela usava para
lavar a boca estava sujo. Com efeito, a paciente usava o copo de papel ao invés
do porta-copos mas certamente era anti-higiênico manter um equipamento embaçado
e sujo.
Quando a paciente se foi, o Dr. Jorge entrou no escritório e
escreveu um bilhete a Maria Luzia, a funcionária da limpeza, que trabalhava no
consultório duas vezes por semana.
Ele escreveu o seguinte:
"Minha cara Maria
Luzia,
Vejo-a tão pouco
que decidi parar um instante e agradecer-lhe pelo excelente serviço de limpeza
que vem fazendo. A propósito, penso que 2 horas de serviço, 2 vezes por semana,
são insuficientes; desse modo, se quiser fazer uma hora extra de vez em quando
esteja à vontade principalmente se achar necessidade de limpar pequenas coisas,
como por exemplo polir o porta-copos e assim por diante.
Naturalmente eu a
pagarei por essa hora extra sempre que você precisar.”
No dia seguinte, quando Dr. Jorge chegou ao consultório,
relatou:
"Minha escrivaninha estava brilhando, minha cadeira
estava brilhando, a ponto de quase escorregar ao sentar-me nela. O próprio
porta-copos de metal brilhava como nunca.”
Dr. Jorge havia dado à mulher da limpeza uma reputação que ela
precisava manter e, devido a esse pequeno gesto, ela acentuou todos os seus
esforços passados.
Quanto tempo mais ela em pregou para fazê-lo?
Exatamente: nenhum.
Em suma, se você quer aumentar a capacidade de uma pessoa
num determinado ponto, aja como se este traço particular fosse já uma das suas
características marcantes.
Shakespeare disse:
"Finja uma
virtude, se não a tiver".
E pode ser bom declarar abertamente que a outra parte tem a
virtude que você deseja ver desenvolvida nela.
Utilize sempre este princípio:
PRINCÍPIO 28
CRIE
UMA FINA REPUTAÇÃO PARA ZELAR, E O OUTRO FARÁ ESFORÇOS PRODIGIOSOS PARA NÃO O VER
DESILUDIDO A SEU RESPEITO
FAÇA O ERRO PARECER CORRIQUEIRO
Caro leitor, procure ser liberal; faça com que o trabalho que
deseja pareça fácil de ser executado; deixe a outra pessoa compreender que você
tem confiança na sua habilidade para fazer uma determinada coisa, que ela tem
uma capacidade latente para isto e ela trabalhará para fazê-lo até que a
madrugada entre pela sua janela, unicamente com o objetivo de se sobressair.
Manuel Messias, professor de natação, Palmas, Estado de
Tocantins, contou como o incentivo e o fato de fazer o erro parecer fácil de
corrigir, mudou completamente a vida do seu filho.
Em 1990, seu filho Anderson, então com 15 anos de idade, veio
para Palmas, morar com ele. Em 1980, ele sofrera um acidente automobilístico
que o deixara com uma deformação na cabeça e com uma cicatriz que se estendia
pela testa.
Em 1985, Manuel Messias divorciou-se e o menino se mudou com
a mãe para Goiânia, Estado de Goiás. Até os 15 anos, seu filho frequentou as aulas
de um curso especial. Talvez por causa da cicatriz os diretores da escola
concluíram que ele tinha alguma lesão cerebral que o impedia de aprender
normalmente.
Estava 2 anos atrasado em relação ao grupo de meninos da
idade dele. Estava na 7ª série, desconhecia ainda a tabuada, fazia somas
contando nos dedos e mal conseguia ler. Havia um aspecto positivo. Adorava
mexer em aparelhos de rádio, televisão e computadores. Queria ser um técnico no
assunto.
Manuel Messias o estimulou e disse-lhe que precisaria da
matemática para exercer essa profissão. Resolveu ajudá-lo a dominar a matéria.
Obtive, disse Manuel, quatro jogos de cartas de baralho educativo: de
multiplicação, divisão, adição e subtração.
À medida que jogavam, colocavam as respostas certas num
monte de descarte. Quando o menino errava uma, Manuel lhe dava a resposta certa
e colocava a carta no monte de repetição, até que passaram por todas as cartas.
A cada acerto, Manuel lhe fazia grandes elogios,
principalmente nas cartas em que ele tinha errado anteriormente.
Toda noite repassavam as cartas de repetição até terminarem.
Prometeu-lhe que conseguiria acertar cada uma das cartas em 8
minutos. Ao menino, isso pareceu impossível.
Na primeira noite ele levou 52 minutos; na segunda, 48, e
daí em diante 45, 44, 41, até alcançar 40 minutos.
Comemoravam cada redução de tempo. Manuel Messias chamava a esposa e todos
comemoravam.
Ao final do mês o menino dava conta de cada carta em 8
minutos.
Quando fazia uma pequena melhora, pediam que ele a
repetisse.
Foi assim que o menino percebeu deslumbrado, que o
aprendizado era uma brincadeira muito divertida.
Naturalmente começou a obter melhores notas em álgebra. É
impressionante como a álgebra fica fácil quando se sabe multiplicar.
Surpreso, ele mostrou ao pai a nota B em matemática. Isso
nunca tinha acontecido antes. Rapidamente outras mudanças foram ocorrendo.
Melhorou a leitura e começou a empregar seus dons naturais para desenhar.
Quando o fim do ano chegou, seu professor de ciências
encarregou-o de fazer uma exposição. O menino desenvolveu uma série de modelos
altamente complexos para demonstrar o efeito das alavancas. Isso exigia uma
habilidade no desenho, na construção dos modelos e principalmente na matemática
aplicada. A exposição recebeu o 1º prêmio e em seguida participou de uma
competição ao nível municipal onde ganhou o 3º prêmio.
Foram esses os resultados.
Aquele era o menino que estava atrasado 2 anos, que havia
sido julgado incapaz por ter um “cérebro lesado” e que fora chamado de
"Frankenstein" pelos coleguinhas que diziam que ele devia ter perdido
todo o cérebro através do corte na cabeça.
Subitamente ele tomou consciência de que podia aprender e realizar coisas.
O resultado?
Do final do segundo semestre da 8ª série até a
universidade, ele nunca deixou
de se distinguir e, na universidade, foi dos melhores alunos.
Uma vez descoberta a facilidade do aprendizado, toda a sua vida sofreu uma
transformação.
Se você, caro leitor, quer ajudar
os outros a se aperfeiçoarem, lembre-se:
PRINCIPIO 29
EMPREGUE O INCENTIVO, FAÇA O ERRO PARECER FÁCIL DE CORRIGIR
TORNE
O OUTRO SATISFEITO, OBEDECENDO VOCÊ
Caro leitor, saiba que é perfeitamente possível deixar uma
pessoa feliz fazendo as coisas que você quer que ela faça.
Dr. Arildo dos Reis, falou sobre o incentivo que deu ao
filho para que este realizasse um determinado serviço de que fora incumbido.
Uma das tarefas de Marcelinho era pegar as peras que caíam
de algumas poucas pereiras para que o caseiro, que estava aparando a grama, trabalhasse
sem interrupções para apanhá-las.
Marcelinho detestava esse serviço e, com frequência, deixava
de fazer ou o fazia mal feito, obrigando o caseiro a pegar várias das peras
deixadas por ele.
Ao invés de me defrontar cara a cara com ele, disse Sr.
Arildo, simplesmente disse-lhe:
Marcelinho, vou fazer um trato com você. Para cada 6 peras
que pegar, pago-lhe 1 real. Mas, terminada a sua tarefa, para cada pera que eu
encontrar no pomar, tomo-lhe 1 real.
O que acha dessa proposta?
Como era de se esperar, ele pegou todas as peras e também
precisei vigiá-lo, temendo que subisse na pereira e pegasse mais algumas para aumentar
o número de peras apanhadas.
Certo amigo nosso, um homem que tinha que recusar muitos
convites para falar, convites feitos por amigos, vindos de pessoas; escolas,
associações, etc. e o fazia com tal habilidade que o solicitante, no final,
ficava satisfeito com a sua recusa.
Como o fazia?
Nunca falava sobre o fato de estar ocupado demais e mais
isto e aquilo. Depois de expressar sua apreciação pelo convite e o seu pesar
por não poder aceitá-lo, sugeria um orador substituto.
Em outras palavras, a outra pessoa sequer tinha tempo de
ficar descontente. Imediatamente a fazia ficar pensando em vários oradores que
podia conseguir no seu lugar
.
Carlos Alberto, gerente de um supermercado, falou-nos sobre
uma funcionária subordinada sua. Era tão negligente que chegava a inverter as
etiquetas de preços nas prateleiras onde os produtos estavam expostos.
Os fregueses ficavam confusos e freqüentemente se queixavam.
Avisos, repreensões, discussões, nada disso fazia com que
ela se corrigisse. Finalmente o Sr. Carlos chamou-a ao escritório e comunicou
que a partir daquele momento ela passaria a ser a supervisora do departamento
que remarcava os preços e que, portanto, seria a responsável pelo bom andamento
daquele serviço.
Sua atitude mudou completamente com essa nova
responsabilidade, cumprindo suas funções de maneira mais do que satisfatória.
Criancice? Talvez. Mas foi isso que disseram de Napoleão quando
criou a Legião de Honra e distribuiu 15.000 cruzes aos seus soldados, promoveu 18
dos seus generais a "marechais de França" e chamou suas tropas de o
"Grande Exército".
Napoleão, na ocasião, foi criticado por estar dando
"brinquedos" aos seus veteranos, ao que replicou:
"Os homens são
dirigidos por brinquedos".
Caso tenha a intenção de modificar
atitudes ou comportamentos, mantenha viva em sua mente, o seguinte roteiro:
* SEJA SINCERO.
Só prometa o que puder cumprir. Concentre-se nos benefícios dos demais;
* SAIBA EXATAMENTE
O QUE DESEJA QUE A OUTRA PESSOA FAÇA;
* SEJA SIMPÁTICO.
Pergunte a si mesmo o que a outra pessoa realmente deseja;
* REFLITA SOBRE OS
BENEFÍCIOS QUE A OUTRA PESSOA RECEBERÁ
FAZENDO O QUE VOCÊ
SUGERE;
* FAÇA COM QUE
ESSES BENEFÍCIOS VENHAM AO ENCONTRO DOS DESEJOS DA OUTRA PESSOA;
* QUANDO DER SUA
ORDEM, FORMULE-A DE MODO QUE A OUTRA
PESSOA A ENTENDA
COMO BENÉFICA PARA ELA;
Podemos dar uma ordem lacônica como esta:
"João, alguns clientes virão amanhã e será conveniente
que o depósito das mercadorias esteja limpo. Limpe-o, empilhe as mercadorias
nas estantes e passe um pano no balcão".
Podemos também, expressar a mesma ideia mostrando a João, os
benefícios de realizar a tarefa com rapidez:
"João, nós temos
um serviço que precisa ser feito imediatamente. Se o fizermos agora,
mais tarde nem precisaremos nos preocupar com ele.
Amanhã vou trazer
uns clientes para mostrar as vantagens que temos a oferecer. Penso em lhes
mostrar o depósito, mas ele está em desordem.
Se você puder
limpá-lo, empilhar direitinho as mercadorias nas estantes e lustrar o balcão
mostrariam a eles que somos eficientes e você
terá contribuído para dar uma boa imagem da empresa.”
João ficará feliz fazendo o que você sugeriu?
Talvez não muito feliz, porém, mais feliz do que se você deixasse
de mostrar os benefícios. Supondo que você saiba que João se sentirá orgulhoso
do estado impecável do depósito e tem interesse em contribuir para melhorar a
imagem da firma, muito provavelmente ele cooperará com o trabalho.
Um fator importante terá sido mencionar que o serviço
precisaria ser feito de qualquer forma mas que fazendo-o naquele momento, ficariam
sossegados mais tarde.
É ingenuidade, caro leitor, acreditar que as pessoas
reagirão sempre favoravelmente a tais abordagens, porém, a experiência mostra
que com esses princípios é possível mudar mais atitudes e, se você aumentar a
sua probabilidade de sucesso em apenas dez por cento, você se tornará dez por cento
mais eficientes como um líder e esse será o seu benefício.
Há realmente mais chances das pessoas fazerem o que você deseja,
quando o emprega.
PRINCIPIO 30
CONSIGA A
SATISFAÇÃO DO OUTRO REALIZANDO SUAS SUGESTÕES
PALAVRAS
FINAIS
Caro
leitor, você deve ter percebido que estes 30 princípios sugeridos por Dale
Cornegie, adaptados aqui, princípios estes que sobrevivem há quase um século,
em função de sua comprovada eficácia, melhorando a vida profissional, social e
amorosa de muitos dos que os conhecem e praticam, são realizáveis na medida em
que você e eu consigamos nos manter serenos.
Esta,
é a condição básica para o correto uso do raciocínio e lógica suficientes, a
fim de que esta orientação de conduta, seja colocada em prática, até chegarmos
ao ponto de incorporarmos estes princípios e possamos agir de maneira bem
natural.
A
doutrina espiritualista racionalista cristã tem como um dos principais recados,
a necessidade de buscarmos a serenidade otimista em nosso viver, usando na sua
plenitude o raciocínio, atributo básico e latente no ser humano, em todas as
situações problemas que se nos apresentem.
Esta
doutrina filosófica, enfatiza também, a necessidade de dominarmos os instintos,
através deste estado de calma, superando as reações primitivas, quase sempre
erradas, buscando, pois as melhores intuições para ação e vencer cada obstáculo
apresentado, por menor que seja.
Luiz
de Mattos concebeu um método a ser utilizado pelo ser humano, onde a higiene
mental, a autoanálise, o desenvolvimento do raciocínio e explicações lógicas,
racionais e científicas são dadas; proporcionando ao simpatizante, explicações
muito interessantes sobre o Todo e qual deve ser o nosso papel, neste contexto.
Flavio
Faria, acredita ser muito interessante aos leitores conhecerem, estudarem e
refletirem sobre esta doutrina filosófica, cuja expressão título é Racionalismo
Cristão. Para isso, uma página na internet cujo endereço http://racionalismocristao.net/
pode ser acessada, com todas as informações, uma biblioteca virtual a
disposição dos interessados, onde os 40 principais títulos podem ser baixados
gratuitamente, assim como mais links interligados e muito interessantes, complementam
o material didático oferecido.
Além
desta forma, as quase 170 casas racionalistas cristãs, espalhadas pelas 3
Américas, África, Europa e Escandinávia; do Jornal A Razão e dos livros que
poderão ser encontrados nas livrarias destas casas, ou adquiridos pelo correio,
complementam as fontes de informação e proposições desta doutrina filosófica.
APÊNDICES
SOBRE O AUTOR
Flavio Faria, nascido em 13 de
dezembro de 1960 na cidade de Santos-SP, é o segundo de três filhos do casal
Fernando Faria e Sonia Paronetto Faria.
Sua
formação acadêmica iniciou-se na “Escolinha da Tia Augusta” com aproximadamente
cinco anos de idade. Posteriormente, no “Parque Municipal Martin Afonso”, onde
ele e seus vizinhos, todos na mesma faixa-etária não se adaptaram, principalmente
pelos lanches de qualidade duvidosa aos quais eram obrigados a fazer.
Aos
sete anos, é matriculado no Colégio Marista de Santos, onde permanece até o
terceiro ano colegial.
Submete-se
em 1979, ao processo seletivo para o Núcleo de Preparação de Oficiais da
Reserva (NPOR) da Infantaria do Exército, onde se escolhem trinta dentre mais
de dois mil candidatos.
Forma-se
Aspirante a Oficial de Infantaria do Exército Brasileiro; submete-se ao estágio
probatório e é promovido a 2º Tenente da Reserva em 26 de dezembro de 1980.
Aprovado
em 1979 no exame vestibular para o curso de Engenharia Civil na Universidade de
Taubaté-SP.
Percebe grande influência, no seu desempenho
escolar, dos estados emocionais advindos dos processos de relacionamentos pessoais;
a ponto de convencê-lo a mudar de carreira. Estamos aí no primeiro quinquênio
dos anos 80 e o mesmo entra no mercado mobiliário ( Bolsa de Valores) por
influência de seu primo e também do tio; obtendo significativo sucesso.
Em dado momento, diversificando
seus ganhos, entra para o comércio. Analisou cuidadosamente qual ramo lhe
proporcionaria o melhor retorno financeiro, facilidade na gestão e ainda,
estivesse dentro da legalidade. Optou por adquirir uma Casa de Café Expresso.
Junto com um colega de infância e também companheiro de Engenharia; adquiriram
a primeira casa, chamada “ Café Society”.
Um ano após, adquiriram uma
segunda Casa; foi onde o mesmo percebeu que era solicitado sempre pelos
frequentadores, pedindo-lhe conselhos, aos quais não sabia como proceder... O
questionamento sobre a vida e o viver, advindo do espiritismo, budismo,
ocultismo e mesmo do racionalismo cristão, colocavam-no a se questionar do por
que estar aqui! Apenas para adquirir mercadorias e revendê-las com lucro? Especular
na Bolsa de Valores? Haveria de achar algo mais útil, com maior retorno
espiritual.
Foi quando começou a cogitar a
possibilidade de fazer Psicologia.
Fez curso pré-vestibular no regime
intensivo, para recordar conhecimentos escolares e treinar o convívio harmônico
com os futuros colegas de classe dez anos mais jovens em média.
Passou no vestibular para
Psicologia na Universidade Católica de Santos e ao dar por si, terminava o
mesmo.
É especialista em Terapia
Regressiva Vivencial Peres, pelo INTVP. Também especialista em Neurolinguística
pela UNAERP, é practittioner e Máster-Practittioner em Programação
Neurolinguística, pelo Instituto Holon-SP.
Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia Transpessoal. Especialista
em Gestão Integrada do Trânsito. Aluno do curso de pós-graduação Lato-sensu em
Neuropsicologia na Escola Paulista de
Medicina.
Exerce atualmente a função de
Psicólogo Perito Examinador de Trânsito, há quatorze anos; credenciado em São
Vicente-SP. Presta consultoria na execução de laudos técnicos de Psicologia, em
processos de seleção, professor universitário nos cursos de pós-graduação em
Psicopedagogia Institucional e Psicopedagogia Clínica, Gestão Escolar I e II. É
também psicólogo clínico, dentro da abordagem Transpessoal.
Casado com a Sra. Gilmara Berndt
Faria, dois casais de filhos, residindo em Guarujá-SP.
Atualmente está Diretor de
Biblioteca da Filial Berço do Racionalismo Cristão, em Santos-SP.
CITAÇÕES
1-
CORNEGIE, Dale; Como fazer amigos e
influenciar pessoas,45ª edição, Rio de Janeiro, Companhia Editora Nacional,
2000.
2-
MATTOS, Luiz José; Racionalismo Cristão, biblioteca virtual do Racionalismo
Cristão, Rio de Janeiro, 2006.
3-
SEQUEIRA, Henrique Carlos; O Meu Depoimento Sobre o Todo, biblioteca Virtual do
racionalismo Cristão, Rio de Janeiro, 2007.
4- COTTAS, Maria; Páginas Soltas, biblioteca virtual do Racionalismo
Cristão, Rio de Janeiro, 2006.
5- BANDLER,
Richard & GRINDER, John; Sapos em
Príncipes, ed. Summus, SP, 1ª ed. 1979.
6- WILLIAM, James;
As variedades da experiência religiosa: Estudo sobre a natureza humana, Harvard
Uiversity Ed., USA, 1902.
7- SKINNER, B. F;
Ciência e comportamento Humano; Harvard University, USA, 1953.
8- SELYE, H; O stress na vida; MCGILL University of
Montreal Edit., Canadá,1956
9- FREUD, Sigmund;
Obras Completas, Imago editora, São paulo, 1978.
10- DEWEY, John;
Psicology, U.S.A, 1887.
11- OVERSTREET, Harry; Influencing Human Behavior, U.S.A., 1965.
12- ADLER, Alfred; What Life Should Mean to You;
Austria, 1954.
13- WOODROL Wilson, presidente dos Estados Unidos da América, por duas
vezes consecutivas; 1912 – 1921, laureado com o premio Nobel da Paz, em 1919.
14- OVERSTREET Henry A., Influencing Human Behavior , New
York, Norton editors, 1925.
15- GATES, Arthur I; Educational
Psichology, National library of Australia edit. 1890.
BIBLIOGRAFIA
- VIBRAÇÕES DA INTELIGÊNCIA
UNIVERSAL, Luiz de Mattos, ed.Internet, RJ, 9ª edição, 1991.
- RACIONALISMO CRISTÃO, Luiz de
Mattos, ed. Internet, 42ª edição., 2003.
- PELA VERDADE, Luiz de Mattos,
ed. Internet, RJ, 9ª edição, 1993.
- O MEU DEPOIMENTO SOBRE O TODO,
Henrique Carlos Sequeira, ed. Internet, Portugual, 2007.
- COMO FAZER
AMIGOS E INFLUENCIAR PESSOAS, Cornegie Dale,45ª edição, Rio de Janeiro,
Companhia Editora Nacional, 2000.
- COMO FAZER
AMIGOS E INFLUENCIAR PESSOAS para adolescentes, Cornegie Donna Dale,3ª
edição, Rio de Janeiro, Editora best Seller Ltda., 2008.
- SAPOS EM PRÍNCIPES, Richard
Bandler e John Grinder, ed. Summus, SP, 1ª ed. 1979.