COMPREENDA
OS PRINCÍPIOS CODIFICADOS POR
LUIZ DE MATTOS
FLAVIO FARIA
2009
SUMÁRIO
Introdução
Princípios Básicos
Deus
O Universo
O Aura
O Espírito
O Corpo Fluídico ou Perispírito
A Vida na Terra
O Pensamento
O Livre Arbítrio
A Mediunidade
A Obsessão
Ser Racionalista Cristão
Apêndices
Citações
Bibliografia
AGRADECIMENTOS
Aos companheiros José
Carlos Ferro e Haroldo Reis;
à Dra. Jane Teixeira Carvalho Ota, todos,
prestando
valiosa ajuda na
revisão deste.
DEDICATÓRIA
Aos companheiros
militantes Cléa, Dolores, Filiogônio Gonçalves,
Haroldo Reis, João Ambrósio, Luiz Carlos, Marco Antonio e Zuleika, participantes do Grupo de Estudos
2008 da Filial Berço, sobre
o livro Racionalismo Cristão, 43ª edição;
pois, das nossas
dúvidas, foi concebido este trabalho.
INTRODUÇÃO
O Racionalismo
Cristão, materializado nas diversas Casas espalhadas pelas Américas, África e
Europa, procura receber os que se achegam pessoalmente, seja acompanhando um
parente ou amigo ou pelo sofrimento de ordem moral e física. Presente também
pela Internet, através do seu portal http://racionalismocristao.net/, da web-rádio A Razão, da web-tv A Razão e do
Jornal A Razão, além das dezenas de obras editadas.
Acolhe a todos
com muito prazer, respeito, educação e consideração, procurando incentivá-los
através de boas palavras, a trilharem o caminho da moral, forma mais eficiente
de se alcançar o estágio de tranqüilidade e felicidade, possíveis aqui no
planeta Terra, enquanto encarnados.
Uma vez que decidiu-se
implantar um grupo de estudos sobre a Doutrina Racionalista Cristã, na Filial
Berço em Santos-SP, no segundo semestre de 2008, conforme demanda dos próprios
militantes e o apoio irrestrito do então presidente desta Filial, Sr. Haroldo
Reis; escolhido o material de estudos, materializado no livro básico intitulado
Racionalismo Cristão, na sua 43ª edição, o autor deste, Flavio Faria, enquanto
dirigia os trabalhos nos dois grupos que se formaram, anotava os pontos
geradores de dúvidas.
Como teve, o
autor, à oportunidade de estudar praticamente todos os livros desta doutrina
filosófica, resolveu colher textos do próprio codificador Luiz de Mattos e formar
este pequeno trabalho, cuja finalidade é esclarecer o básico dos princípios, extraindo
colocações, da forma mais direta e simples possível, com intuito de despertar a
curiosidade do simpatizante do Racionalismo Cristão para o estudo mais acurado
e constante das obras já editadas pelo Racionalismo Cristão.
Antes de
iniciar a explanação teórica paulatina, que constitui o conteúdo deste livro,
necessário se torna esclarecer alguns velhos princípios que são apenas uns e
devem ser ministrados a todos.
Descartes(1596-1650),
considerado o pai da Filosofia moderna disse que:
- “Distinguir o falso do verdadeiro, é o
único meio de ver claro em suas ações e
de caminhar com segurança nesta vida. Um perfeito conhecimento de todas as
coisas que o homem pode saber é tão necessário para regular os nossos costumes,
como o uso dos nossos olhos para guiar os nossos passos. Trabalhemos para bem
pensar; eis o princípio da moral”.
Os que
desejarem estudar e compreender, já escreveu Luiz de Mattos, aprenderão a bem
pensar, afastar os maus e conjurar-se aos bons, debelando anomalias no viver
cotidiano, a partir do autoconhecimento cada vez melhor, contribuindo assim
para o seu progresso, bem como para o da humanidade.
O progresso é
uma necessidade do espírito; tanto o progresso material e intelectual como
também o espiritual.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Luiz de Mattos
utilizou-se do princípio da moral, indicado por Descartes(1), desde há muito,
como sendo um resumo das palavras do filósofo, orador, escritor, advogado e
político romano, Cícero(2) (106 a.C.- 43 a.C.), a cerca do homem honrado; disse
Cícero:
-“Observar pontualmente todas as regras que
podem constituir o homem honrado é o mesmo que satisfazer todas as obrigações e
cumprir todos os documentos que respeitam a todas as partes e todas as ações da
vida”.
Tudo o que se
pode chamar de honrado, se reduz a quatro princípios básicos, são eles:
- Prudência;
perspicácia que nos obriga a buscar e descobrir a verdade.
- Justiça;
guardar as leis e a fé dos contratos, dando a cada um o que é seu.
- Valor;
grandeza de animo, que não se abate jamais por razão alguma, nos faz capaz das
maiores proezas
- Moderação;
uso da ordem e nas corretas medidas que devemos observar em todas as nossas ações e palavras.
Isto a que
podemos chamar de homem honrado, diz o mesmo Cícero, por Luiz de Mattos, é uma
virtude que reside nas qualidades já adquiridas pelo espírito e no uso que
fazemos das mesmas.
Luiz de
Mattos, também cita o poeta romano Horácio(3) (65 a .C.- 8 a .C.), sobre o homem honrado
ser aquele que vence a si mesmo, a quem a morte, a pobreza e os trabalhos não o
atemorizam e que sabendo reprimir os seus desejos intemperados, despreza as
honrarias.
A pessoa que
ignorar em vida tais princípios ou, então, conhecendo-os não os colocar em
prática, será fatalmente um infeliz.
Portanto, só
pode ser livre, aquele que for honrado; só pode ser honrado aquele que for
esclarecido e só será esclarecido o que se conhecer a si mesmo, a sua
composição física e astral.
Conhecendo-se a si próprio, o ser conhecerá a
composição do Universo e como a estes, partículas do Grande Foco do Universo,
se aplica a Lei da Atração dos Corpos.
Com tais
conhecimentos, saberá definir e explicar os fenômenos que forem observados,
acabando com os velhos conceitos de milagre e o sobrenatural, produtos da
ignorância humana e que o visível assim como o invisível, obedece a Leis Comuns
e Naturais que regem todos os corpos e seres existentes no Universo.
Estas verdades,
colocadas entusiasticamente por Luiz de Mattos, nos idos de 1914/1915, são tão
velhas quanto a humanidade.
Os povos da
antiguidade, habitantes da Índia, Egito e Grécia, bem antes da era de Cristo já
o sabiam.
Na Índia, três
mil anos antes de Cristo, surgia dentre sua já grande população, Krishna(4),
que proclamava a existência de um único Deus, a imortalidade da alma, seu
progresso através das múltiplas reencarnações e deduzia de tais ensinamentos a moral puríssima.
Krishna falava
de Deus, como ocupando todo o Universo.
Sobre a
imortalidade da alma dizia:
-“O corpo, invólucro da alma, que faz dele
sua morada., é uma coisa finita,
porém a alma que o habita, é invisível imponderável, incorruptível e eterna. O
homem terrestre é tríplice orgânico, como a divindade que reflete;
inteligência, perispírito e corpo-carnal”
Sobre a
reencarnação, falava ainda:
-“ Quando o corpo morre, se o ser for esclarecido
na Terra, a alma ascende às regiões desses seres puros, que possuem o
conhecimento do Altíssimo, mas se a alma quando encarnada na Terra se deixou
dominar pelas paixões, pelos desejos intemperados, é então obrigada a voltar de
novo a Terra, para recuperar o tempo perdido. Eu e vós outros temos tido
múltiplas reencarnações. As minhas, só de mim são conhecidas, enquanto que vós
não conheceis nem as vossas”.
A cerca da
Moral, dizia Krishna:
-“ Os males com que atormentamos o nosso
próximo nos perseguem como a nossa sombra ao nosso corpo.
As
obras de cujo móvel é o amor ao próximo devem ser ambicionadas pelo justo,
porque são as que mais pesarão na balança celeste.
Se freqüentares os bons apenas, teus
exemplos serão inúteis; não temas viver entre os maus, para os atraíres ao bem.
O homem virtuoso é parecido com a árvore das
nossas florestas, cuja sombra benéfica, dá as plantas que a rodeiam, a frescura
da vida...”
Outro
personagem relevante da História da Humanidade, que Luiz de Mattos utilizou;
Hermes(5), autor de um conjunto de textos sagrados do antigo Egito, de muitos
mil anos antes de Cristo, afirmava:
-“ Que Deus era o único que vivia em
substância, gerador de tudo quanto existia no Céu e na Terra e o único que não
fora gerado.
- Que os seus atributos eram a imensidão, a
eternidade, a independência, a vontade toda poderosa e a bondade sem limites.
- Que o nosso pensamento não pode conceber
Deus tal qual é, nem linguagem alguma defini-lo. O que é incorpóreo, invisível,
sem forma, não pode medir-se pela curta regra do tempo. Deus é infalível.
- Dizia ele
ainda e continuaram depois dele os sacerdotes dos templos egípcios, sobre o
destino da alma, sua imortalidade e reencarnação que o espírito do homem tem
duas fases; cativeiro na matéria e ascensão à luz.
Disse Hermes
também que, as almas são filhas do céu. Durante a encarnação perdem a recordação
da sua origem celeste. Cativa da matéria, embriagada pela vida, se precipitam
como chuva de fogo, com sensação de deleite, através das regiões do sofrimento,
do amor e da morte até a prisão terrena, onde a vida divina parece um sonho
vão!
Disse ainda
que as almas baixas e perversas, permanecem amarradas a terra, porém, as almas
virtuosas, como que providas de asas, se elevam às esferas superiores, nas
quais, se impregnam com a luz da consciência iluminada pela dor, com a energia
da vontade adquirida na luta. Fazem-se luminosas, pois que possuem o divino em si mesmas e irradiam essa
divindade em seus atos, etc.
Depois de
Krishna e Hermes, veio a Terra Moisés, que teria sido um dos iniciados nos
templos egípcios, que chegou a ser um dos missionários divinos mais conhecidos,
porque foi o primeiro a revelar à humanidade algumas das grandes verdades,
antes ocultas nos templos em que fora iniciado e reservadas a um pequeno
grupo de eleitos.
Foi Moisés,
conforme Luiz de Mattos quem revelou ao povo israelita, que por sua vez se
encarregou de a divulgar por todo o planeta a idéia de um Deus, condenando a
idolatria.
Vieram
posteriormente os gregos Sócrates, Pitágoras e Platão e todos eles trataram da
imortalidade da alma e da sua reencarnação; por ultimo veio Jesus Cristo, o
meigo, querido filho de Maria. O mártir dos mártires, vitima da ignorância
humana, do atraso dos povos, o qual não só veio esclarecer e ampliar a doutrina
de Moisés, como revelar o que até então
estava oculto nos templos egípcios; o porque de tudo quanto existe no Universo
e como as almas encarnam e desencarnam, sua origem, seus deveres e seus fins.
Tudo o que
narra Luiz de Mattos, jazeu oculto nos templos egípcios, por isso denominado
Ocultismo, portanto confirma-se o velho adágio de que “ Nada de novo há sobre a
Terra”.
Como podemos
ver, os princípios do Racionalismo Cristão além de serem tão velhos quanto o
mundo, quando praticados pelos seres sem ter a vontade firme para o bem, sem
conhecer o valor do pensamento sujeito a esta vontade forte, pode constituir-se
num grande mal para si e para os que o cercam. Por este motivo é que os
egípcios não a quiseram revelar ao povo, pois não estando este, preparado para
compreender, só males poderiam produzir com sua prática.
Para a prática
correta dos princípios Racionalistas Cristãos, é necessário certo empenho, tentar
colocar-se acima das misérias humanas e dos preconceitos, procurar reprimir
desejos intemperados, sendo verdadeiramente cristão, além de procurar conhecer
mais sobre a composição do Universo e da Lei da Atração.
Com tais
conhecimentos racionais e porque não científicos, o indivíduo consegue mais
facilmente praticar o que foi preconizado por Jesus.
O
Racionalismo Cristão, codificado por Luiz de Mattos, no início do século XX,
procura demonstrar a existência do mundo espiritual e suas relações com o mundo
material, fornecendo explicações para uma grande quantidade de fenômenos não
compreendidos.
Luiz
de Mattos, baseado no que observou acurada e minuciosamente dos estudos
científicos de Claude Bernard(6),
considerado o pai da Fisiologia moderna, sobre o que incitava a vida nas
células, como sendo algo que viria de fora dela, pôde chegar à conclusão de que
tudo que no Universo existe, pode ser reduzido a dois elementos básicos: Força inteligenciada e Matéria
cósmica ou (Fluido Astral)!
O Racionalismo
Cristão é claro, direto, sem mistérios ou teorias secretas, tudo é explicado à
luz da razão e lógica científicas.
Uma vez
conhecida à composição básica do Universo como sendo Força e Matéria, fácil se
torna a explicação e compreensão da existência de Deus, na ótica Racionalista
Cristã.
Luiz de Mattos
definiu Deus como sendo “o Gerador de
todos os seres e todas as coisas”.
Apesar disso e para que o leitor compreenda mais facilmente, é
necessário enfatizar que na primeira das substâncias que existe no Universo, a
Força, que se vai encontrar Deus e não como até agora se tem feito dando-lhe
uma feição humana, absurda.
Deus para o Racionalismo
Cristão é espírito. É este Grande Foco de Luz de onde emanam todos os seres e
todas as coisas aos quais se dá vida, incita e movimenta, como a Força una e
única do Universo.
Se assim não
fosse, não poderia ser a alma máter de todos os seres, de todas as coisas e de
todos os mundos que rolam sem se chocar neste espaço infinito e belo, repleto
de luz, harmonia e efluviações esplendorosas.
Deus, se torna
portanto, a grande Força oculta, que não se vê tal qual é mas que se sente, que
movimenta todos os seres e todas as coisas e que forma da matéria Cósmica
Astral, tudo quanto lhe apraz, tudo quanto se vê nos diversos reinos da
natureza, desde a argila ao diamante, do elefante ao menor dos insetos, do
cedro ao líquen, até ao ser humano, partícula mais pura deste grande Todo na
Terra e ainda em purificação.
O invisível,
diz Luiz de Mattos, nos cerca por todos os lados, o corpo físico é a
manifestação da substância simples, ativa e indivisível universal, que o engendra por intermédio do
seu corpo Astral, verdadeiro mediador plástico entre o mundo visível e o
invisível.
Sabe-se há
muito que o corpo físico se dissolve e se reforma inúmeras vezes durante a vida
aqui na Terra; entretanto, apesar dessa transformação constante, fica sempre a
mesma pessoa.
Também, a
matéria do cérebro se renova, porém o pensamento é sempre idêntico a si próprio
e com ele, subsiste a memória, a recordação de um passado, que não participou
do corpo atual (renovado).
Há pois em
nós, afirma Luiz de Mattos, um princípio distinto da matéria, uma força
invisível que persiste e se mantém no meio destas perpétuas substituições.
Sabemos que,
por si mesma, não pode a matéria organizar-se e produzir vida, ela se desagrega
e se divide ao infinito. Em nós, ao contrário, todas as faculdades, todo o
intelecto e moral, agrupam-se a uma unidade central, que se abraça, liga e
esclarece; denominada consciência, é o Eu.
Esse Eu é o
espírito, a alma, partícula deste Todo, desta alma máter de todos os seres, de
todas as coisas, todos os mundos que se denomina Deus.
O primeiro, o
espírito, é uma partícula da Inteligência Universal, é uma fração de Deus!
Sem esta
nítida compreensão de Deus, desta grande Força oculta, deste Grande Foco
Gerador de Tudo quanto existe no Universo, fica inviável ao ser humano
conhecer-se a si próprio e o porque das coisas.
É certo de que
o ser humano necessita saber o que é, conhecer a sua composição física, astral
e mental, para chegar a saber o que deve e poderá ser.
O ser humano
examinando o seu Eu, pelas obras e pensamentos de espírito em depuração neste
planeta e, portanto, perturbado, pode fazer uma idéia aproximada do que seja
Deus, em toda a sua pureza.
Apesar de
assim constituído e relativamente perturbado, o ser humano, com seu orgulho e vaidades
próprias de tal estado pode fazer uma idéia aproximada do que seja Sabedoria,
Justiça, Amor, sem precisar recorrer ao absurdo, ao bizarro e ao sobrenatural,
que nunca existiram.
Pode-se pois,
explicar Deus em espírito e verdade, compreendendo e sentindo como
Ele está em toda parte, tudo incitando e dirigindo de maneira bela e harmônica.
É claro que o
ser humano não pode vê-lo em toda a sua pureza de luz belíssima, concentrada
neste grande Todo, mas pode senti-lo se a isto se dispuser e se colocar acima
das coisas materiais que produzem perturbação espiritual, causa de todos os
males.
Em todo o
conjunto das belezas naturais, é Ele observado, ainda que palidamente.
Sente-o cada
um em si mesmo, quando um bom sentimento o faz emocionar-se, quando por
momentos, abstendo-se das coisas materiais, só pensa no belo e produz obras
repletas de sentimento e de arte.
Pode-se também
senti-lo no perfume das flores, no canto dos pássaros, no bramir das ondas do mar, no marulhar das
cachoeiras, no ciciar das brisas em tardes amenas e noites enluaradas.
Pode-se ter
uma verdadeira idéia de Deus, quando nos dispusermos a voltar a nossa atenção para as coisas
divinas, a este espaço todo luz, beleza, harmonia, carinho, fraternidade e
amor.
Tudo é Luz na
Criação, diz Luiz de Mattos. Em toda a réstea de luz devemos, disse alguém, ver
a imagem de Deus, que outra coisa não é senão luz puríssima, esplendorosa,
radiante e bela que reina no Universo, que tudo anima, incita e movimenta, como
alma máter que é.
Assim descrito
Deus, à luz da razão e dos fatos, fácil será compreender como Ele está em toda
a parte e no próprio homem. Está em toda a parte porque Ele não ocupa lugar,
pois é luz levada a mais fina essência, que tudo penetra, fazendo resplandecer
a Verdade.
Deus, ou
Grande Foco, está em toda parte porque o seu todo anima, movimenta e desenvolve
os seres e as coisas; porque é o obreiro, o artífice deste planeta e a alma de
todos os mundos.
Deus, conforme
Luiz de Mattos, está em toda parte, desde os minúsculos insetos aos enormes
animais, das minúsculas coisas às mais grandiosas, que Ele organiza e distribui
de uma maneira toda natural.
Tudo encerra
numa pequena partícula dessa luz, parte do seu próprio Ser, encarnação de sua
própria essência.
É necessário,
portanto, aos que possuem, aos que aceitam graciosamente estes princípios
lógicos e racionais, arredar de sua consciência a figura materializada do
Criador. Deus, não se mostra tal qual é, mas sim, afirma-se por suas obras e
quanto mais purificado for o espírito encarnado, mais facilmente compreenderá a
sua existência.
O homem, diz
Luiz de Mattos, quanto mais purificado, mais consegue o poder de elevar a sua
alma além das condições do tempo e do espaço, de penetrar todas as coisas do
passado e do futuro, por ínfimas que sejam, mas obedece ao amor e à caridade e
maior contentamento sente quando concorre para que outros partilhem da sua
felicidade, minorando-lhe os padecimentos e prodigalizando-lhes somente
benefícios.
O UNIVERSO
O Universo é a
personificação do infinito. Nele, tudo é luz que irradia, penetrando todos os
mundos, todas as coisas e todos os seres nele existentes, a tudo dando vida,
animação e movimento, diz Luiz de Mattos...
A mente ,
embora possa avançar
até um
certo ponto ,
fica sempre sem
atingir a meta
extrema , que
se encontra sob
o domínio de valores
absolutos .
O que
a respeito do Universo a inteligência
humana já
pode compreender, vem sendo revelado pela
ciência, que enfeixa tais conhecimentos .
Não conseguimos
imaginar o infinito, apenas fazer tentativas. Porém, nessa vastidão imensa,
tudo é luz, vida e movimento, sujeitos a Leis Imutáveis que regem os mundos, os
seres e as coisas.
É nesse espaço
infinito e belo, o Universo, que existe a Essência Divina, de onde vem tudo
quanto no homem existe, inclusive os pensamentos, que são explicados por Luiz
de Mattos como vindos de fora e que atraímos conforme nossa vontade e,
portanto, nosso estado espiritual.
A Terra,
que serve a um
só tempo ,
conforme a ótica Racionalista Cristã, de escola e cadinho depurador a bilhões
de espíritos encarnados é como infinitos
outros planetas ,
semelhante a uma partícula
de pó , em
relação ao Espaço
Infinito. Pertence a modesto sistema solar de uma grande família estelar
que se chama
Galáxia.
O sistema
solar do qual
faz parte a Terra
compõe-se de reduzido número de planetas girando em
torno do Sol. Estes, não têm luz própria .
Ela provém sim, dos raios
solares que
neles resplandecem, como acontece com a Lua cujo brilho
resulta da luz solar
refletida em sua
metade iluminada.
Excluídos os planetas ,
as estrelas que
brilham no firmamento são sóis e, portanto ,
centros de sistemas
solares .
Há sistemas solares
menores do que
o que contém o nosso
planeta como
também os há muito
maiores. Existem ainda outros bastante
complexos , com
vários sóis, e estes ,
de cores diferentes ,
produzem cambiantes de luz de diversas tonalidades ,
em combinações
que se revezam com
o pôr e o nascer de cada sol .
A luz
emitida pelos corpos
solares, idêntica à de qualquer corpo
material, não pode ser
confundida com a Luz
Astral que
representa a Força Inteligente
e enche o Espaço Infinito ,
por ser ela de constituição
inteiramente diversa .
As trevas
da noite nada
significam para o espírito ,
pois este vê através da Luz Astral que penetra todos os corpos ,
até ao mais
ínfimo lugar
no Espaço . Dia
e noite expressam períodos
apenas relacionados com
a vida material .
À distância
de uma galáxia a outra
mais próxima
é de tal magnitude
que ultrapassa a capacidade
de apreciação do espírito encarnado , de percepção
normal .
Esta relação
de grandezas, convida-nos a meditar, na magnificência
do Universo e na modestíssima
participação do nosso planeta na composição
do Todo .
E se o Planeta
é de composição modesta, de igual modo são os seus habitantes , modestos no saber , na inteligência , na espiritualidade e na evolução .
Se todos
vivessem compenetrados dessa realidade , bem menores seriam as influencias das vaidades e tolas presunções
que apenas
refletem um estado
próprio da Terra , pondo em evidência a ignorância e a inferioridade espiritual
dos seus habitantes .
A vida vem a
ser, pois, uma conseqüência dessa verdade, diz Mattos. Poderá ser vivida com relativa felicidade, se o
procedimento de cada ser for baseado no
amor, carinho, tolerância e na caridade para com os seus semelhantes,
pois o ser conforme pensar, assim será.
Neste espaço
infinito, o Universo, escreve Mattos, existem milhares de milhões de mundos,
gravitando. São nestes diferentes mundos que os espíritos, partículas do
próprio Deus, pelas contínuas reencarnações vão, pouco a pouco, em ascendência
contínua, de morada em morada, de esfera em esfera, de mundo em mundo, subindo
gradativamente, numa purificação ininterrupta até chegar a uma esfera de pureza
máxima. Conforme Jesus; “ Na casa de meu Pai há muitas moradas”.
A Inteligência Universal , da qual o pensamento
emana, na sua expressão
máxima , tem poder
ilimitado. Nada existe no Universo sem razão de ser . Nenhuma criação foi obra
do acaso , já
que tudo
obedeceu a uma determinação rigorosamente preestabelecida, mesmo
nos mais
insignificantes pormenores .
O sentido da criação ,
aqui empregado ,
indica transformação da Matéria pela ação da Força Inteligente.
A idealização dos mundos corresponde às exigências da Evolução.
O AURA
Todos os
mundos, planos ou zonas, assim como os corpos humanos, minerais, vegetais e
animais existentes neste e em outros planetas, são circundados por uma espécie
de nuvem ou névoa fluídica, denominada Aura.
O Aura, nuvem,
névoa, atmosfera, que envolve o ser humano, (captados pelo casal Kirlian, em
1939 através das fotos kirlian), era
bastante conhecido pelos povos da antiguidade, como os do Egito, Índia,
China e do Japão.
Da descrição
do Aura, feita por estes povos, resultou para os artistas do ocidente da
Europa, a certeza absoluta da sua existência, confirmada também pela vidência
mediúnica da maior parte deles, daí o dever em que se puseram de retratá-los
nas pinturas, como que envolvendo a cabeça dos personagens santificados pela
Igreja Católica; dando a denominação de auréola ou resplendor, bastante
observados nos períodos da Renascença e mesmo nos atuais.
Conforme o
Ocultismo, os Planos ou Zonas Astrais, o Aura está de acordo com o progresso a
que cada um já atingiu, alcançando a cor escura, opaca, branca, diáfana e
luminosa.
Ainda conforme
o Ocultismo, por Luiz de Mattos, os seres humanos, quando em estado
perfeitamente normal, a cor do Aura é idêntica à do mundo a que pertencem. O Aura do ser humano é a irradiação de seu
corpo intermediário (perispírito ou corpo astral), que o espírito engendra do
próprio fluido que forma o Aura do seu referido planeta.
Todavia, o
Aura humano varia de intensidade e de cor, conforme o uso que o ser faz dos
seus pensamentos, dos quais se torna reflexo. É portanto o Aura, espelho da
alma do ser, ou dos minerais, dos vegetais e dos animais dos mundos.
No Aura do
homem, diz Luiz de Mattos, refletem todos os seus pensamentos, as figuras e
pessoas em que pensa, os desejos bons ou maus, puros ou impuros e em virtude
dessa observação que é possível aos espíritos dizerem tudo quanto o ser pensa e
deseja, sem que o mesmo tenha articulado uma só palavra.
Daí poder
afirmar-se que não existem segredos nas vidas dos seres, pois todos os
pensamentos e atos se refletem no Aura, espelho da alma observados pelos espíritos,
que aos milhares rodeiam os encarnados e também pelos médiuns videntes, quando
em estado de boa concentração.
Do Aura, tem
se ocupado diversos cientistas, de cujas obras é possível confirmar-se o que já
fora observado fartamente pelos ocultistas, ou seja, sabe-se que o Aura muda
constantemente de acordo com os sentimentos e emoções de cada um, reproduzindo
diferentes cores, do negro, cinzento escuro, vermelho, rubro, azul, rosa, lilaz,
amarelo e todas as demais; isoladas ou combinadas, conforme os pensamentos
puros ou impuros, espirituais ou materiais, de ódio ou ternura.
Pelas cores
dos Auras, observadas pelos médiuns videntes, (confirmados posteriormente pelas
fotografias kirlian), que se pode avaliar o estado d’alma de cada ser humano.
O aura
do corpo físico ,
que é a emanação
de todas as partículas da matéria organizada nele contidas, pode ser
observado durante o sono
sem a interferência
das outras duas, quando o espírito e o corpo
fluídico dele se afastam.
Verifica-se, então ,
ser ele esbranquiçado e transparente ,
como se constituído de fios de cabelos
esticados, se o corpo estiver são e curvos e caídos ,
se enfermo .
O Aura do corpo
fluídico, de tenuidade inferior à dos outros corpos é quase
invariável . Nenhum, porém ,
se compara com a do espírito
que , por
sua intensidade
e variedade de cores ,
define com fidelidade a natureza das suas
vibrações .
Os dois extremos opostos ,
na gama dos sentimentos
alimentados pelo espírito ,
são identificados no Aura pelas cores preta e branca .
A branca ,
límpida , cristalina ,
sem manchas ,
exterioriza a forma mais
alta do desenvolvimento
espiritual .
A preta ,
os mais baixos
e animalizados sentimentos .
Na ordem
evolutiva , cada
indivíduo bem
intencionado procura despojar-se dos defeitos que
vai notando em sua
própria personalidade ,
mas conserva
os que lhe
escapam. Esse procedimento assim mesmo
varia de pessoa para pessoa .
Disso resulta modificar-se de indivíduo para indivíduo a cor
habitual ou
própria da Aura. E essa cor habitual ou própria vai
mudando paulatinamente , à medida que o caráter vai melhorando.
Luiz de Mattos
nos informa que é o estado d’alma refletido que serve de governo ao Astral
Superior, para escolher os seres que devem constituir perfeitas correntes
fluídicas, como ímãs de atração das entidades superiores, cuja presença tão
precisa, se torna para bem da humanidade.
O ESPIRITO
Luiz de
Mattos, escreve o autor Flavio Faria, forneceu elementos, até agora, para
conhecermos a composição do Universo, descreveu a conceituação de Deus, de cuja
essência é luz (sinônimo de pureza), inteligência e o espírito, possuindo
essencialmente estes atributos, sendo uma partícula do próprio Deus.
Confirmando-se
desta forma que o espírito é basicamente uma espécie de luz e que é ele quem
organiza, incita e movimenta a matéria, como elemento que vem de fora dela,
fato ao qual se referiu o famoso fisiologista Claude Bernard. Pois então, sendo
o espírito luz, que precisa passar por modificações, para atrair a si,
ondulações de “luz astral”.
O espírito
precisa da luz astral para a sua
elevação ao Fóco Original, de onde partiu a organizar, incitar e movimentar os
corpos dos diversos reinos da natureza, passando por todas as fases inerentes a
estes corpos até o estágio atual.
O espírito,
conforme Luiz de Mattos, inicia evoluindo nas coisas e vai subindo
paulatinamente num processo ininterrupto, tomando novas formas e novos
conhecimentos em tudo quanto se oferece aos olhos materiais.
O espírito
é luz , é inteligência ,
é vida , é poder
criador e realizador .
Nele não há matéria
em nenhum
dos seus estados .
É, portanto , imaterial .
Partícula individualizada, assim se conserva
em toda
a trajetória que
faz no processo da sua
evolução .
A vida existe
em toda a parte e por toda a parte se exala qual perfume, pois partindo de um
Fóco gerador, que é a própria luz, não deixa de se manifestar em tudo, quer nas
oscilações do Universo, quer em todas as coisas que existem nesse mesmo
Universo.
O espírito é a
alma, a vida de todos os seres, de todas as coisas. Luiz de Mattos escreve que
esta vida nos metais é vida material,
nos arbustos é vegetativa, nos
irracionais é intuitiva na maior
parte e no homem, é vida inteligenciada
e em tudo representada pelo espírito.
O princípio
vital é sempre o espírito.
Tudo o que
existe na Terra é provido de espírito em um dos estados já descritos. Em tudo,
em cada momento, como que galgando todas as esferas para chegar a ponto de onde
partiu, elevar-se. Tudo é eterno e nessa eternidade de progresso, seguindo Leis
Naturais e Imutáveis que se dão às modificações de todas as coisas e de todos
os seres.
Luiz de Mattos
chama nossa atenção para a necessidade de compreendermos a harmonia existente
entre todos os seres, para a origem de todas as coisas vindas de um espírito muito
superior, que é luz (sinônimo de pureza) espalhando-se beneficamente por todo o
Universo e cada um de nós, sendo uma partícula desse Espírito Universal.
Chegar-se-ia à compreensão dos seus deveres, a fim de purificar-se e de esfera
em esfera de luz sutil, ascender a esse Fóco de Luz radiante e bela.
Luiz de Mattos, denominou “espírito” a partícula da Força , a qual inicia o processo
evolutivo em
corpo humano, denominação
que mantém daí para
diante , em
sua longa
caminhada evolucionária.
No espaço
indimensionável do Universo , diz ainda, em que a Inteligência vibra, sem interrupção ,
acusando permanente ação
consciente e constantes
demonstrações de vida ,
agita o espírito
a sua força
intranuclear que se exprime, em todas as atividades ,
por movimentos
vibratórios .
- força de vontade ;
- consciência de si
mesmo ;
- capacidade de percepção ;
- inteligência;
- poder do raciocínio ;
- faculdade de concepção ;
- equilíbrio mental ;
- lógica ;
- domínio de si próprio ;
- sensibilidade ;
- firmeza de caráter
O Perispírito,
ou Corpo Astral, atualmente denominado Corpo
Fluídico, diz Luiz de Mattos, é o
envoltório do espírito. É formado pelo Fluído
Astral, base material de tudo quanto existe no Universo.
Por intermédio do Corpo Fluídico, pode atuar o espírito no Corpo Humano. A Matéria Astral da qual é feito, tem a mesma natureza
da substância fluídica do mundo
em que
estagia o espírito, no intervalo das encarnações .
O espírito tem
no espaço um Corpo Fluídico (Perispírito),
por ele engendrado para todos os efeitos. O Corpo
Fluídico, diz Mattos, é o mediador plástico entre o mundo visível e o
invisível.
Assim como, o Corpo Humano do homem é feito de matéria
componente deste planeta, quanto mais adiantados forem os mundos
de estágio , mais
diáfana é a Matéria Astral de que são compostos
os corpos astrais .
Os corpos
astrais, afirma Mattos, embora de substância
idêntica, são uns mais diáfanos,
translúcidos, transparentes do que outros .
Quem quer que
se proponha a estudar a Matéria Astral, há de encontrar diversas expressões
correspondentes:
Hermes, no
antigo Egito, já se referia a esta Matéria Astral, através da denominação
“Telema”; os Indus denominavam “Akassa”, na Kabala é conhecido por “Luz
Astral”, os Alquimistas chamam-no de “ Quinta-essência”, Pitágoras(7) chamava
de “ O Carro da Alma”, Descartes chamou-o de “ Matéria Sutil” e Newton(8) de “
Spiritus Subtilissimus”.
Convém
sublinhar, tratar-se sempre da mesma substância formadora, entrevisto aqui, adivinhada ali, conhecido e
manejado acolá, ao longo dos tempos.
À imagem do
macrocosmo, o homem compõem-se de três partes fundamentais; a matéria é o Corpo Humano; a energia anímica é o Corpo Fluídico ou Perispírito e a inteligência é o Espírito.
O Corpo Fluídico, envolve e engendra-se,
molécula a molécula do Corpo Humano,
e sobre cada uma, propicia a adequada irradiação, a fim de que o Espírito faça
deste o instrumento adequado para o cumprimento das tarefas a que se propôs
enfrentar, na sua jornada evolutiva.
Fica mais
claro, então, conforme Luiz de Mattos, os Corpos Humano e Fluídico, engendrados
pelo Espírito, que é Luz, partícula da Inteligência Universal, que é Deus!
Luiz de Mattos diz ainda, o Corpo Fluídico é o liame ,
a ligadura entre
os corpos Mental e Carnal (humano). Ele
está preso ao Espírito, em virtude da vibração
permanente deste, e envolve todo o Corpo Humano,
ao qual, está unido por cordões fluídicos.
Deste modo ,
somente após a
desencarnação os Corpos Mental e Fluídico
deixam definitivamente o Carnal (humano).
Urge que o
homem compreenda, enfatiza Mattos, que um Espírito Superior, que é Luz,
esparge, seu foco benéfico por todo o Universo. Sendo o homem uma partícula
deste Espírito Universal, compreenderá que a vida e o viver, nada mais é que um
processo de purificação; de esfera em
esfera, transitando a partícula, para que possa chegar a esse Foco de Luz original,
radiante e bela.
A VIDA NA TERRA
Luiz de
Mattos, a partir do que colheu e verificou através dos estudos minuciosos que
fez, conclui que a vida na Terra nada mais é do que um momento na vida eterna
da partícula (espírito).
O planeta
Terra é habitação
temporária da partícula do Grande Foco em evolução (espírito). É vista por
Mattos como um mundo-escola, uma oficina de aprendizagem, de trabalho ,
um laboratório
depurador, onde o espírito se instrui, se aperfeiçoa, se desenvolve em tempo mais ou menos longo e em ambiente
adequado a produzir a sua
evolução .
Ao encarnarem, as partículas se misturam, intensamente , para a formação de famílias e povos de estrutura
heterogênea , como
convém a um mundo-escola. Os que sabem mais ,
os que dispõem de maior
tirocínio , de maior
lastro de experiência ,
adquirido nas encarnações passadas, ensinam aos que
sabem menos aquilo
que , por
sua vez, aprenderam de outros .
Luiz de Mattos enfatiza frequentemente as
duas poderosas forças que o ser contém latentes em si, à vontade e o pensamento,
que o fazem na sua trajetória terrena, feliz ou infeliz, forte ou fraco.
O espírito, já animando um corpo humano,
também fica sujeito à ação da matéria física, do corpo carnal, e como tudo o
que lhe vem de fora e vive fora dele está sujeito à Lei da Atração, é claro que
se fica sujeito às irradiações de pensamentos mais materializados, sensuais,
libidinosos, prejudiciais, visto que o ser é conforme pensa!
A felicidade do ser, diz Mattos, depende
do empenho que, enquanto encarnado, fizer para reparar todo o sofrimento
e dor provocados por ele a terceiros,
ao longo de suas inúmeras encarnações passadas, que não o deixam ascender às
esferas mais elevadas do Universo.
O seu dever, enquanto encarnado neste
planeta, conforme Mattos, é praticar boas obras, ser caridoso, ser cristão, ou
seja, ser honrado, valoroso, prudente, moderado e justiceiro.
Sendo cristão e, portanto, honrado, será
educado, tolerante para com todos, como para consigo mesmo; não quererá para os
outros, o que não quer para si, praticando assim, a caridade em níveis máximos,
em todos os ramos, material e espiritual e dessa prática, resultará a remissão
das suas faltas passadas e a ascensão às esferas mais puras e elevadas, até a
máxima perfeição.
O progresso do espírito, conforme Mattos,
a sua purificação, consiste na educação da sua vontade para o bem, no
seu esclarecimento sobre o máximo de coisas, na luta pela vida, que no planeta
terra é destinado a todos os seres sem distinção de quem quer que seja.
Essa educação, primeiramente é de
competência exclusiva dos pais e também dos responsáveis, durante a infância e
início da adolescência e depois desta fase, é de responsabilidade do próprio
encarnado, aproveitando-se das lições recebidas até então e mesmo das
contrariedades da vida e dos exemplos dos bens e males alheios.
Todos devem sofrer os mesmos rigores
atinentes ao processo educacional; não se deve poupar uns e exigir muito de
outros.
O espírito ,
quando encarnado ,
passa por
fases distintas, em
cada uma das quais
poderá colher valiosos
ensinamentos .
Essas fases
são : a infância , a mocidade ,
a madureza
e a velhice. Em
todas elas tem deveres
a cumprir , trabalhos
a realizar , obrigações
a satisfazer .
A dinâmica
da vida exige ação
permanente, dignificante, proveitosa e construtiva , em
benefício próprio
e do semelhante .
As quatro
fases mencionadas só
possuem sentido no plano
físico . Elas
se relacionam, unicamente, com o desenvolvimento e duração
da máquina humana ,
servindo para estabelecer
a diversidade de experiências
e ensinamentos no curso
de uma encarnação .
Todo espírito que encarna na Terra, homem
ou mulher, vem cumprir um planejamento traçado por ele mesmo, em estado de consciência
plena, no período entre vidas físicas e,
os desafios, dissabores e até sofrimento são inerentes a tal condição.
Em pleno gozo de suas faculdades, de
acordo com suas faltas, ou seja, dor e sofrimento praticado contra terceiros na
ultima encarnação e, por vezes, também nas anteriores, se não as resgatou
completamente na última, se impusera a reencarnar.
Luiz de Mattos se refere anteriormente, ao
processo de resgate no sofrimento
moral. Destaca ainda que existem sofrimentos que absolutamente não se enquadram
como provação do espírito e sim, frutos do livre-arbítrio de cada um, do seu
mau uso que , propositadamente ou por descuido, fazem uso os encarnados, tais
como o egoísmo, maledicência, indolência, ciúmes, vingança, intolerância e
também os vícios, de toda espécie. Destes, em nada aproveita o espírito, para
remissão de suas faltas passadas, ao contrário.
Dos sofrimentos físicos, só devem ser
tomados como uma espécie de provação,
àqueles que mais atingem o moral dos encarnados, com a consciência do
espírito.
Tendo conhecimento disto, é possível viver com adequado grau de resignação e
paciência cristã, convictos de que essa situação é necessária para o
aperfeiçoamento espiritual do ser.
A constituição da família, a sua educação
e adequada formação, tanto intelectual como moral e as provações inerentes a
tal condição, são das mais nobres missões que o espírito pode trazer à Terra.
Neste quesito, o “ser mulher”, esposa e
mãe exemplar, é uma das maiores provações das que mais o espírito pode se
aproveitar. Ao par desta missão grandiosa e sublime, verdadeira missionária,
exemplo vivo de valor, ponderação, amor, carinho, que elevam os seres e depuram
o espírito de qualquer encarnado, por mais infeliz que possa ser sua situação.
Luiz de Mattos, afirma que, o “ser mãe” é
uma das provas mais sérias, mais custosas de que o espírito pode tomar ao
encarnar. É ela a responsável maior pela educação moral e física dos filhos,
dando exemplos e auxiliando sempre que precisarem, levando a bom termo sua nobre
missão, fazendo assim o seu progresso espiritual.
Quanto ao pai, cabe basicamente
providenciar os bens materiais necessários á manutenção da vida neste planeta,
além de auxiliar a mãe no processo de educação, através dos exemplos de inteira
honradez e de verdadeiro interesse pelo progresso e bem estar de todos.
Quando os seres, especialmente os pais, se
convencerem de que a luta pela vida é destinada aos encarnados e a convicção
ser a espada da vitoria, que este mundo é de provações e não só de gozos; quando
esta certeza absoluta dominar os espíritos encarnados, as provas passam a ser
mais suaves e até minoradas, pois será mútuo o auxílio dos seres, quer física
ou moralmente, pois as correntes de amor e carinho, partidos de todos os seres
encarnados de uns para com os outros se cruzaram e uma nova e melhor realidade,
surge.
Assim, ficarão certos de quem mal faz,
para si o faz e que ninguém se pode furtar ao dever de pagar o mal que fez com o bem que pode e deve fazer sempre e seja a quem for, em qualquer condição
social que se encontre neste planeta.
Liberte-se pois, o ser encarnado, dos
preconceitos sociais, das vaidades, vícios e de todas as misérias terrenas.
Procure ter vontade forte somente para o bem, aceite o sofrimento com
resignação, como uma espécie de paga pelas faltas cometidas no passado ou mesmo
no presente pelo mau uso do livre arbítrio; parar de queixar-se de pessoa
alguma, a não ser de si mesmo e, terá assim, a certeza de bem cumprir o seu
dever na Terra, não mais precisando voltar a ela em provação.
Diz Luiz de Mattos também; quando todos os
seres souberem e quiserem reagir com o bem
contra o mal, este desaparecerá e com
ele o sofrimento que, por vezes, somos obrigados a suportar.
O bem
é a Luz, conforme codificado no
Racionalismo Cristão por Luiz de Mattos. O mal,
é obviamente representado pelas trevas. O ser encarnado liga-se a um ou outro
pólo, através de seus pensamentos, e sobre eles, trataremos a seguir.
O
PENSAMENTO
Diz Luiz de Mattos, já ser de conhecimento
do leitor nesta altura, o que fora há muito já revelado pelos ocultistas; que três
são os corpos de que compõe o Eu
humano neste planeta quando encarnado, de cujos corpos, para melhor compreensão
dos leitores são assim denominados:
1º- Corpo
Mental, espírito, partícula da Inteligência Universal ou ainda, alma;
2º-
Corpo Fluídicol, perispírito dos espíritas, duplo etéreo dos cientistas,
carro da alma a que se referiu Pitágoras;
3º- Corpo
Físico, corpo carnal e tanto este como o segundo (corpo fluídico) são
incitados e movimentados pelo primeiro, o Espírito, partícula da Inteligência
Universal.
Cada um destes três corpos que compõem o
todo humano, evolui, progride, como todas as coisas animadas, em virtude de
Leis Imutáveis que os regem.
O seu progresso consiste na purificação,
que se opera com muito trabalho metódico, raciocinado e constante.
Ora, diz Mattos, se em qualquer trabalho
se precisa de força, vigor, para finalizá-los a contento, e essa Força vem de fora e vivem fora do homem,
como tudo, é claro que o ser precisa colocar em prática a Lei da Atração, sem a
qual não há progresso possível.
Para se obter esta Força, este vigor, é preciso que estes três corpos em evolução e
purificação constante, sejam alimentados convenientemente, racional e
cientificamente com substâncias que lhe são próprias. Estas substâncias
próprias e afins são:
- Para o Espírito, luz diáfana, puríssima
que irradia por todo o Universo;
- Para o Corpo Fluídico, a matéria cósmica que esteja em pureza relativa
àquela de que é formado, o qual por sua vez, está em relação direta com a
pureza do seu espírito;
- Para o Corpo Físico, a matéria cósmica, sempre relativa ao mundo físico em
que está encarnado, no nosso caso, a alimentação adequada e cuidados de higiene.
Essas substâncias, conforme Mattos, são
atraídas pelo primeiro corpo, o Espírito,
organizador que é, portanto, senhor absoluto dos seus dois corpos que lhe
servem de instrumento para evoluir.
É preciso que o Espírito se alimente diariamente, constantemente de substâncias
puras para poder evoluir, progredir e fazer progredir os seus dois corpos.
Estas substâncias puras que lhe vêm de fora, são atraídas pelos seus
pensamentos.
O Espírito
pensa todo o tempo, portanto, atrai constantemente, conforme sua vontade, força
derivada do espírito e da qual pode usar tanto para o seu bem, como para o mal,
conforme o seu adiantamento e a educação desta mesma vontade e o conseqüente
estado psicológico. O Espírito está
sujeito, todavia, à ação do meio, do clima em que vive, da alimentação que faz
para o sustento da matéria física, que diariamente gasta.
É imperioso, diz Mattos, que o Espírito alimente-se convenientemente de
idéias elevadas, com visões de grandeza e de beleza da existência espiritual,
para adquirir a possibilidade de dar-lhe expressão adequada. Vem daí o axioma
ocultista que diz: “ O ser, conforme pensar assim será”.
Conclui-se, portanto, diz Mattos, que os
estudiosos dos porquês da vida devem levar muito a sério tal axioma, pois
é o pensamento
a base de todo o bem assim como de
todo o mal que assola o indivíduo.
Claro fica para o estudioso, escreve
Mattos, que o espírito educa-se e alimenta-se como se educam e alimentam os
outros dois corpos, astral e físico, que lhe servem de envólucro.
Precisa cada encarnado, de bons
pensamentos, colocar em ação sua vontade para atrair do espaço esses
pensamentos, que se cruzam em todas as direções, saturados de poder, e donde
lhe chegam, para beneficiar ou danificar, conforme o uso que fizer dessa
vontade do livre arbítrio, que ele possui para a prática do bem e que muitos,
tem feito mau uso.
É pois, conforme Luiz de Mattos, o pensamento, a base de todo o progresso,
de todo o bem ou mal estar. Depende de cada ser, e somente de si mesmo, bem
alimentar para beneficiar o seu Espírito
e conseqüentemente, todo o seu Eu.
Esta matéria prima, não é monopólio de
ninguém, existe irradiando como Luz, fora
do homem, sujeita à Lei da Atração e que, portanto, cada um pode atrair para si
na quantidade e qualidade que lhe aprouver, que merecer, enfim.
Pensar bem, com amor, carinho, serenidade,
é beneficiar-se, é progredir mental e fisicamente.
Pensar mal, maldizer do seu semelhante,
ter ódio, ciúmes e desejos de vingança, é danificar-se, é deixar-se avassalar
pelo Universo Inferior, ou Astral Inferior; é arruinar-se material
e espiritualmente, é animalizar-se enfim, quando ao contrário, sendo-se uma
partícula da Inteligência Universal, obrigamo-nos a progredir sempre,
evolando-se para que se possa futuramente fundir-se ao grande Todo do qual
fazemos parte.
Sobre os pensamentos, Luiz de Mattos também
faz uso em seus escritos, das conclusões do Dr. H. Durville(9), válidas até
nossos dias, observação do autor.
Diz Durville que os pensamentos são coisas
saturadas de poder e chegam-nos de fora, atuam sobre nós mesmos, moral e
fisicamente.
Diz ainda que um pensamento qualquer que nos chega, faz vibrar o nosso Corpo Mental, e as suas vibrações se
propagam em torno de nós, como que por ondulações, de um modo que não deixa de
ter a sua analogia com os movimentos ondulatórios que se observam na superfície
de uma água tranqüila, sobre a qual se haja atirado uma pedra; tudo voltando à
sua ordem, ao cabo de um instante, se a impressão não fora demasiado violenta.
Se porém, diz Durville, o pensamento se impõem à nossa atenção, se
é intenso, se com freqüência se apresenta no campo da consciência, e se forte
foi à impressão, ele coloca em movimento uma certa quantidade da parte mental
que se desloca, circula em torno de nós e acaba por envolver-nos e formar a
atmosfera, o Aura.
Este Aura,
que é também uma emanação de nós mesmos, atua constantemente sobre nós, como
uma força estranha, recordando pensamentos de uma mesma natureza, que pareciam
desaparecidos e aumentando a intensidade da ação daqueles que, não obstante,
estão em atividade.
Analisando este fato, Luiz de Mattos
observou duas ordens de fenômenos:
- Fenômenos físicos ou mentais, que
obedecem a Leis opostas às que regem as forças do plano físico, ou seja, as
ações ou pensamentos da mesma natureza se atraem e as ações ou pensamentos de
natureza oposta, se repelem; ao contrário portanto, dos imãs.
Os nossos pensamentos, são formados do
nosso mental que entra em vibração. O nosso cérebro, porém, é formado de
matéria demasiado grosseira, estabelecendo evidentemente uma forma de
comunicação com o espírito para captar tal vibração, explicada a seguir.
As ondulações determinadas pelas vibrações
do mental, comunicam-se à matéria astral
que, paulatinamente vibra em uníssono com o mental. Depois este movimento
transmite-se à matéria física, e é recebido na matéria cinzenta, posterior do
cérebro, onde se forma a percepção; (captadas atualmente pelos
eletroencefalogramas, escreve o autor, Flavio Faria).
Há portanto, uma transformação de movimento
mental em movimento astral e depois em movimento físico.
Os pensamentos
chegam-nos de fora, não são propriedade nossa; transformamos de acordo com os
nossos desejos, necessidades e tendências.
Os pensamentos,
diz Mattos, estão no ar e podem ser captados por inúmeras pessoas ao mesmo
tempo, comunicando-se de indivíduo a indivíduo.
Nós podemos nos converter em criadores, na
medida em que absorvemos uma idéia qualquer, e a ela, imprimimos um cunho
próprio, original.
Quando contemplamos e admiramos o mérito
de algum artista, absorvemos o seu pensamento, mas não seremos um simples
copista dele, pois seu pensamento se combina com o nosso. Opera-se daí, uma
química ativa de elementos invisíveis, de seus pensamentos com os nossos,
resultando daí um novo pensamento, que é original.
Quanto mais puras forem nossas intenções,
diz Mattos, menos egoístas forem nossos projetos, tanto maior será a rapidez da
combinação, e tanto mais original será o nosso pensamento.
Fica evidente, escreve Luiz de Mattos, que
o nosso corpo físico é animado pelo pensamento, que é à vontade em movimento e
que esse pensamento nos chega do Corpo Mental
(espírito).
Essa vontade é que nos movimenta os
músculos e regula todas as funções da vida de relação.
Podemos dizer que o espaço jaz repleto de
impressões, desejos, intenções e ainda, de projetos bons e maus, que se movem
em todas as direções e que nós atraímos ou repelimos, em virtude dessa Lei de
semelhança e afinidade, já formulada por Luiz de Mattos anteriormente, que diz:
“Os pensamentos da mesma natureza se atraem e os de natureza oposta se repelem.”
Existe, conforme Mattos, uma permuta de
influências entre nós e os outros, de tal forma que, constantemente, de noite
como de dia, durante o sono ou no estado de vigília, recebemos e enviamos
intuições que nos moldam, nos modificam e nos transformam pouco a pouco o nosso
modo de ser.
Daí porque, conforme o autor Flavio Faria,
necessário se faz, estar o Ser, com os pensamentos bem conectados às correntes
do bem, advindas de um estado de serenidade mental otimista, obtido logo
cedo, após a execução da Limpeza Psíquica conforme proposta pelo Racionalismo
Cristão, acrescido do acompanhamento da musicalidade
suave, também encontrada na programação da webrádio http://radioarazao.com.br/toca.php, assim como a
adequada indução do sono, através de leituras filosóficas suaves ao deitar-se,
encontradas principalmente nas obras editadas pelo Racionalismo Cristão, entre
outras.
As incitações que nos vem de fora, diz
Mattos, acabam por nos moldar e fazem com que sejamos bons ou maus, felizes ou
infelizes.
A boa
fortuna, escreve Luiz de Mattos, não é um favor do céu, assim como o infortúnio não é um castigo, pois que a
primeira é um indício aparente de uma individualidade forte e superior,
enquanto que a segunda é sinal de uma individualidade fraca e inferior.
Bom é saber, por conseguinte, tão bem
enfoca Luiz de Mattos, que nós mesmos elaboramos o nosso destino, porque a
natureza nos é submissa, se soubermos dominá-la!
O
LIVRE ARBÍTRIO
O Livre
Arbítrio, diz Luiz de Mattos, próprio da partícula que passa a animar um
corpo humano (espírito), tem como
fonte à Vontade, assim como esta e o pensamento, tem como ponto de partida, o
espírito, partícula da Inteligência Universal e primeiro
elemento componente do Universo, que no segundo elemento, Matéria cósmica ou fluido astral, faz o que lhe apraz.
É pois, o Livre Arbítrio, uma Força inata na Vontade de cada encarnado, e está no seu Espírito, educado fortemente para o bem, sujeito ao grau de adiantamento deste, das correntes fluídicas
e a ação do meio em que vive.
Este Livre
Arbítrio, que passa a acompanhar o Ser a partir da condição de humano,
existe para a pratica do bem e
conseqüente progresso espiritual.
Luiz de Mattos coloca brilhantemente que
no espírito, tem origem à Vontade e
nesta o Livre Arbítrio. Depende do grau de adiantamento do espírito, adquirido da bagagem de encarnações que o mesmo possui, a
fácil educação da Vontade e o bom uso que dela se faz.
Educar o espírito é educar a Vontade;
treinar o espírito é treinar a Vontade e sem essa educação e treino
para o bem, o Livre Arbítrio pode ser uma arma de dois gumes, ferindo o ser que
dela mau usa e aqueles de quem este ser atinge.
Ora, diz Mattos, desde que o espírito está sujeito à Lei da Atração e,
portanto, às correntes fluídicas e a ação do meio em que vive, como ele e com
ele estão sujeitos o Livre Arbítrio e
a Vontade.
É dever de todos os seres encarnados,
educar a Vontade, tornando-a forte e
invencível, para que dessa educação resulte o livre arbítrio para o bem, de cuja prática se purifica o espírito e a vida se torna menos
sofredora, menos infeliz.
À Vontade,
diz Mattos, se educa a partir do espírito, entendendo o encarnado que tudo lhe
vem de fora e vive fora dele, e que o ser conforme pensar, assim será.
Esclarecido o ser quanto a sua essência,
fácil lhe será conhecer a força de vontade e do pensamento. Conforme o grau de
adiantamento do espírito, mais fácil é tal processo e mesmo o progresso desta
educação.
Para os atrasados, caso da maior parte de
nós encarnados, não é tão fácil; exigindo esforço, porém, desde que o homem
consegue educar um irracional até a ponto de fazer dele coisas admiráveis, não
tem o ser humano motivos para não o conseguirem.
Pode o ser, portanto, por mais incipiente
que seja sua condição espiritual, tornar-se atraente pelas suas ações, filhas
do seu livre arbítrio e este, por sua
vez, filho da sua Vontade fortemente
educada para o bem.
Luiz de Mattos coloca que podemos
perfeitamente, a partir do conhecimento básico de nós mesmo, já exposto até o
momento neste livro, educar convenientemente
à Vontade e o Livre Arbítrio, procurando os bons para ser como eles, adquirindo
os parâmetros para as boas atitudes e ainda que maquinalmente, agirmos como os
do bom meio. Podemos procurar também, ler obras boas e ouvir as pessoas
ponderadas, valorosas, justiceiras e com elas aprender, dando o impulso
necessário ao nosso Livre Arbítrio
para as praticas do bem.
À medida que o ser se instrui, que se
educa e progride o espírito, instruem-se e também progridem à Vontade, os Pensamentos e o Livre Arbítrio,
que têm origem no espírito.
O Livre
Arbítrio, continua Mattos, é a expansão de sentimentos e de vontades de
cada um e com sua prática, tornam-se os seres inteiramente responsáveis pelas
suas ações. Pagam caro os que fogem a pratica do bem, reencarnando!
Lamenta Luiz de Mattos, que estes
princípios tão simples, não são conhecidos ainda da maioria dos
encarnados, daí o avassalamento do seu
Eu pelo Universo Inferior, ou Astral Inferior, causando toda espécie de
transtornos materiais e morais.
Pelos princípios expostos por Luiz de
Mattos e claramente definidos, pode-se concluir que o ser, não empregando
adequadamente para o bem, seu Livre Arbítrio, pode sim, aumentar suas faltas, através das injustiças
que praticar.
É bastante racional o que até agora fica
dito, através destes escritos, como racional é a existência de leis entre os
povos civilizados e mesmo entre os selvagens, que embora não as tendo, obedecem
à determinação de chefes e à disciplina implantadas entre eles, para repressão
de abusos e de crimes, em função dos benefícios que produzem aos indivíduos e á
coletividade.
O bom uso da Vontade e Pensamento, além do Livre
Arbítrio, fazem do fraco um forte, do ignorante um esclarecido,
proporcionando o progresso esperado e tão necessário ao ser encarnad
A
MEDIUNIDADE
Estando o espírito colocado externamente do lado esquerdo do Corpo Carnal, diz Luiz de Mattos, com cordões
fluídicos ligados ao cérebro e coração, entre o Aura e o corpo humano, é
nesta colocação que o mesmo recebe as intuições dos outros espíritos
desencarnados e as irradiações dos pensamentos, quaisquer que eles sejam, já
explicados anteriormente.
É nesta posição, diz Mattos, que ele serve
de porta-voz aos espíritos que desejam comunicar-se com os encarnados, tanto
nas sessões espíritas como fora delas.
É portanto, o espírito do ser encarnado
(médium), o intermediário dos espíritos desencarnados, o qual nunca abandona o
seu Corpo Carnal, para qualquer
espírito se comunicar, como erradamente alguns possam pensar.
Tanto é assim, diz Mattos, que se o espírito do médium não quiser receber a
irradiação do pensamento do desencarnado, não a receberá, porque ele tem o seu Livre Arbítrio, a Vontade absoluta de fazer o que lhe apraz; ter ou deixar de ter
relações com quem quer que seja, desde
que não lhe agrade, desde que o espírito do médium repugne tal contato ou
irradiação.
Uma vez que o espírito do encarnado queira colocar em ação o seu pensamento ao serviço da sua vontade, com as duas forças máximas e
sublimes que são à vontade e o
pensamento, afastará de si qualquer entidade oculta da qual não seja afim ou
que lhe repugne, não se estabelecendo o imã, base da Lei Física da Atração.
A Vontade,
em tal caso, é tudo e, quando o médium sabe fazer bom uso desta força nunca
será avassalado pelos maus elementos, pelo Astral Inferior, que tantos danos
vêm causando à humanidade que ignora a composição verdadeira do seu Eu e de
certos “porquês” de tudo quanto existe no Universo.
Quando o médium sabedor de sua condição e
se concentra para o trabalho em correntes organizadas pelo Astral Superior,
estará garantido e à vontade. Só atuarão nele espíritos, por ordem do Astral
Superior, que tenham afinidade com o médium. É necessário para isso também que
o médium se mantenha concentrado todo o tempo dos trabalhos, que não se
descuide, deixando-se avassalar, por momentos.
Luiz de Mattos, ressalta que a mediunidade
deverá ser utilizada para o bem geral da humanidade e o próprio adiantamento do
espírito.
Não deve, portanto, o médium fazer uso
inadequado desta faculdade e sim usá-la somente para a prática do bem daqueles que sofrem, sob pena de
arcar com as conseqüências tanto aqui
como no espaço, do mau uso que, de tal faculdade fizer.
Não sendo a mediunidade um privilégio de
quem quer que seja, muito menos inerente a matéria, daí porque não ser
hereditária e sim inerente ao espírito;
pode trazer conseqüências maléficas ao médium nos seguintes casos:
As conseqüências do mau uso deste atributo
para o médium vão de enfermidades corporais, dores diversas advindas da
obsessão, que lhe produzirá infelicidade geral.
Esta atuação maléfica pode se dar,
conforme o estado de adiantamento ou atraso de cada espírito. Estes espíritos assim materializados (atrasados), podem
ligar-se facilmente a qualquer médium que os atraia e esta atração se faz por
intermédio do pensamento, concentrando-se o médium isoladamente, em qualquer
parte, não precisando para isso de corrente fluídica e o médium quase nem percebe tal fato.
São estes espíritos atrasados, presos à
atmosfera da Terra que produzem toda sorte de ataques, causando diferentes
anormalidades e transtornos aos encarnados.
É certo, diz Mattos, que só poderá ser
avassalado ou mesmo mistificado, o médium imprevidente, fanático, ignorante da
composição do Universo e da Lei da Atração, base fundamental de tudo quanto
existe no Universo.
Os seres indolentes que, em tal caso,
quando obsedados, e o serão facilmente, só de si e de sua imprevidência, filha
da sua preguiça intelectual é que devem se queixar e não de Deus, nem do Astral
Superior que não são criados de ninguém, nem podem auxiliar aos que não se
ligam através do bom raciocínio, nem tem vontade
forte para o bem.
Podem realmente, os espíritos maus,
apossarem-se do médium e obrigá-lo a
fazer e a dizer diabruras, quando este é ignorante da sua força, cultiva
vícios, é fraco e se concentra fora de uma corrente fluídica organizada pelo Astral
Superior.
Para o médium ser um bom instrumento do
Astral Superior, enfatiza Mattos, e assim praticar a caridade para consigo e
para com os que sofrem, em geral, preciso se torna que o mesmo seja
inteiramente despido de vaidades; que além dos conhecimentos já colocados nesta
e nas demais obras do Racionalismo Cristão, procure ser assíduo nas reuniões da
Casa Racionalista Cristã a que pertencer.
Evite fazer atendimentos particularizados
fora das correntes e dos horários de trabalho nas reuniões.
Quando em trabalho espiritual, se abstenha
de pensamentos afetos à vida material e pense somente na caridade que precisa
praticar tanto aos encarnados como desencarnados, recebendo calmamente os
espíritos que de si se aproximem.
Que não de atenção ao que se passar no
recinto das reuniões, nem mesmo em volta de si, pois quanto mais concentrado
estiver, mais garantido estará. O médium só deverá atender ao Presidente da
Reunião e a mais pessoa alguma.
Nunca atenderá chamado de pessoa alguma
para fazer trabalhos, concentrando-se fora da corrente fluídica.
Não deverá maldizer pessoa alguma,
especialmente, outros médiuns, muito menos irradiar maus pensamentos sobre quem
quer que seja, pois quem mau faz ou pensa, para si o faz. Um pensamento mau,
atrai, para quem o irradia, ondas de pensamento idênticos e, portanto,
danificadores.
O médium também, diz Mattos, deve evitar
vício de qualquer espécie, evitar o exagero na alimentação e evitar o uso de
excitantes como café, antes das reuniões, prevenindo-se de perturbações ao se
concentrar.
Deve querer para os outros, o que quer
para si e pelos seus atos provar que é um ser racional e ponderado.
Assim procedendo, nunca será avassalado
pelo Astral Inferior, ao contrário, tornar-se-á apto verdadeiramente a ser um
bom instrumento do Astral Superior, tornando-se um verdadeiro missionário.
A
OBSESSÃO
Luiz de Mattos denomina obsessão a um tipo
de enfermidade que pode prejudicar tanto homens, quanto mulheres ou crianças.
Em geral, causa das anormalidades
psicológicas e posteriormente físicas, caso não seja feita uma intervenção
apropriada.
Obsessão é a dominação de espíritos do
Astral Inferior, exercidas nas diversas pessoas que os atraem, sem o saber.
Estes espíritos vivem aos milhares, senão milhões na atmosfera da Terra.
Diz Mattos, que esta enfermidade se inicia
na medida em que à vontade e pensamentos dos seres se desviam do
caminho do bem e da moral, embrenhando-se nos vícios, ódio,
malevolência, ciúme, vinganças, medos, atrativos poderosos dos espíritos
desencarnados, presos à atmosfera da terra, também denominados do Astral
Inferior.
De uma simples e momentânea má assistência
astral, cuja influência se vai casando com o “Eu” dos encarnados, com o tempo
deste tipo de contato, chega a um ponto de serem subjugados, dominados de
maneira a produzirem anormalidades mentais ou psicológicas, hoje denominadas
pela ciência de síndrome do pânico, vertigens, depressões, as histerias,
neurastenias etc.
A obsessão, diz Mattos, tem por causa no
público adulto à fraqueza do espírito; à vontade
e o pensamento mau aplicados, as
faculdades mediúnicas mau utilizadas, já vistas no capitulo anterior; as faltas
praticadas em encarnações anteriores a esta; a ignorância de tais princípios já
colocados até o momento; a ação do meio em que se vive e da ignorância,
portanto, dos meios que se possui para se afastar dos maus e se unir aos bons.
Quanto ao processo obsessivo nas crianças,
diz ainda Mattos, podem ser explicados pelas faltas anteriores e pois, a
vingança de suas vitimas, a ação do meio em que vivem e a má assistência astral
dos pais ou parentes e mesmo vizinhos com quem são obrigados a conviver.
Luiz de Mattos enfatiza, o quão importante
é, a criatura (espírito na posse de um
corpo carnal) conhecer a origem destes males, que são, vontade e pensamento
usados inadequadamente. Diz ainda que uma das maiores caridades que se pode
praticar é esclarecer, pelos meios que forem disponíveis, às criaturas, a cerca
destes males, suas consequências e como preveni-los.
O mundo visível como o invisível, obedece a
Leis Naturais e Imutáveis e é em virtude destas Leis que se infere que a atmosfera
da Terra (Espaço Inferior – Astral Inferior) é o reflexo da própria Terra.
Explica Mattos, que os espíritos que
desencarnam e se quedam nessa atmosfera, permanecem no estado em que
desencarnaram, conservando os mesmos hábitos, os mesmos desejos e os mesmos
vícios e estado de perturbação que tiveram quando na Terra e no momento do
desencarne.
É neste estado, afirma Mattos, e em
virtude da Lei da Atração, que estes espíritos atrasados se aproximam de
qualquer encarnado que os atraia, pelos pensamentos afins, ou seja, cultivando
os mesmos tipos de desejos, mesmos vícios, fraquezas e principia por instigá-lo
a prática desses desejos, fraquezas ou vícios até que uma assistência pertinaz
e constante o obseda, assumindo o domínio pleno sobre o encarnado que o atraiu.
Diz ainda Mattos, que a finalidade dos
espíritos desencarnados que vivem neste Espaço
Inferior, é dar expansão aos seus desejos e aos seus vícios, às suas
brincadeiras, perversidades, conforme o seu estado, assim eles atuam ou intuem
os encarnados.
É em virtude desta Lei da Atração, alerta
Mattos, que se verifica a vastidão da obsessão; mais vasta e intensa
do que se pensa, por diversas serem as suas formas, que passam quase
desapercebidas, especialmente pelos que estudam a ciência ortodoxa terrena, sem
levar em consideração a existência do espírito.
Os exageros nos mais diversos atos da
vida, quer íntima, quer pública, quer agindo, pensando, falando, são formas de
obsessão e apresentam-se em diversos graus, indicando, portanto, anormalidades do espírito.
Com estes conhecimentos, no fundo bem
simples, e tirando deles a causa dos diversos males aos quais podemos ser
vítimas, tem o encarnado condições de se orientar adequadamente, sabendo
qualquer homem ou mulher, preparar-se todo o tempo, para resistir à ação
danificadora das correntes inferiores.
Este preparo, diz Mattos, consiste em
treinar e educar o espírito quanto ao
seu pensamento, de maneira a dominar
sempre os ímpetos animalizadas, produzidos pela matéria física e pelas
correntes fluídicas do meio em que vive e até pela má educação do seu espírito;
elevando sempre o pensamento às Esferas Superiores,
para assim atrair as efluviações tonificantes que nos fortificam a alma e de
cujas esferas ou planos de pensamento podemos atrair sempre as melhores
intuições.
Deve-se também irradiar pensamentos
repletos de tolerância para com o próximo, seja ele um caluniador ou o que for,
evitando-se assim o efeito das más irradiações.
É assim, em tais condições de vigília
mental, que o ser tornar-se-á, em menos tempo do que possa pensar, um forte de
corpo e de espírito e não será avassalado pelas correntes danificadoras
inferiores, podendo enfrentar e lutar com certeza do êxito em tudo quanto se
empenhar.
Fica conhecida então, a obsessão, suas
causas e como evitá-la. Vamos conhecer agora, por Luiz de Mattos a forma de
curá-la.
Qualquer que seja o grau de intensidade,
diz Mattos, a sua cura só se faz inteiramente, radicalmente, com a intervenção
do Astral Superior, e esta intervenção só se dá quando for colocado o obsedado
dentro de uma corrente fluídica,
organizada e mantida por esse mesmo Astral Superior.
SER
RACIONALISTA CRISTÃO
Neste capítulo, o autor Flavio Faria,
procurou colher sugestões feitas por Luiz de Mattos, ao longo de sua trajetória
frente ao Racionalismo Cristão, que o humano ser poderá empregar, ao longo de
sua jornada na Terra.
Ser Racionalista é ser cristão, diz Mattos
e só pode ser cristão aquele que for valoroso, ponderado, justiceiro e honrado.
Ser honrado, é vencer os ímpetos
animalizados do nosso Eu materializado. É dominar os desejos intemperados, os
vícios e tudo que tenha a nivelar o homem, a partícula mais evoluída do Grande
Fóco na Terra, aos irracionais, tornando-o intolerável, desprezível aos olhos dos que o rodeiam.
É libertar-se, não só dos pequenos nadas,
que constituem as delícias da sua matéria, como das convenções e preconceitos
sociais.
A honradez não pode existir por partes,
pois a respeito da moral não existe meio termo; ou se é honrado por inteiro ou
não!
Honrado, porém, só se pode considerar,
segundo Cícero, o que for valoroso, animado, que não se deixa abater, sempre
lutando e vencendo. Sendo também prudente, obrigando-se a buscar sempre e descobrir a verdade dos fatos. Justiceiro,
praticando as leis da sociedade, a fé dos contratos, dando a cada um o que é
seu. Moderado, nas ações e palavras.
Todas essas virtudes residem nas
qualidades do espírito e no uso que se faz dessas qualidades.
Luiz de Mattos, também faz menção a Horácio,
sobre o homem honrado, onde pode ser observada tal virtude através da
capacidade de se governar e de vencer a si mesmo, a quem a morte, a pobreza e
os trabalhos de qualquer espécie não o atemorizam e que sabendo reprimir seus
desejos intemperados, despreza as honrarias tradicionais.
É pois, na educação da vontade, diz
Mattos, a base de todo o progresso humano, pois se movimenta não só o corpo
físico para o bem ou para o mal, como se acionam os pensamentos.
Conforme a educação da vontade, dão-se as
irradiações dos pensamentos, constituindo-se o imã de atração dos corpos,
aplicados ao mundo moral, sem o qual não se podem praticar as leis do
progresso.
Essa vontade, força motriz de todos os
movimentos físicos e mentais, que dirige tanto na Terra como no Espaço os espíritos
encarnados e os desencarnados, educa-se e desenvolve-se com constantes
exercícios subordinados a um determinado método e disciplina.
Luiz de Mattos orienta-nos na adequada
distribuição e aproveitamento do tempo, tendo horas para tudo, empregando as
horas disponíveis nas duas vidas; a material e a espiritual, indispensável à
purificação do espírito.
É bastante conveniente, portanto, impor-se
horários para se deitar, para se levantar, para trabalhar, para se alimentar,
colocando-se o homem desta forma, sempre dentro das leis imutáveis,
especialmente a da atração dos elementos puros, afastando-se das perturbadoras.
Desses exercícios da vontade, diz Mattos
ainda, subordinados à disciplina e método indispensáveis, para a regularidade
de todos os atos psíquicos e psicológicos, resultará certamente, o equilíbrio
mental, pois os pensamentos fortemente dirigidos ao bem, conectar-se-ão às
esferas Superiores, aos mundos adiantados donde atrairão os elementos
necessários à fortificação do espírito e do corpo físico e assim, agir cada vez
mais com segurança.
Com intuito de organizar didaticamente apenas,
começaremos a partir do despertar da criatura.
Diz Luiz de Mattos que, devemos acordar
cedo, o mais cedo possível e após a correta higienização do corpo ( e num país tropical como o Brasil, falamos
de um bom banho de chuveiro, grifo do autor ), deve o humano ser
recolher-se e, de acordo com a disciplina e método sugeridos pelos Diretores
Astrais do Racionalismo Cristão e que, consciente e gostosamente aceitamos,
fazer um “preparo mental”, atraindo
os fluidos benéficos do Astral Superior, para melhor cumprirmos o nosso dever
ao longo de um dia de trabalho honesto.
Este “preparo
mental” se faz, elevando-se o pensamento às esferas superiores, proferindo
as irradiações ao Astral Superior, pelo período de cinco minutos, preferencialmente
às 7:00hs da manhã e as 20:00hs, nos seguintes termos:
Proferir inicialmente uma irradiação A;
Ao Astral Superior:
Grande Foco Força Criadora; nós sabemos que as leis que regem o Universo, são naturais
e imutáveis e a elas tudo está sujeito.
Sabemos
também que é pelo estudo, raciocínio e crescimento derivado da luta contra os
maus hábitos e as imperfeições, que o espírito se esclarece e alcança maior
evolução.
Certos
do que nos cabe fazer e pondo em ação nosso livre arbítrio para o bem,
irradiamos pensamentos aos espíritos superiores, para que eles nos envolvam na
sua luz e fluidos, fortificando-nos para o cumprimento dos nossos deveres.
Em seguida, proferir a irradiação B, tantas
vezes quantas forem necessárias, até se completar os cinco minutos propostos,
nos seguintes termos:
Grande Foco Vida do Universo, aqui estamos a irradiar pensamentos às Forças
Superiores, para que a Luz se faça em nosso espírito e tenhamos consciência dos
nossos erros, a fim de evitá-los e nos fortalecer para praticar o bem...
Sente-se então, a criatura, a partir das
irradiações da manhã, forte, animada, apta a enfrentar e vencer serena e
otimisticamente, todo e qualquer desafio que se apresente ao longo do seu dia.
Durante a jornada de trabalho, diz ainda,
deve a criatura (espírito encarnado)
dedicar-se, procurar fazer o melhor possível, dar tudo de si seja qual for à
ocupação, sendo hoje melhor do que foi ontem, fazendo uso incessante do
raciocínio, norteando suas atitudes para o bem geral. Agindo assim, fica sem
tempo para maldizer e/ou malquerer a ninguém, perdendo seu precioso tempo e
atrasando seu processo evolutivo.
Deve ainda o ser, diz Mattos, procurar
aperfeiçoar-se o quanto puder nos seus afazeres profissionais ao longo do
tempo,
Regressando ao lar, após um dia de
trabalho honesto, deve proferir novamente, por cinco minutos, preferencialmente
das 20:00 às 20:05, às irradiações ao Astral Superior, da mesma forma e nos
mesmos termos que fez às 7:00 hs.
Desprovido de valor, vontade forte para enfrentar
os desafios, níveis adequados de ponderação , moderação e a ideia nítida da
justiça, diz Mattos, ninguém poderá alcançar o bem próprio e dos que consigo
convivem, além da sociedade a qual pertence.
Cada um de nós tem por dever reagir, enfrentar
com otimismo para vencer o seu “velho Adão”, fonte de todos os vícios, desejos
perturbadores que danificam o espírito.
Também, fartamente se cientificará, o
estudioso de que “a mora”l é à base
de todo o progresso e sem ela, não pode haver saúde do corpo e nem do espírito.
Para que o homem progrida, diz Mattos,
precisa de Luz Astral e Fluidos Puros, irradiados constantemente
sobre seus corpos mental, astral e físico. Este verdadeiro maná, em pleno deserto
tão árido, torturante e exaustivo, como este planeta, só se consegue com a luz
do próprio espírito, base da moral alcançada, fonte dessa força atrativa do
bem, que depois de vencer o “velho Adão”,
irradiará às esferas superiores, para de lá atrair os eflúvios necessários.
Os princípios que constituem o
Racionalista Cristão são simples, claros e tão velhos quanto o mundo. Se não
tem sido largamente praticados, é por ignorarem estas assertivas, mal este que
tem torturado a humanidade.
Aos próprios materialistas honrados, não
eram completamente desconhecidos tais princípios, pois alguns ditos populares
dizem a muito que “ enquanto a criatura não souber o que pode fazer, não poderá
realizar coisa notável nem conhecerá a paz interior” e também, “aquele que se
julgar tão sábio, que não precise aprender nada dos outros, nunca chegará a
fazer coisa alguma de bom ou grande”.
E assim, diz Luiz de Mattos, deve o
homem Racionalista Cristão ser o senhor
absoluto do seu “velho Adão”, do seu
corpo material, vencendo todos os vícios, as fraquezas dessa matéria emanadas
da pouca educação da vontade.
Deve ainda ser valoroso, forte para as
vicissitudes da vida e sempre um vencedor, pois conhecedor de certas verdades
sobre seu Eu, do conhecimento e o correto uso das forças que em si contém,
vontade e pensamento, já descritos, emanados do próprio espírito, estará apto
para a sua jornada evolutiva presente no ritmo esperado.
Deve o Racionalista Cristão ter bem claro
que praticando a moral sã, recomendada por Jesus e até pelos indianos,
egípcios, chineses e gregos, estará sempre apto a vencer.
Ser Racionalista Cristão é tudo isso e
mais ainda; saber sentir e viver mentalmente a vida dos grandes homens da História,
pais das civilizações antigas, medieval e moderna. É sentindo a vida destes
heróis de todos os tempos, irmanando-se com eles ao folhear a história que seus
nomes salientam, pelos feitos de amor à pátria e humanidade, amor este que
através dos tempos, sempre existiu.
É também sentindo, rindo e aproveitando as
delicias do belo, encontradas nas grandiosas concepções artísticas, tanto das
diversas escolas da pintura, como da escultura, ser conhecedor e compreender os
diversos ramos das belas artes em geral, dos seus autores, prova da
espiritualidade de seus criadores.
Diz Luiz de Mattos, que em atividades como
as descritas a pouco, pode o ser extasiar-se, alar-se fora do mundo físico, e
também ao conhecer e respeitar os brilhantes poetas e suas obras.
Na música, diz
ainda, sente-se de maneira tão intensa, tão empolgante, que nem os irracionais,
escapam à sua real e deificadora influência.
Em todas as
artes, pode o Racionalista Cristão sentir a Força, essa Inteligência, através
das imensas belezas que produz; em qualquer dos seus gêneros, demonstra
diversos estados da vida dos seres, da atmosfera e coisas deste planeta, desde
as tempestades cruentas, tétricas, até ao raiar da aurora em dias primaveris,
que traz alegria para todos os seres.
Das belas
artes, diz Mattos, é de fato, a música, a que mais se eleva, se salienta e nos
faz sentir e compreendê-la em toda a sua grandeza.
É ela que nos
faz sentir o que são “os cânticos harmoniosos dos destinos flutuantes e assim a
expressão verdadeira da sina e da vida, neste amplo deserto, onde meditados
enganos, na tempestade ou na calmaria, se apossam de nós, nos subjugam, nos
prendem ou cativam, na maior parte do tempo, sem um raio de luz, sem um brilho
de consciência; cegos, neste sonhar acordados, entrelaçados de encantos, de
magias, filhos da matéria e dela escrava, até ao raiar da aurora da vida que é
o acordar do espírito, já livre do seu corpo material, em pleno mundo diáfano
que lhe é próprio”.
É a música que
mais facilmente nos faz compreender que, na grandiosa obra da Inteligência
Universal, tudo se encadeia, derramando torrentes de harmonia e que nas sábias
leis que conduzem à perfeição, que produzem desde o mais insignificante grão de
areia, desde o menor inseto, desde o mais microscópico átomo, aos grandes
planetas dispersos no infinito, tudo toma o estado preciso ao meio e às
correntes fluídicas, para permitir uma vida duradoura, de harmonia com as
irrevogáveis leis da natureza.
É ela, a
música, que nos faz compreender tudo isso e mais: que de fato os mundos têm
suas leis sábias e que os seres humanos, sujeitos, como tudo, a essas leis,
estão ligados fluidicamente a todos os seres inteligentes, corpóreos e
incorpóreos, recebendo irradiações do mundo espiritual, conforme a sua vontade
e a natureza dos seus pensamentos.
Diz Luiz de
Mattos que em virtude desses princípios, que aqui ficam mencionados, a alma do
artista, no momento em que se dispõe a produzir, em virtude da Lei da Atração,
eleva-se e religa-se aos grandes planetas e ali, envolta na Luz Astral que lhe
é própria, na grande, na diáfana, na pura atmosfera desses mundos, em presença
da Luz, da Força, da Inteligência, que reside neles, como se já fora
completamente desprendida da torturante atmosfera do mundo físico, vive ela e
sente a verdadeira vida da alma humana.
E nesse estado
de plena liberdade, amparado e intuído por entidades puras, é que ele produz
essas harmonias, essas verdadeiras belezas da alma, que tão benéfico efeito
produzem em todos os seres da criação, especialmente no ser humano.
O autor deste
trabalho, Flavio Faria, aconselha aos simpatizantes do Racionalismo Cristão,
inserirem nas suas práticas diárias, uma programação musical que os acompanhe.
Através das belas melodias, embalamo-nos harmonicamente nas correntes do Astral
Superior, mantendo-nos serenos, tranquilos, facilitando o raciocínio e as boas
intuições, tanto nos afazeres domésticos, profissionais, no trânsito bem como
nas horas de lazer.
O Racionalismo
Cristão, já dispõem da web-rádio A Razão, através da página http://radioarazao.com.br/toca.php o ouvinte
internauta, terá acesso a uma programação musical ideal, bem como receberá
breves e suaves doutrinações entre as músicas, verdadeira atividade
terapêutica.
APÊNDICES
Sobre
o autor:
Flavio Faria, nascido em 13 de dezembro de
1960 na cidade de Santos-SP, é o segundo de três filhos do casal Fernando Faria
e Sonia Paronetto Faria.
Sua formação acadêmica iniciou-se na
“Escolinha da Tia Augusta” com aproximadamente cinco anos de idade.
Posteriormente, no “Parque Municipal Martin Afonso”, onde ele e seus vizinhos,
todos na mesma faixa-etária não se adaptaram, principalmente pelos lanches de
qualidade duvidosa aos quais eram obrigados a fazer.
Aos sete anos, é matriculado no
Colégio Marista de Santos, onde permanece até o terceiro ano colegial.
Submete-se em 1979, ao processo
seletivo para o Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) da
Infantaria do Exército, onde se escolhem trinta dentre mais de dois mil
candidatos.
Forma-se Aspirante a Oficial de
Infantaria do Exército Brasileiro; submete-se ao estágio probatório e é
promovido a 2º Tenente da Reserva em 26 de dezembro de 1980.
Aprovado em 1979 no exame vestibular
para o curso de Engenharia Civil na Universidade de Taubaté-SP.
Percebe grande influência, no seu desempenho
escolar, dos estados emocionais advindos dos processos de relacionamentos
pessoais; a ponto de convencê-lo a mudar de carreira. Estamos aí no primeiro qüinqüênio
dos anos 80 e o mesmo entra no mercado mobiliário ( Bolsa de Valores) por
influência de seu primo e também do tio; obtendo significativo sucesso.
Em dado
momento, diversificando seus ganhos, entra para o comércio. Analisou
cuidadosamente qual ramo lhe proporcionaria o melhor retorno financeiro,
facilidade na gestão e ainda, estivesse dentro da legalidade. Optou por
adquirir uma Casa de Café Expresso. Junto com um colega de infância e também
companheiro de Engenharia; adquiriram a primeira casa, chamada “ Café Society”.
Um ano após,
adquiriram uma segunda Casa; foi onde o mesmo percebeu que era solicitado
sempre pelos freqüentadores, pedindo-lhe conselhos, aos quais não sabia como
proceder... O questionamento sobre a vida e o viver, advindo do espiritismo,
budismo, ocultismo e mesmo do racionalismo cristão, colocavam-no a se
questionar do porquê estar aqui! Apenas para adquirir mercadorias e revendê-las
com lucro? Especular na Bolsa de Valores? Haveria de achar algo mais útil, com
maior retorno espiritual.
Foi quando
começou a cogitar a possibilidade de fazer Psicologia.
Fez curso
pré-vestibular no regime intensivo, para recordar conhecimentos escolares e
treinar o convívio harmônico com os futuros colegas de classe bem mais jovens.
Passou no
vestibular para Psicologia na Universidade Católica de Santos e ao dar por si,
terminava o mesmo.
É
especialista em
Terapia Regressiva Vivencial Peres, pelo INTVP. Também
especialista em Neurolinguística pela UNAERP, é practittioner e
Máster-Practittioner em Programação Neurolingüística , pelo Instituto Holon-SP. Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia
Transpessoal. Especialista em Gestão Integrada do Trânsito. Aluno do curso de
pós-graduação Lato-sensu em Neuropsicologia
na Escola Paulista de Medicina.
Exerce
atualmente a função de Psicólogo Perito Examinador de Trânsito, há quatorze
anos; credenciado em
São Vicente-SP. Presta consultoria na execução de laudos
técnicos de Psicologia, em processos de seleção, professor universitário nos
cursos de pós-graduação em Psicopedagogia
Institucional e Psicopedagogia Clínica, Gestão Escolar I e
II. É também psicólogo clínico, dentro da abordagem Transpessoal.
Casado com a
Sra. Gilmara Berndt Faria, dois casais de filhos, residindo em Guarujá-SP.
Atualmente
está Diretor de Biblioteca da Filial Berço do Racionalismo Cristão, em
Santos-SP.
CITAÇÕES
2- CÍCERO, M. T., Tratados
Filosóficos Sobre o Estado, o Bem, o Conhecimento, a Velhice, o Dever e a
Amizade., http://wikipedia.org.br/ciceromarcotulio
3- HORÁCIO, Q. F. Epístolas., http://wikipedia.org.br/quintohoracioflaco
4- KRISHNA, Bhagavad Gita, http://wikipédia.org.br/krishna
5- HERMES, T, Tratados
Filosóficos, http://wikipédia.org.br/hermestrimegisto
6-BERNARD, C., biografia e artigos sobre a bioeletricidade, http://wikipédia.org.br/claudebernard
7- PITÁGORAS, Biografia, http://wikipedia.org.br/pitagorasdesamos
9- DURVILLE, H., O Magnetismo Pessoal, ed.Pensamento, 1992.
BIBLIOGRAFIA
- RACIONALISMO CRISTÃO, Luiz de Mattos, ed. Internet, 43ª
edição., 2003.
- ESPIRITISMO RACIONAL E
SCIENTÍFICO, Conferências, Luiz de Mattos, RJ, 1ª edição, 1915.
- O ESPIRITISMO RACIONAL E
CIENTÍFICO CRISTÃO, Luiz de Mattos, RJ, 1ª edição, 1914.
- VIBRAÇÕES DA INTELIGÊNCIA
UNIVERSAL, Luiz de Mattos, ed.Internet, RJ, 9ª edição, 1991.